Nao Amplie a Voz dos Imbecis

Quem sou eu pra tentar mudar o que o coração dos outros sente, se eu não consigo controlar nem o meu sente!?

Não preciso mudar para que os outros me aceitem. Sou o que sou e sempre será assim...

Retorno à Inocência?

Às vezes, eu viajo no tempo.
Não há máquinas ou naves:
Apenas o meu pensamento.
E estas viagens são suaves.

Sigo as ruas da lembrança.
Basta uma brisa, um sopro,
E, súbito, o ido me alcança.
Então, não sou eu, sou outro.

Muito mais doce, puro e leve.
Exemplo: lembro de um celeiro.
E sinto uma paz quente, breve,

Além da carícia do vento-norte.
Ouço cantigas, até candeeiros.
E percebo: que minha, a sorte...

Almoço, Moço?

Cheiro de feijão.
E de carne, no ponto.
E eu não sou de ferro, não!

Não olhar para você é como não respirar.

De Grau?

Não diga nada.
Me abrace, aqui,
Na beira da escada.

Flutuando...

Quero, de novo,
Aquela leveza.
Não falo do peso...

Sei ou Não Ser?

Queria ser,
Então tentei.
Hoje, nem sei...

Eu ainda poderei rir, mas sorrir não serei mais capaz.

Não Ou Vi?

Falando baixo,
Pra não ouvirem
Os meus medos...

Segredo?

Não há segredo,
A vida é amor,
Ódio e medo.

Eu estou aqui mas eu não estou aqui.

Topetudo? Nada...

Você não basta!
E o meu topete,
Você desbasta.

Bons Tempos?

Máquina do tempo?
É só pra fazer hora.
Não basta o agora?

Tem um Pente?

Quero
Ser gente
E não serpente.

Vira, Não Vira, Não Verá...

Busco respostas
Num mundo que
Revira as costas?

Sei que sou o único que pensa que sabe, saber. Mas sabe que não sabe, o que saber.

Não é Frescura?

Precordialgia.
Um bolo, histeria?
E inda falta-me útero...

Não Tá Combinando?

Moda,
Dominando tudo.
Ser humano? Mero acessório...

Sina ou Sinagoga?

Queria não querer.
Todavia, bela guria,
Bastou você nascer...