Nao Expresso meus Sentimentos
Três luas, Dionísio, não te vejo.
Três luas percorro a Casa, a minha,
E entre o pátio e a figueira
Converso e passeio com meus cães
E fingindo altivez digo à minha estrela
Essa que é inteira prata, dez mil sóis
Sirius pressaga
Que Ariana pode estar sozinha
Sem Dionísio, sem riqueza ou fama
Porque há dentro dela um sol maior:
Amor que se alimenta de uma chama
Movediça e lunada, mais luzente e alta
Quando tu, Dionísio, não estás.
- Meu pai costumava dizer que a vida não nos dá segundas oportunidades.
- Dá, mas somente para aqueles a quem não deu uma primeira. Na realidade, são oportunidades de segunda mão que alguém não soube aproveitar, mas são melhores que nada.
O ontem do homem talvez jamais seja como o seu amanhã: nada perdura, a não ser a instabilidade.
Esta coisa terrível de não ter ninguém para ouvir o meu grito.
Esta coisa terrível de estar nesta ilha desde não sei quando.
No começo eu esperava, que viesse alguém, um dia.
Um avião, um navio, uma nave espacial.
Não veio nada, não veio ninguém.
Só este céu limpo, às vezes escuro, às vezes claro,
mas sempre limpo, uma limpeza que continua
além de qualquer coisa que esteja nele.
Talvez tudo já tenha terminado
e não exista ninguém mais para lá do mar mais longe que eu vejo.
Não me abandone, pediu para dentro, para o fundo, para longe, para cima, para fora, para todas as direções.
Confissões de um menor abandonado
Eu sei que sou culpado, não tive a capacidade de assumir a administração da minha vida, não fui capaz de controlar as emoções infantis nem consegui equilibrar-me sobre os obstáculos que herdei da sociedade. Até que me esforcei! Olhei para a vida de meus pais, porém, os desentendimentos do casamento falido nublaram os tais exemplos de que ouvi falar, só falar.
Não tive o privilégio de me aquecer no meu próprio lar, porque lhe faltou a chama do amor, sustentando-nos unidos. Cada qual saiu para o seu lado. Na confusão da vida me perdi.
Candidatei-me à escola. Juntei a identidade civil ao retrato desbotado, botei a melhor farda de guerreiro, entrei na fila. Humilhado por tantas exigências, implorando prazos, descontos e vaga, me sentei num banco escolar, jurei persistência, encarei o desafio.
- Joãozinho, você não sabe sentar-se?
- Joãozinho, seu material está incompleto.
- Joãozinho, seu trabalho de pesquisa está horrível.
- Joãozinho, seu uniforme está ridículo.
A barra foi pesando, fui sendo passado pra trás e vendo que escola é coisa de rico. Um dia, me arrependi, mas a professora se escandalizou das faltas (nem eram tantas!) e disse que meu nome já estava riscado, há muito tempo. O que fazer? Dei marcha à ré ali e, olhando a turma, com vergonha, fui saindo.
Moro nas marquises, debaixo da ponte, nas calçadas e não moro em lugar nenhum. Tenho avós, pais, irmãos e primos, mas não tenho família. Tenho idade de criança e desilusões de adulto. Minha aparência assusta as pessoas e nada posso fazer. A cada dia que passa, estou mais sujo, mais anêmico, mais fraco.
Sou um rosto perdido, perambulando, em solo brasileiro. Na verdade, nos chamam de menores, todavia, somos os maiores desgraçados.
Vendo balas num sinal de trânsito que muda de cor a cada minuto. Quando o sinal fica vermelho, os carros param, meu coração dispara. Para nós, menores abandonados, o vermelho do sinaleiro é a cor da esperança.
Extraído do meu livro Escola Comunitária-4ª.ed
Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
Não queira ser
Não ambiciones
Não marques limites no teu caminho
A eternidade é muito longa
E dentro dela tu te mover, eterno
Se o que vem o que vai
Sem forma
Sem termo
Como uma grande luz difusa
Filha de nenhum sol.
Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que eu penso que sou que não pode haver tantos.
Quem nunca escreveu o nome de quem gostava no papel de bala e fez ‘Amor, ódio, paixão’, não sabe o que é ter esperança.
Amizades são tesouros,
mas não são ouro:
são pedras preciosas
que precisam ser lapidadas constantemente,
e isso leva tempo,
e requer perícia e dedicação.
Algumas vezes,
de uma pedra de uns vinte centímetros,
se extrai somente um pequenino brilhante
de apenas alguns milímetros.
Tal brilhante, porém, será valiosíssimo,
mas você não terá ele,
se não o lapidar primeiro...
Não será melhor Não fazer nada? Deixar tudo ir de escantilhão pela vida abaixo Para um naufrágio sem água?
(A vida social é complexa para a minha fraqueza de nervos)
Estou farto de semi-deuses! Onde é que há gente no mundo?
"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos."
Autor: "A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, e sim em ter novos olhos."
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