Não Esqueço Coisas que Vivi

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São coisas, palavras, gestos que guardo comigo, e só eu sei, mais ninguém.

Vivendo e sentindo coisas que a maioria das pessoas só imagina e não tem coragem de viver.

Eu daria cada alento de meu peito
Para lhe dar todas as coisas que minha mente não podia nutrir.

Tem coisas que é melhor acreditar, do que procurar saber e se decepcionar.

XXVI

Às vezes, em dias de luz perfeita e exata,
Em que as coisas têm toda a realidade que podem ter,
Pergunto a mim próprio devagar
Porque sequer atribuo eu
Beleza às coisas.

Uma flor acaso tem beleza?
Tem beleza acaso um fruto?
Não: têm cor e forma
E existência apenas.
A beleza é o nome de qualquer coisa que não existe
Que eu dou às coisas em troca do agrado que me dão.
Não significa nada.
Então porque digo eu das coisas: são belas?

Sim, mesmo a mim, que vivo só de viver,
Invisíveis, vêm ter comigo as mentiras dos homens
Perante as coisas,
Perante as coisas que simplesmente existem.

Que difícil ser próprio e não ver senão o visível!

Alberto Caeiro
Livro: “O Guardador de Rebanhos” (1914)

Nota: Alberto Caeiro é heterônimo de Fernando Pessoa.

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Às vezes a gente precisa fazer uma faxina, limpar algumas coisas, jogar fora outras, abrir algumas janelas, fechar outras. Dar alguns espaços, colocar alguns pontos, algumas vírgulas. Assim como água não se mistura com óleo, coisas novas não acontecem, quando as velhas ainda ocupam espaço.

A gente encontra o próprio estilo, quando não consegue fazer as coisas de outra maneira.

Você pode ser rico, ter um bom emprego e fazer várias coisas mas você nunca amará como eu e nunca terá amigos para valorizar como eu.

"Às vezes, o mundo pede-nos para lutar por coisas que não conhecemos, por razões que nunca iremos descobrir."

Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe.

Tudo é orgulho e inconsciência.
Tudo é querer mexer-se, fazer coisas, deixar rasto.

Fernando Pessoa
Poemas Inconjuntos. In Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

Quem provou do ódio desejará provar coisas cada vez mais intensas (...).

O homem se entrega por inteiro e pela imaginação às coisas que não tem e que não conhece, nelas concentrando seu desejo e sua esperança.

Pra Rua Me Levar

Não vou viver
Como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho onde eu vou
Às vezes ando só trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É, mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas talvez você nem queira ouvir

Ana Carolina
Álbum "Estampado"

Nota: Música composta por Ana Carolina e Totonho Villeroy

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Sem que eu soubesse, as coisas não ditas haviam crescido como cogumelos venenosos nas paredes do silêncio, enquanto ele ficava acordado na cama, fitando o teto, com o branco dos olhos reluzindo na penumbra. Se eu interrogava, o que você tem amor? Ele respondia que não era nada, estava pensando no trabalho. A gente sabia que era mentira, ele sabia que eu sabia, mas nenhum de nós rompeu aquele acordo sem palavras.
Nunca imaginei o mal que o roía.

Pro inferno com os corações. Você também sabe que não servem pra nada. E as coisas só começam pra terminar e as pessoas só não querem sair feridas. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço. E no fim, seus amores só os chamarão de passado e experiências infrutíferas.

Talvez mesmo essas coisas, um dia, serão agradáveis de lembrar.

Há três coisas que nos levam a Deus: Música, Amos e Filosofia.

Poucas coisas são tão estimulantes e determinantes para a vitória quanto a necessidade de vencer.

Costumamos compreender as coisas tarde demais.