Nao Amplie a Voz dos Imbecis
A razão tava tomando conta do meu ser, me cegando ao ponto desesperador, em que eu só pensava em sofrimento. Com certeza iria te magoar, algo comum em minha vida, mas só de ouvir a tua voz, as dúvidas e indecisões se vão, e só o que resta é o amor que sinto por você.
Pensei muito no amanhã como se ele fosse o dono da minha vida.Esqueci que ele só pertence a Deus e não cabe a mim decidi-lo, e que Ele então decida o nosso futuro, pois no agora, que ainda pertence a mim, eu quero ter você em meus braços e poder te beijar como se fosse a última vez.
Quero enterrar o meu passado que me separava de você e me impedia de chegar perto. Quero guardar meus segredos com senhas indecifráveis e incapazes de te fazer derramar lágrimas.
Os acontecimentos e fatos construídos em um instante, tornam-se novidades junto com o eterno. "Um dia declara outro dia...", um momento refere-se a outro momento...
(...)a necessidade por si só, nem sempre determina ou possui força suficiente para mobilizar as pessoas. Já o desejo, atua com mais eficácia sobre o ser que o porta. Este atua mesmo não havendo necessidade.
O desejo é mais poderoso que a necessidade em muitos casos. Uma pessoa tem a necessidade de alimento, mas pode não sentir fome ou vontade de comer. Neste caso, a necessidade pura e simples,não basta para movimentar o ser. Já o desejo, busca seus interesses, mesmo não havendo uma real necessidade.
Amor é:
O amor é um bichinho, que te rói o pensamento,
te destrói o sentimento, te transforma em desilusão, apenas com um simples não!!!
Buscando amor
Do amor intensamente a dor busquei;
Chaga viva com que a vida nos condena;
Nunca ardente o fogo vi que me queimasse;
Aos tropeções da vida me soneguei;
Quantas vezes me morri de sorte amena;
Sem que tal amor me visse ou encontrasse.
Desilusões com tantas me já deitei;
Em leito que de si só teve o nome;
Vagueando mundo afora o sentimento;
Quantos com que me juntei e separei;
De carinho e atenção me rói a fome;
Dos amores que só tivera em pensamento.
Morrer de Amor!!!
Já muito me morri de amores e rejeição;
Se morrer de amor se diz e é verdade;
Quem não morreu de amor e de saudade;
É um mineral rolando sem direção.
Deste gasto coração me já detesto;
É errar humano e saber e eu errei;
Quantos sonhos me sonharam que rejeitei;
E a solidão agora me sonha o resto.
Minha Dona inda me não encontrei;
E amores me deu que tanto me bastaram;
De renegar uns e outros que me amaram;
Com cem mil espadas este coração sangrei.
Quero amor, muito amor. E quando estiver cheia de amor mais uma dose de amor, só que agora um amor maior e mais intenso.
O amor! que coisa!
Motivo agreste, de grande dor e inspiração;
Desdenhando, seu prestígio e importância;
Me domina o ser mau, vence a ganância;
E me liberta, misérias do coração.
É tormento, dor, que corta a respiração;
Dessa dor, que predomina, eterna e breve;
É carinho, que nos mata ao de leve;
É um caminho, sem retorno e sem perdão.
Vida!!!
De alegria eu dependo pra viver;
Ser alegre é minha natureza;
Me vou abaixo com esta tristeza;
Sem mudança gente deixarei de ser.
Alegre sou porque já nasci assim;
Como a minha vida num marasmo está;
De novo exijo seja alegre já;
Esta tristeza está a dar cabo de mim;
Sábio!
O verdadeiro sábio é aquele que sabe tudo, sem lhe terem ensinado nada.
O resto são cópias, mais ou menos perfeitas!
Umbigo!
Altivo o dono do seu umbigo;
Orgulho besta de certa gente;
Casos onde menos é premente;
Perde-se a besta se ganha amigo.
Motivo de orgulho ou desconforto;
Em são sedutor corpo ou talvez não;
Buraco na barriga do patrão;
Covinha no ventre do desporto.
Sem querer querendo vi um dia;
Uma covinha linda de morrer;
De sonho que viria enaltecer;
A luz que em meus olhos reluzia.
Visão que roubou o meu juízo;
Não mais pensei por mim foi-se a razão;
Motivou tal relevo esta paixão;
Foi-se o éden vai-se o paraíso.
Sorriso!
Que sorriso donairoso;
Encanta o sorriso meu;
É condão belo garboso;
Sorriso assim majestoso;
Faz sorrir Anjos no Céu;
Ri de forma natural;
Faz um favor a ti própria;
Sorrir é original;
A tristeza é melancólica;
Diria que é uma cópia;
Do que na vida vai mal.
A nossa Nação
Ó Portugal doce sátira!
Perto do mar plantado!
Estás a caminho do fim!
Do que foi a tua pátria!
Só nos resta agora um estado!
Que nos rouba a ti e a mim!
Por onde andei neste mundo!
Toda a vida trabalhei!
Deixei muita ponta solta!
Sinto agora bem profundo!
Que não mais as unirei!
Sem uma grande revolta!
Com cravos se ludibriou!
Um povo inocente e pobre!
Em cantigas de embalar!
Quanto ouro se desviou!
Do inteligente ao nobre!
Estudaram pra nos roubar!
Minha voz de raiva treme!
Quando nessa gente penso!
Distribuindo o que é nosso!
Para se manter no leme!
Deste barco podre imenso!
Aguentar mais! já não posso!
O mar que vidas ceifou!
Em prol da nossa riqueza!
Afoga agora os afoitos!
Triste sonho que passou!
Se afogasse a safadeza!
E os retorcesse em oitos!
Plos sonhos que nos roubou!
O cobre, a conta gotas!
Que nos vem parar à mão!
Vem da Europa à tonelada!
Pra engordar certas tropas!
Distribui-se plo ladrão!
O honesto não leva nada!
E o povo tem de pagar!
Porque o querer não é poder!
Sem ter o pilim na mão!
Pra quem menos trabalhar!
Ganha quem menos fizer!
Pode quem for mais ladrão!
Da América com sua frota!
Nos chega a inspiração!
Cada Estado é colossal!
O mesmo faz a Europa!
Com cagadelas de mosca!
Como a Grécia e Portugal!
A Justiça! ó justicice!
Outrora nos deu orgulho!
Aos justos também servia!
Serve agora a malandrice!
Minada pelo gorgulho!
A safar quem não devia!
O pobre mama! cansado!
Numa teta bem magrinha!
Em favor dos comilões!
Engorda-se o engravatado!
Aos funcionários do Estado!
Distribuem-se os milhões!
Junta-te a mim Zé povinho!
Faz da minha a tua voz!
Não para ganhar a guerra!
Agarra-te a um ancinho!
Rebenta a casca de noz!
De quem rouba a nossa Terra!
