Mulheres Falam mal uma das outras

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O fato de que sou escritora: uma mulher escritora, não uma dona-de-casa que escreve, mas alguém cuja existência, em sua totalidade, é comandada pelo ato de escrever.

Nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa. Nunca precisei fingir que eu não to nem aí quando eu to mais aí do que aqui. Não faz meu tipo. Me esforço às vezes pra ser romântica, pra acreditar nos planos. Pra acreditar nas pessoas. Nunca chorei pra convencer. Talvez porque não faço questão de convencer. Ou, como você mesmo diz, sou direta. Fria. Seca. É. Nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito.

O problema era que você precisava ficar constantemente escolhendo entre uma opção horrível e outra pavorosa, e, independente da sua escolha, eles cortavam mais um pedaço da sua carne, até que não restasse mais nada para descarnar (...)

Qualquer um ensina a uma multidão o caminho do bem.
Poucos conseguem que uma única dessas pessoas cumpra esse caminho na prática.
Há sempre um abismo entre as palavras e os atos, entre o gesto e a graça que lhe faz brilhar.
Palavra, palavra, palavras, estou farta de todas elas.
A razão pode ter todas as regras e todas as leis, as mais claras e as mais distintas possíveis, para conter a paixão. Mas uma paixão ardente sempre saberá pular por cima dos limites e fazer a boca estourar em grito de desespero ou de alegria.
Não há pensamento, por mais sábio, que freie a natureza. O instinto é a única verdade que existe. Toda vida é instinto, segurá-lo é morrer. Só há movimento e desejo, gesto e realização. Todo o resto são fagulhas e miragens, linguagem vazia, passatempo de quem não sabe nada da vida.
O único objetivo da natureza é transbordar.

Mas bate uma tristeza do nada…uma falta de você.

Uma maneira de lidar com as peculiaridades das pessoas é tentar entender por que elas são peculiares.

O fato é que eu estou uma bagunça por dentro e por fora.

Ter em si mesmo o bastante para não precisar da sociedade já é uma grande felicidade, porque quase todo o sofrimento provém justamente da sociedade, e a tranquilidade espiritual, que, depois da saúde, constitui o elemento mais essencial da nossa felicidade, é ameaçada por ela e, portanto, não pode subsistir sem uma dose significativa de solidão.

COM O TEMPO A SABEDORIA

Embora muitas sejam as folhas, a raiz é só uma;
Ao longo dos enganadores dias da mocidade,
Oscilaram ao sol minhas folhas, minhas flores;
Agora posso murchar no coração da verdade.

A noite/1
Não consigo dormir. Tenho uma mulher atravessada entre minhas pálpebras. Se pudesse, diria a ela que fosse embora; mas tenho uma mulher atravessada em minha garganta. (p. 90)

O diagnóstico e a terapêutica
O amor e uma das doenças mais bravas e contagiosas. Qualquer um reconhece os doentes dessa doença. Fundas olheiras delatam que jamais dormimos, despertos noite apos noite pelos abraços, ou pela ausência de abraços, e padecemos febres devastadoras e sentimos uma irresistível necessidade de dizer estupidezes.
O amor pode ser provocado deixando cair um punhadinho de pó de me ame, como por descuido, no café ou na sopa ou na bebida. Pode ser provocado, mas não pode impedir. Não o impede nem a água benta, nem o pó de hóstia; tampouco o dente de alho, que nesse caso não serve para nada. O amor e surdo frente ao Verbo divino e ao esconjuro das bruxas. Não há decreto de governo que possa com ele, nem poção capaz de evitá-lo, embora as vivandeiras apregoem, nos mercados, infalíveis beberagens com garantia e tudo. (p. 91)


A noite/2
- Arranque-me, senhora, as roupas e as dúvidas. Dispa-me, dispa-me. (p. 92)

A noite/3
Eu adormeço às margens de uma mulher: eu adormeço às margens de um abismo. (p. 94)

A pequena morte
Não nos provoca riso o amor quando chega ao mais profundo de sua viagem, ao mais alto de seu vôo: no mais profundo, no mais alto, nos arranca gemidos e suspiros, vozes de dor, embora seja dor jubilosa, e pensando bem não há nada de estranho nisso, porque nascer e uma alegria que dói. Pequena morte, chamam na França a culminação do abraço, que ao quebrar-nos faz por juntar-nos, e perdendo-nos faz por nos encontrar e acabando conosco nos principia. Pequena morte, dizem; mas grande, muito grande haverá de ser, se ao nos matar nos nasce. (p. 95)

O devorador devorado
[...] os amantes se comem entre si de ponta a ponta, todos todinhos, todo-poderosos, todo-possuídos, sem que fique sobrando a ponta de uma orelha ou um dedo do pé. (p. 97)

(O Livro dos Abraços)

Eduardo Galeano
O Livro dos Abraços

Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata

(...)

É tentação a vertigem; e também a pirueta dos ébrios.
Eternos! Eternos, miseravelmente.
O relógio no pulso é nosso confidente.

A gente constrói a vida para uma pessoa e, quando enfim podemos recebê-la em nossa vida, essa pessoa não vem, depois morre para nós e acabamos vivendo prisioneiros na morada que só a ela se destinava. (À Sombra Das Moças Em Flor)

Eu amo uma pessoa
que nunca confiou em mim...
Ela quer que eu à esqueça, simplesmente.
Mas eu nunca irei lhe esquecer...
Nunca... Nem por um dia...

Cada um de nós é, na verdade, uma idéia ilimitada da liberdade. Devemos rejeitar tudo o que nos limite.

Presente, passado e futuro? Tolice. Não existem. A vida é uma ponte interminável. Vai-se construindo e destruindo. O que vai ficando para trás com o passado é a morte. O que está vivo vai adiante.

Porque as perguntas realmente sérias são apenas aquelas que uma criança pode formular. Só as perguntas mais ingênuas são realmente perguntas sérias.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

Um desânimo. Uma lerdeza. Um oco. Aquela velha sensação de estar jogando fora a vida. Tanta vontade de viajar para bem longe, romper todos os laços, sem deixar endereço. Uma grande, uma enorme, uma devastadora falta de saco para qualquer pessoa.

Ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho.

Fernando Pessoa
“O Guardador de Rebanhos”. In: Poemas de Alberto Caeiro. Lisboa: Ática, 1946.

E no mar estava escrita uma cidade...

É preciso amadurecer a dúvida

Nem sempre a resposta está pronta. Há uma beleza na dúvida que vale a pena de ser apreciada. Forjar a resposta antes do tempo é a mesma coisa que colher frutos verdes...

Demore na dúvida... E descubra a sabedoria que insiste em se esconder na ausência de palavras.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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