Nao Importa o que eu Diga

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Gosto da noite imensa,
triste,preta,como esta estranha borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...

Eu ouço música
como quem apanha chuva:
resignado
e triste
de saber que existe um mundo
do Outro Mundo...
Eu ouço música como
quem está morto
e sente
já um profundo
desconforto
de me verem
ainda neste mundo de cá...
Perdoai,
maestros,
meu estranho ar!
Eu ouço música
como um anjo doente
que não pode voar.

Mario Quintana
Apontamentos de História Sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Eu treinei viver sem você. De tanto treinar me acostumei.

As duas personalidades que eu mais desejaria recriar em um filme seriam Napoleão e Jesus Cristo... Não representaria Napoleão como um general poderoso, mas como um ser fraco, taciturno, quase melancólico, e sempre importunado pelos membros de sua família. Quanto ao Cristo, gostaria também de modificá-lo no espírito das massas. Acho que a personagem mais forte, mais dinâmica e mais importante que já existiu, acabou por ser terrivelmente deformada pela tradição. Mostrá-lo-ia, então, acolhido em delírio por homens, mulheres, e crianças. As pessoas iriam ao seu encontro para sentir seu magnetismo. Não mais seria um homem piedoso, triste e distanciado; um solitário que acabou por ser o maior incompreendido de todos os tempos.

Quando eu estiver contigo no fim do dia, poderás ver as minhas cicatrizes, e então saberás que eu me feri e também me curei.

Rabindranath Tagore
Pássaros Perdidos

Quem vive comigo sabe. Quem convive comigo sente. Eu amo poucos. Mas esses poucos, pode apostar, amo muito.

E se. E se eu tivesse cumprido a promessa. E se eu tivesse dito como eu me sentia. E se eu tivesse percebido mais cedo. E se eu tivesse estudado mais. E se eu não tivesse saído naquela noite. E se eu tivesse dito sim. E se meu sonho virasse verdade. E se eu recebesse um sms logo. E se eu tivesse acordado mais cedo. E se eu não tivesse jogado aquele papel fora. E se, e se, e se. O e se morreu no momento que o talvez virou sim ou não. E se eu tivesse feito. Desculpa, mas não fez. Não adianta encher sua cabeça de dúvidas por algo cuja decisão já foi feita, essa é a forma mais fácil de ficar louco. Lamento ser rude, mas o e se não muda nada. Agir muda tudo. Faça. Se arrependa depois, mas tenha a certeza de ter tentado.

Às vezes eu acho que alugar uma apartamento cheio de posteres de cinema, almofadas coloridas e festinhas com amigos bacanas e músicas boas resolveria o meu problema. Me entupiria do meu mundo a ponto de eu parar de sentir falta de mim.

Qualquer um pode julgar um crime tão bem quanto eu, mas o que eu quero é corrigir os motivos que levaram esse crime a ser cometido.

Por tanto amor, por tanta emoção a vida me fez assim doce ou atroz, manso ou feroz, eu caçador de mim...

Porque deveria eu pelos outros sofrer,
quando ninguém por mim irá suspirar?

Lord Byron
BYRON, L., "Childe Harold's pilgrimage: A Romaunt", Charles Griffin, 1826

Talvez eu devesse olhar em teus olhos e te dizer o quanto eu estou apaixonado por você. Mas acho que isso já não é nenhum segredo. Você certamente sabe disto tão perfeitamente quanto eu. Mas, ainda assim, talvez eu devesse olhar em teus olhos e te dizer o quanto estou apaixonado por você. Mas... hoje não.

Quando eu lembro do estalar do chicote, meu sangue corre gelado, lembro do navio de escravos, quando brutalizavam a minha alma.

Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.

Eu aprendi muito mais com os meus erros do que com meus acertos.

Eu amo pessoas "San Francisco"

Uma das coisas que fascinam na cidade de San Francisco é ela estar localizada sobre a falha de San Andreas, que provoca pequenos abalos sísmicos de vez em quando e grandes terremotos de tempos em tempos. Você está muito faceiro caminhando pela cidade, e de uma hora para outra pode perder o chão, ver tudo sair do lugar, ficar tontinho, tontinho. É pouco provável que vá acontecer justo quando você estiver lá, mas existe a possibilidade, e isso amedronta, mas, ao mesmo tempo excita, vai dizer que não? Assim também são as pessoas interessantes: têm falhas. Pessoas perfeitas são como Viena, uma cidade linda, limpa, onde tudo funciona e você quase morre de tédio. Pessoas, como cidades, não precisam ser excessivamente bonitas. É fundamental que tenham sinais de expressão no rosto, um nariz com personalidade, um vinco na testa que as caracterize. Pessoas, como cidades, precisam ser limpas, mas, não ao ponto de não possuírem máculas. É preciso suar na hora do cansaço, é preciso ter um cheiro próprio, uma camiseta velha para dormir, um jeans quase transparente de tanto que foi usado, um batom que escapou dos lábios depois de um beijo, um rímel que borrou um pouquinho quando você chorou. Pessoas, como cidades, têm que funcionar, mas não podem ser previsíveis. De vez em quando, sem abusar muito da licença, devem ser insensatas, ligeiramente passionais, demonstrar um certo desatino, ir contra alguns prognósticos, cometer erros de julgamento e pedir desculpas depois, pedir desculpas sempre, para poder ter crédito e errar outra vez. Pessoas, como cidades, devem dar vontade de visitar, devem satisfazer nossa necessidade de viver momentos sublimes, devem ser calorosas, ser generosas e abrir suas portas, devem nos fazer querer voltar, porém, não devem nos deixar 100% seguros, nunca. Uma pequena dose de apreensão e cuidado devem provocar. Nunca se deve deixar os outros esquecerem que pessoas, assim como cidades, têm rachaduras internas, portanto podem surpreender.
Falhas. Agradeça as suas, que é o que humaniza você, e nos fascina.

A verdade é que eu sempre gosto das mulheres. Gosto da falta de convencionalismo delas. Gosto da integridade delas. Gosto do anonimato delas.

Eu sou o capitão da minha alma.

Nelson Mandela
"Book of Verses", William Ernest Henley, 1888,

Nota: Trecho do poema predileto de Nelson Mandela: Invictus, de William Ernest Henley

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Eu quero o mapa das nuvens e um barco bem vagaroso.

- Tenho medo do chão.
- Queres dizer alturas.
(...)
- Eu sei o que quero dizer! O que nos mata é o chão!