Muros
Atropelos e ideais insidiosos,
Levaram-me a desterros e desertos,
Ilhas e trilhas.
Muros se fechavam ou bifurcavam-se;
Adiante, multiplicavam-se em novos muros.
Era o círculo vicioso de alamedas estreitas e sombrias.
Crendo caminhar por atalhos,
Vi-me metido nas entranhas de um labirinto,
Recomeçando sempre que imaginava terminar.
Rodeado de certezas, quase sempre incertas,
Tornei-me papel em branco,
Sem linhas, sem tintas, sem textos.
Fui dor e doente,
Abastado e miserável,
Primeiro indicio, depois alvo.
Emparedado, sem horizonte,
Verticalizei ao erguer o olhar,
Até enxergar focos de luz.
Arfando, sôfrego, indeciso e lerdo,
Contornei as próximas esquinas,
Até que dei de cara com a saída.
Estancada, a vida pegou no tranco.
E do final daquilo que seria o fim,
Despontou o início do recomeço.
Daquele foco de luz, surgiram contextos,
Apareceram tintas, letras sobrevieram,
Palavras têm se formado; acenam-se os textos.
E assim risco paredes com esse amor que sinto, pixo nossas transparências nos muros altos dos nossos dias e não tenho nenhuma dúvida na hora que abro a boca e digo que esse amor é limpo. Você é meu e me pertence. Perdi o juízo e não sei romper o limite da loucura sem você por perto. Essa brancura límpida na sua personalidade é de fazer doer os olhos de quem não entende sobre branco total. É muito amor inteiro dentro de mim. Amor que só se divide quando é pra deixar seus próprios pedaços pelo meu caminho, pelo seu caminho, nessa nossa estrada. Sua boca além de falar o que sempre escuto, consegue lamber e chupar na mesma hora que o sentimento me invade. Sensação que cabe dentro de um tempo incerto e sabe deixar todos os segundos rasgados. Nenhuma palavra nunca brochou e sei fazer subir seus desejos, arranhando com meus pêlos em todas as palavras que te esroscam.
Nessas horas até suspiro: Aiai...
Eu te amo, A.B.S.U.R.D.A.M.E.N.T.E!
~*Rebeca*~
-
Ando devagar pelo meio-fio
Equilibro-me em muros e pontes
Mato-me um pouco mais a cada cigarro
Faço de meu amigo um inimigo
Só por que quero sua atenção.
Como pode as coisas mudarem tanto? Muros que pareciam que nunca iriam cair, cairam. Brigas constentes só revelam uma lembrança manchada pelo orgulho, barreiras mais que barreiras, não como defesa mas sim como arma, que ferem no que mais machuca. Mas a Mudança é a palavra que sempre nos prega peça, e chegar lá é algo interessante, pois mesmo que a o Grande portão não seja aberto, vários portas deixadas estarão, que são tão melhores quanto a tal. É mudar, ou ser mudado, por dardos ou fatos.
Lembre-se: Apesar dos muros aparentemente trazer impressão de serem alto, seguros e rígido, são marcas de divisão.
Como uma formiga resignada, vou trabalhando dia-a-dia, quebrando muros, derrubando portões, escalando montanhas, derrotando soldados... Tudo isso que nós criamos para nos manter afastados. Gostaria muito de poder confiar em você, em podermos conversarmos como antes... rirmos como antes... e quem sabe um dia podermos nos entregarmos um ao outro ....Tomara que vc faça o mesmo... Não acho verdadeiramente que vc queira... A futilidade, a facilidade de ter outras mulheres, impedem que eu chegue ao seu coração e proteje você de viver determinadas emoções e momentos...
Como pular os muros, a vida vai passando, e com ela a memória pesada, cheia de lembraças,o maior tesouro do ser humano é aquilo que ninguem pode roubar e muito menos comprar, é algo que permanece dentro dos pensamentos como flexes de saudade, é a MEMÓRIA a maior riqueza da pobreza desse mundo.
Versão
Um sistema que causa náusea
De fato é muito comum
Precisamos derrubar os muros
Dessa velha prisão
Libertar o povo sedento
Para uma nova situação
Onde tudo será claro
E o raro, escuridão
São tantos os textos
Tantas são as possibilidades
Em instituir saídas
Bem vindas nas finalidades
Concentrar idéias tolerantes
Debater um futuro melhor
Que seja menos preocupante
E ao centro correr,
Torcer e vibrar
Quando a grade romper
Espero algo de você
Inspire essa massa
Se for um pensador
Nos mostre a farsa
E apresente sua versão
De liberdade e ação
Quem constrói muros como obstáculos jamais sentirá o vento do amor que sopra do outro lado!Como criticar então, não sentir-se refrescado?
No fio da faca eu afio meus medos
Enfio estacas, alicerço os segredos
Construo muros de seda tal qual camisola
E nos teus dedos minha alma rebola
Se sou brinquedo me guarda direito
Os meus defeitos, não conte a ninguém
Meu corpo suado,teu nome tatuado
Teu cheiro cravado no meu misturado
São teus por direito,não dou a ninguém
E se por ventura, faltar a candura
Duvidar da pureza que em mim você tem
Procura ai dentro, meu nome gravado
Com o fio da faca , com o lado do corte
Antes da nossa morte,por acaso, por um triz
Você vai me achar inteira, como ferida curada
Em forma de cicatriz.
Um grito de liberdade,
estampado nos muros dessa cidade
uma estranha sensação, a adrenalina
que acelera o coração
as danças das letras e o suspense no ar,
que faz meu coração parar.
Essa é minha paixão, a arte de pinchar!
Amadurecimento precoce. Aquele que destrói muros de inocência e cada vez mais destrói pensamentos inocentes.
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