Nao Ha Tempo para Errar

Há um pequeno número de homens e mulheres que pensam por todos os outros, e para o qual todos os outros falam e agem.

Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir.

Há quatro espécies de amigos que o são sinceramente: o que ajuda, o que permanece igual na prosperidade e no infortúnio, o que dá um bom conselho e o que tem uma simpatia real por nós.

Diálogo Noite Adentro
- Mas há as que nos compreendem...
- Ah, essas são as piores!

Só há uma maneira de lutar contra o poder: é sobreviver-lhe.

Há seis requisitos necessários para um casamento ser feliz: o primeiro chama-se fé. E os outros cinco: confiança.

Há triunfos que só se obtêm pelo preço da alma, mas a alma é mais preciosa que qualquer triunfo.

No elogio há mais impertinência do que na censura.

Há várias medidas para medir a vontade humana. A mais exata e a mais segura é a que se exprime por esta questão: de que esforço és capaz?

A poesia é tudo o que há de íntimo em tudo.

Só há um princípio motor: a faculdade de desejar.

Há homens que devem à esposa tudo o que são, mas em geral, os homens devem à esposa tudo o que devem.

Há certas mulheres que acabam ficando bonitas de tanto a gente dizer que são.

Há muito poucas repúblicas no mundo, e mesmo assim elas devem a liberdade aos seus rochedos ou ao mar que as defende. Os homens só raramente são os dignos de se governar a si mesmos.

A companhia da multidão é nociva: há sempre alguém que nos ensina a gostar de um vício, ou que, sem que percebamos, transmite-nos esse vício por completo ou em parte. Quanto mais numerosas forem as pessoas com as quais convivemos, maior é o perigo.

Há certos passatempos e prazeres ilícitos, que censuramos nos outros, mais por inveja do que por virtude.

A simplicidade é o que há de mais difícil no mundo: é o último resultado da experiência, a derradeira força do gênio.

A consciência da inconsciência da vida é o mais antigo imposto à inteligência. Há inteligências inconscientes - brilhos do espírito, correntes do entendimento, mistérios e filosofias - que têm o mesmo automatismo que os reflexos corpóreos, que a gestão que o fígado e os rins fazem de suas secreções.

Há duas coisas a que temos de nos habituar, sob pena de acharmos a vida insuportável: são as injúrias do tempo e as injustiças dos homens.

Há pessoas que observam as regras de honra como se vêem as estrelas: de longe.