Mulher e Arte
A realidade é a seguinte, somos sim marionetes,
Somos pobres, somos o povo que sabe a verdade,
Conhece a felicidade e a dor dos Deuses.
Esperanças nos mantêm vivos, a dor nos consome,
Real é apenas cada ar que respiramos,
Tudo além disso é uma caixa misteriosa,
Mas sem mistério, apenas nos recusamos acreditar na informação do rótulo.
O mundo já não é o mesmo, não sei quando foi,
Mas consigo perceber que não é o mesmo,
Consigo chorar por coisas que me alegravam,
Cantar de dor, escrever coisas que lia...
Não existe um padrão de vida, feliz ou triste.
Não existe padrão de vida,
A natureza é aleatória, mas é prevista,
Não caia na ilusão do mundo, não existe algo que o satisfaça.
Todos buscamos aquilo... Sim, aquilo que não existe...
Pobres e ricos choram, pois têm ambos as suas dores,
Suas noites perdidas e manhãs doloridas.
A música, poesia, religião, política, Deus...
A dúvida, a certeza... Tudo isso, o que é senão a poesia já escrita,
Não o passado, o tempo pouco importa.
Toda certeza tem uma interrogação,
Todo incerteza tem uma resposta,
E mesmo assim, Deus insiste em manter-se oculto,
Nenhuma resposta foi encontrada, assim, como toda a pergunta possui uma resposta.
Por isso vivemos, adaptamos, criamos,
Somos e somos...
Viva, Sonhos resolvem...
Aprecio a mais leve brisa
Procuro o sol mesmo em dia cinza
Valorizo toda boa companhia
Retribuo com flores, até o que me espinha
E assim encontro leveza nessa arte de viver a vida!
A empatia é uma ponte para a compreensão mútua, permitindo que nos conectemos além das diferenças.
Lilian Dutra Pugliese
Enxergar a beleza nas pequenas coisas é um sinal de perspicácia, pois é nos detalhes que a magia da existência se revela.
Lilian Dutra Pugliese
Sintomas
"Quando penso no amor ,meu coração da espasmos. Talvez por amar demais ou pelo o que passei ..Doeu até demais..".
A coragem intelectual reside em desafiar nossas próprias crenças e estar disposto a aceitar a mudança diante de novas evidências.
Lilian Dutra Pugliese
Parece coisa do destino, talvez presente divino que hoje me fez renascer, me puxou pra cima, me fez escrever e eternizar esse sentimento bom, no mesmo instante que transborda um sorriso pronto pra ser meu sem medo de errar.
Tão clara quanto a tua pele, o brilho nos olhos que volta a brilhar. Aqui mais uma vez me pego escrevendo e te tendo como alegria, tão linda que eu fico besta só de lembrar. Bobagem da minha cabeça ou valores do coração.
Café e cadeira de balanço, sinto a intuição conversando com a esperança, pensamento que se completa com o sonho de te ver entrar pela porta. Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
A quinta xícara de café acabou, mas ainda tem uma garrafa a me esperar, um tanto imerso no enredo corro e rapidamente volto a sentir paz absoluta, a sexta xícara está pronta, mesmo olhando atentamente cada canto vazio da casa, onde percebo mais uma vez que não veio me visitar.
Contraste entre o que foi e o que há, entre o que importa e o que não consegui recortar da memória.
Xícaras de café
"O sonho de uma designer é dar vida a imaginação, moldando o mundo com cores, formas e funcionalidade, tornando cada experiência visual uma obra de arte em constante evolução."
Além da fumaça nos olhos..
“O ego nunca quer morrer , isso é fato, as identificações , os achismos.., isso que é de fato é a morte, e quando o silêncio vem , você pode escutar a sua alma , aí sim você começaaviver..”.
Eu poderia chamar de trauma
Mas isso foi o que me deu a vida
Me trouxe uma nova alma
E nasceu em mim
Um espirito artista
Agora espalho arte em verso
Sentimentos cortam
Mas o meu é inverso
Sou a paz quando surtam
Te distanceio desse mundo perverso
"O 'vício da rapidez' tem mudado hábitos musicais, buscando experiências instantâneas, mas é essencial valorizar a arte em sua essência."
Exposição "Bolo no Buzu"
de Lilian Morais
É com imenso prazer que apresentamos a retrospectiva da exposição "Bolo no Buzu", uma jornada artística inquietante e multifacetada da artista visual Lilian Morais. O título aparentemente simplório revela-se uma metáfora intricada, cuja complexidade desafia nosso entendimento convencional. O "bolo" presente nesse contexto pode ser interpretado de várias formas, desde o bolo de aniversário celebrado dentro do coletivo até o bolo humano, símbolo de amontoados de pessoas, como punição ou resultado de promessas não cumpridas.
