Nao Importa o que eu Diga
Enquanto você paga de gatinha, eu me garanto como felina, porque não basta só miar, tem que saber arranhar.
"E me doeu abrir mão do que eu mais queria, porque incríveis como éramos eu não aceitaria nada que fosse menos."
Eu vou cuidar de você onde você estiver. Aqui do seu lado estarei mesmo que você não saiba. Te ajudar, dar a força necessária e te olhar. Não vou deixar você cair. Poderei ser sua força, sua base, seu anjo. Tomarei conta do seu coração no que for preciso. Aceito seus defeitos, seu mal humor e suas mazelas. Acredito na sua mudança e na forataleza que você tem. De longe,de perto ou do seu lado o que tem de melhor em mim, é seu também. Você pode saber disso tudo ou não mas eu vou tá aqui. Nada demais, nada que eu não queira e não possa. Na verdade eu sei o significado de amor e só acho que você deveria saber também!
Eu não escolhi gostar de você, isso simplesmente aconteceu. Foi uma coisa natural, do jeito que deve ser.
Foi por sorrisos, troca de olhares, conversas jogadas fora, que eu me apaixonei. Eu não tenho mais tempo pra lembrar de quem me deixou triste, estou ocupada vivendo com quem me faz feliz.
Viajar!
A estrada que me apetece é aquele por aonde eu vou.
Viajar é não ser adaptável às formas do cotidiano. É quebrar a carapaça e se expor a aquilo que não se conhece.
De que me serve estórias de outros se não trilho as minhas próprias. De que me serve mapas escritos por mim se não os sigo.
Bom e sentir o peso da mochila em meus ombros, carregada com uma barraca, algumas roupas, o colchão inflável, e todos os meus sonhos.
Bom é se adaptar ao clima, as pessoas, ao modo de vida, então partir e fazer tudo de novo. É bom se perder às vezes. Melhor ainda é se achar, pra não se perder mais.
E as comidas? Ah! São muitas e de todos os tipos.
Bom são as poesias escritas na estrada, as danças do povo, flores, o luar, o sol e ela.
Ela que viras elas se você não tem ela. Ou ela que é bem melhor do que elas se você a tem e ela o tem.
E como é bom voltar para casa com bagagem repleta de estórias novas, distribuir os presentes e dormir em seu ninho. Mas o melhor de tudo é o enriquecimento da alma do pensamento, da mente, do corpo.
Viajar. Se na de avião vou de ônibus, se não de ônibus vou de bicicleta, se não de bicicleta vou a pé, se não a pé compro muletas que me agüente que eu agüente com elas. Mas estarei na estrada que me apetece.
Viajar!
(E.C.)
Eu sou uma subjetividade, mas não sei o que sou a não ser naquilo que faço. Porque quando faço algo, eu me "re-conheco", isto é, eu conheço a mim mesmo de novo.
Eu não sou bom com todos e nem quero ser. Costumo desprezar quem não me traz nada de bom, e amar os que me fazem sentir especial.
Talvez daqui uns dias eu nem me lembre mais de você, talvez daqui uns dias eu não precise sair na rua na esperança de te encontrar, talvez eu não faça coisas absurdas só pra tentar te impressionar, talvez eu não sofra mais por um amor que nunca vai acontecer, talvez esse seja o problema, talvez isso aconteça, talvez não.
Trilhei caminhos desconhecidos. Caminhei entre espinhos. Eu sabia que não seria fácil, mas desistir nunca foi uma opção. Quem espera... alcança, quem luta... vence, quem sonha.... conquista e quem confia em Deus é realizado!
Preso no passado, eu não conseguia viver o presente. Sem o presente, era impossível idealizar futuro algum.
Explosões
"Não tenho nada a ver com explosões”, diz um verso de Sylvia Plath. Eu li como se tivesse sido escrito por mim. Também não faço muito barulho, ainda que seja no silêncio que nos arrebentamos.
Tampouco tenho a ver com o espaço sideral, com galáxias ou mesmo com estrelas. Preciso estar firmemente pousada sobre algo — ou alguém. Abraços me seguram. E eu me agarro. Tenho medo da falta de gravidade: solta demais me perco, não vôo senão em sonhos.
Não tenho nada a ver com o mato, com o meio da selva, com raízes que brotam do chão e me fazem tropeçar, cair com o rosto sobre folhas e gravetos feito uma fugitiva dos contos de fada, a saia rasgando pelo caminho, a sensação de ser perseguida. Não tenho nada a ver com cipós, troncos, ruídos que não sei de onde vêm e o que me dizem. Não me sinto à vontade onde o sol tem dificuldade de entrar. Prefiro praia, campo aberto, horizonte, espaço pra correr em linha reta. Ou para permanecer sem susto.
Não tenho nada a ver com boate, com o som alto impedindo a voz, com a sensualidade comprada em shopping, com o ajuntamento que é pura distância, as horas mortas desgastando o rosto, a falsa alegria dos ausentes de si mesmos.
Não tenho nada a ver com o que é dos outros, sejam roupas, gostos, opiniões ou irmãos, não me escalo para histórias que não são minhas, não me envolvo com o que não me envolve, não tomo emprestado nem me empresto. Se é caso sério eu me dôo, se é bobagem eu me abstenho, tenho vida própria e suficiente pra lidar, sobra pouco de mim para intromissões no que me é ainda mais estranho do que eu mesma.
Não tenho nada a ver com cenas de comerciais de TV, sou um filme sueco, uma comédia britânica, um erro de adaptação, um personagem que esquece a fala, nada possuo de floral ou carnaval, não aprendi a ser festiva, sou apenas fácil.
Não tenho nada a ver com igrejas, rezas e penitências, são raros os padres com firmeza no tom, é sempre uma fragilidade oral, um pedido de desculpas em nome de todos, frases que só parecem ter vogais, nosso sentimento de culpa recolhido como um dízimo. Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados, e há muito me perdoei.
Não tenho nada a ver com galáxia, mato, boate, a vida dos outros, os comerciais de TV e igrejas. Meu mundo se resume a palavras que me perfuram, a canções que me comovem, a paixões que já nem lembro, a perguntas sem respostas, a respostas que não me servem, à constante perseguição do que ainda não sei. Meu mundo se resume ao encontro do que é terra e fogo dentro de mim, onde não me enxergo, mas me sinto.
Minto, tenho tudo a ver com explosões.
Eu não sou linear, eu não sou uma pessoa terminada, eu não quero rótulos nem roteiros prontos, não existe começo nem fim em mim. Eu existo. Não sou produto, sou só coração. Vivo em um meio que me parece eterno. Um meio que me faz escrever, ser e mudar a cada dia. Se eu começasse a escrever minha vida, seria assim: Eu sou reticências. Sou 3 pontinhos. Sou o não-dito. Sou emoção e desejo. Palavras são o meu antídoto. Anti-monotonia, anti mau-humor, anti todo o amor que não há.
Eu não podia deixar um homem do seu calibre, longe da minha manha. Teu jogo de talento, estava acabando com minha malícia.
Rebeca
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Quando eu errei contra alguém, tive a hombridade de pedir perdão, o que para mim não é nenhuma humilhação, mas ter a humildade de reconhecer que falhou, isso é para poucos.
