Mudar de Cidade
REVOLTAS DE UM VELHO AMOR
Todos sabem do encantamento que tenho pela minha cidade natal e o quanto sou apaixonado por ela, por suas formas sedutoras, suas belezas extravagantes, pelo seu sorriso, pelo jeito de me olhar, afinal sou filho dela. Meu amor poderia ser natural, mas vai muito além disso, foi constuido dia-a-dia numa relação de troca desinteressada, mas natural.
A cerca de 10 anos atrás passei a ter um relacionamento também com a capital mineira, era só um relacionamento comercial, mas o ambiente era de muita alegria, chopp gelado, muita gente bonita que meu verdadeiro amor não entendeu, agourou tanto que o negócio não prosperou.
Desde 2007 tenho passado a semana santa, todos os anos, na casa de um generoso e elegante casal de amigos, próximo a Salvador.
Meu velho amor, nos anos anteriores, demonstrou por diversas formas seu inconformismo, é até compreensivel uma vez que muitos dos atributos da região de Salvador são muito semelhantes aos atributos do meu grande amor. Acontece que este ano meu velho amor jogou pesado, temendo que meu coração fique muito dividido, não me deixou dormir, um minuto sequer na noite de dia 4 pra dia 5, exatamente o dia do meu retorno.
Quando voltei saudoso no dia de ontem, o avião exatamente na hora de tocar o solo de meu grande amor, arremeteu de forma inesperada como quem por raiva ou ciumes não permitisse que eu entrasse de novo em casa, na sua enciumada loucura tentou me jogar nos seios de quem fleitei 10 anos atrás, que até me recebeu, me serviu um copo dágua, me deixou tomar um pouco de ar numa demonstração madura de respeito e amizade, mas não me deu abrigo, me enviando de volta a cidade maravilhosa.
Nada pior do que um coração magoado, me recebeu daquele jeito, abriu o portão mas da varanda não me deixou passar, não fez nada pra me agradar, me deixou perambulando até as 3 da manhã na varanda ( Aeroporto do Galeão ) sem me deixar entrar.
Depois me recebeu, aos prantos,
E até agora não parou de chorar.
Rio de Janeiro, 06 de abril de 2010. ( data em que fortes chuvas castigaram a cidade )
Eu estou falando sério. Vamos deixar esta porcaria de cidade agora. Você a detesta, eu a detesto. Nossos pais são uns idiotas e você tem um carro.
Sempre que entro numa grande cidade à noite, considero com solene gravidade que todas aquelas casas fechadas e escuras encerram seu próprio segredo, que cada aposento em cada uma delas oculta um mistério, que cada coração pulsando nessas centenas de milhares de peitos esconde algum segredo para o coração que está a seu lado!
Alguma coisa do horror, até mesmo da Morte, tem a ver com esse fato. Não mais posso virar as folhas daquele querido livro que amei e em vão pretendi ler. Não mais posso contemplar as profundezas dessas águas insondáveis nas quais, à luz fugaz dos relâmpagos, vislumbrava tesouros enterrados e outras preciosidades submersas.
Estava escrito que o livro deveria fechar-se para todo o sempre, quando eu lera apenas uma página. Estava escrito que as águas se imobilizariam sob um gelo eterno, enquanto a luz brincava em sua superfície e eu me detinha, ignorante, às suas margens.
Meu amigo está morto, meu vizinho está morto, meu amor, a eleita de minha alma, está morta; e essa é a inexorável consolidação e perpetuação do segredo que sempre existiu nessa individualidade, e que eu próprio também carregarei comigo até o fim da minha vida.
Dormirá nos cemitérios desta cidade por onde agora passo alguém mais inescrutável do que é para mim qualquer de seus habitantes vivos e ativos, ou do que sou eu próprio para eles?
(Livro "Um Conto de Duas Cidades”)
Paisagem urbana
Num ponto qualquer da cidade
trêfego
trôpego
sôfrego
bêbado.
Ele tem medo da sobriedade.
Não é questão de lugar, de cidade, de país ... Muito menos de quem está ao seu lado ou do que você não tem... Se você não estiver bem com você, qualquer lugar ou pessoa também fará parte disso - não servirá. O descontentamento, a instatisfação, o jeito de olhar as coisas, o jeito de gostar de uma coisa ou outra, de tolerar mais ou menos, de viver feliz ou infeliz. Por isso não culpe o mundo, as pessoas e suas escolhas. Só existe um responsável por tudo isso, uma pessoa que pode torná-lo feliz e te fazer viver uma realidade diferente: você. Tudo é uma questão de referencial, da forma que você enxerga as coisas e da disposição em viver bem ou mal .... Por qual lado você vai querer olhar a vida ? Eu escolhi ser feliz.
Quantas noites sem dormir olhando da minha janela...
luzes da cidade viajo o pensamento...
Madrugada adentro enquanto muitos dormem...
Quantos loucos atearam fogo, aceleraram a mente...
viajaram na fumaça louca...
que passando a todos foi de boca em boca...
no silencio sinto essa fumaça me lava o rosto ...
maquinar meu cerebro fazendo louco...
mendagando a noite pela lucidez...
como posso eu parar na noite pra da mais um trago...
se eu vivo essa lucidez tao louco...
so por mais um pouco eu vo pirar de vez
sao os olhos de um poeta louco que contempla a noite
na palavra certa de um pensamento
so por um momento de inspiraçao...
Quando derem vez ao morro, toda a cidade vai cantar.
No verão, quando chove forte no Rio de Janeiro, a cidade se transforma num rio de janeiro, de fevereiro e março. Quiçá até de abril!
A mentira é uma compulsão viciosa, quanto mais você mente, mais você se vê na nesse-cidade de mentir para cobrir a outra mentira que já havia sido dita.
Durante anos, as pessoas desta cidade mentiram sobre mim. Me trancaram longe, me chamaram de monstro. Agora vão ter o monstro que tanto merecem.
SOU NORDESTINO!
Do sertão ou da cidade
pode ser homem ou menino
pouco importa a sua idade
sua vida ou o seu destino
mas é pela sinceridade
que se nota de verdade
quando o cabra é nordestino.
Casinha no mato.
Essa é minha fortaleza
bem distante da cidade
por aqui tenho a beleza
da mais pura liberdade
pra quem luta por riqueza
prefiro a felicidade.
Não há nenhuma coisa que tenha um pontinho de violência. 'Cidade de Deus' é um pontinho de violência? É a realidade, é a vida real, está na condição humana.
Uma cidade de papel para uma menina de papel. (…) Eu olhava para baixo e pensava que eu era feita de papel. Eu é que era uma pessoa frágil e dobrável, e não os outros. E o lance é o seguinte: as pessoas adoram a ideia de uma menina de papel. Sempre adoraram. E o pior é que eu também adorava. Eu tinha cultivado aquilo, entende? Porque é o máximo ser uma ideia que agrada a todos. Mas eu nunca poderia ser aquela ideia para mim, não totalmente.guarda roupa planejado.
Mude! Mude de cabelo, mude de emprego, de cidade, de opinião. A mudança é a lei da vida e qualquer mudança é melhor do que a inércia de nunca evoluir.