Ao adentrarmos essa exposição de impacto, somos confrontados com a realidade crua e desafiadora das condições precárias do transporte urbano. Lilian Morais capturou, com maestria, a essência dessa vivência coletiva, oferecendo-nos um espelho para refletir sobre as desigualdades sociais e as lutas cotidianas enfrentadas por aqueles que dependem desses meios de transporte. Através de suas telas, somos transportados para dentro e fora dos ônibus, testemunhando assaltos, abordagens policiais e a presença marcante de personagens políticos que, ironicamente, muitas vezes nos dão "bolo" ao não cumprirem suas promessas.
Mas a ousadia de Lilian Morais vai além. Nesta exposição, ela apresenta uma instalação de impacto assustador que nos transporta para os escombros de uma casa demolida pelas chuvas. É uma releitura poética da obra "preta, Bahia preta", do renomado poeta Jorge Carrano. Nessa reconstrução fragmentada, encontramos roupas, brinquedos, pedaços de madeira, fragmentos de móveis e um pé preto, medindo 1,80 metros de altura. É uma representação poderosa das consequências das forças implacáveis da natureza e das desigualdades sociais que afetam de maneira desproporcional as comunidades marginalizadas.
Essa instalação nos convida a refletir sobre a vulnerabilidade das estruturas sociais e a resiliência daqueles que enfrentam as adversidades diárias. Ela nos lembra que, apesar da destruição, a esperança e a resistência persistem nas histórias dos indivíduos que se reerguem diante das dificuldades.
A exposição "Bolo no Buzu" vai além do espaço tradicional das galerias e museus. Ela transcende fronteiras, unindo arte e realidade de forma inovadora. Como parte integrante da experiência, a exposição conta com a participação de poetas performáticos e atores que trazem à vida os personagens retratados nas telas, envolvendo-nos em narrativas intensas e envolventes. E, mesmo que o coquetel seja inexistente, Lilian Morais surpreende ao trazer ambulantes que normalmente vendem bebidas nos pontos de ônibus para o interior do museu, proporcionando uma experiência inusitada e inédita. Essa abordagem disruptiva desafia as convenções estabelecidas, ampliando ainda mais o impacto da exposição.
Em meio a esse cenário complexo, a artista nos convida a questionar o papel do transporte público como um microcosmo da sociedade, onde as desigualdades se manifestam diariamente. As obras de Lilian Morais nos fazem refletir sobre nossa interconexão e a importância de reconhecermos as histórias individuais que se desdobram dentro desses espaços. "Bolo no Buzu" nos convoca a enfrentar as injustiças sociais, a repensar as estruturas vigentes e a encontrar soluções criativas para as questões prementes que afetam nossa sociedade. Junte-se nessa jornada artística que desperta a consciência e ecoa as vozes daqueles que vivem à margem da sociedade. Esta exposição é um convite à reflexão profunda e à transformação social.
Paulo Müller
O Bailarino
Suave momento de meditação.
Preparo para o início dos movimentos.
Solta no ar o som do violino.
Fecha os olhos. Passa pela mente um sentimento de paz.
Estira o corpo. Esguio. Ponta dos pés elevados. Movimentos lentos e leves. Acompanham o som do instrumento.
Leveza. Delicadeza. Corpo em ação. Passos para direita, pés firmes, gira pelo chão espelhado do palco.
Representar impecável. Arte. Perfeição.
Todo corpo em sintonia. Com o som vibrante.
No momento. Visualiza outros movimentos para seguir.
Dentro do próprio ser. Lembranças. Passado. Presente.
Futuro? Acelera mais os passos flutuando levemente ao som ...
Lágrimas escorrem à face. Curva a cabeça para baixo. Eleva a perna para trás.
O público julgando. A arte? O Bailarino? O espetáculo?
Finaliza. Deitando-se ao piso. Puxa uma pistola discretamente.
Com as mãos firmes. Leva até a cabeça. Aperta o gatilho.
Entre a plateia. Ouve se um alto estampido.
Oh! Gritou uma senhora ao final da cena.
Fecham se as cortinas.
FIM
Nas artes, tentei expressar como te enxergo, mas você não soube reconhecer sua própria beleza pela minha ótica.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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