Mudar de Cidade
CURITIBA
De lindos bosques...
Um universo prende-se a ti.
Abriga povo de muitas nações
que descende, ascende em ti.
O clima que em ti abriga
difere-se dos demais...
São valores que nos obriga
amar-te mais, e mais...
De primeiro mundo
muito se vê aqui.
Tens contudo; maior patrimônio:
Um povo que zela por ti.
Estar aposentado sem nenhuma atividade que ocupe sua mente e seu físico é como viver na Cidade dos Anjos.
CIDADE MARAVILHOSA
Cidade maravilhosa
De maravilhas mil, belezas mil.
E também de tristezas mil,
Pobrezas mil, violências mil.
Dentre tantos mil,
Milhões são desviados,
Ou talvez lavados
Enquanto outros mil
São enterrados,
Mortos, massacrados!
Devolva-nos o Rio!
O Rio de Janeiro
Que de janeiro a janeiro
O que se vê é guerra,
Quando o maior
Clamor é paz!
O Rio não é só Leblon,
Nem muito menos Rocinha.
Ele é de todos e todos
Pertencem a ele.
Devolva-nos o Rio!
O Rio de Janeiro
Que de janeiro a janeiro
Só é de todos em fevereiro
Quando som da bateria
Da Imperatriz e Viradouro
Substituem o barulho do morro,
Das disputas de traficantes,
Dos gritos agonizantes
De quem não tem onde se esconder!
Devolva-nos o Rio!
Coisas da Vida
A vida na roça tem valores que a gente só descobre quando perde.
Hoje, na cidade grande, quando me bate a saudade do campo, eu me ponho a perguntar: pra quem tem espírito sertanejo, assim como eu e você, quanta diferença a gente encontra aqui nesse lugar...
Majestosa araucária
Janela para a alma era te ver assim
Soberana
Arranhando os céus
Mas o progresso não para araucária velha
A cidade quer ser vertical
Majestosa araucária velha
Não mais majestosa
no meu horizonte de brisa fresca
Não mais soberana entre o dourado céu
Destronada, súdita e vencida
Teu destino breve e inevitavelmente será horizontal.
Mudar dá medo pois convida ao novo e faz parte da nossa natureza temer o desconhecido.
É por isso também que muitos de nós desenvolvemos a “Síndrome de Gabriela” - “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim” e “quem quiser gostar de mim que seja assim!
Difícil, pois a vida nos convida constantemente às mudanças e quanto mais resistimos, mais pesado fica...
O desenvolvimento faz parte da nossa essência e viver não é apenas nascer, crescer e morrer...
"Conheça-te a ti mesmo" dizem que disse Sócrates.
Amar seus defeitos é minha virtude.
Eu mudo de casa, caso você mude.
Hímel não use sombra não coloque.
Seu rosto é perfeito, sem nenhum retoque.
Não mude o corte, nem pinte os cabelos.
Você faz moda, sem seguir modelos.
Aneís, pulseiras e brincos pra quê?
Você usa jóia, se a jóia é você.
Eu tenho medo de você mudar
E a outra pessoa não me apaixonar
Morro de medo de você mudar
E a outra pessoa não me apaixonar
Quem muda o caráter, muda a consciência.
É essencial manter a essência
Mesmo com arte, o artificial.
Não destroi o brilho, do que é natural.
Você tem algo, que só deus explica.
Quanto mais simples, mais bonita fica.
Como foi ontem, que seja amanhã.
Eu nasci seu homem e vou morrer seu fã
A lei está vigente.
Na natureza há uma lei incontestável, a lei é mudar!
A mudança palpita, corre, lateja em cada ejeção ventricular.
E não há nada que a impeça.
No caminho tortuoso, na estrada íngreme, na chuva fina ou no vôo da andorinha, tudo que respira, pulsa, corre, sopra... tudo nos impulsiona a mudar.
Mudar nos faz crescer, nos liberta, nos move, nos transforma, nos re-cria...
Como o poeta já dizia, "...Prefiro ser essa metamorfose ambulante..., do que ter a aquela velha opinião formada sobre tudo..."
A lei da vida é mudar.
"Os hereges de um tempo podem se tornar os revolucionários de outro... Pelo menos a forma de serem pensados ou vistos pode mudar!"
Descrevo que era Realmente Naquele Tempo a Cidade da Bahia
A cada canto um grande conselheiro,
que nos quer governar cabana, e vinha,
não sabem governar sua cozinha,
e podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um freqüentado olheiro,
que a vida do vizinho, e da vizinha
pesquisa, escuta, espreita, e esquadrinha,
para a levar à Praça, e ao Terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
trazidos pelos pés os homens nobres,
posta nas palmas toda a picardia.
Estupendas usuras nos mercados,
todos, os que não furtam, muito pobres,
e eis aqui a cidade da Bahia.
Menina do anel, de lua e estrela
Raio de sol, no céu da cidade
Brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando, luzes morrendo
Nesse espelho, que é nossa cidade
Quem é você? Qual o seu nome?
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixa ao acaso
Quem sabe eu te encontro, de noite no baixo
Do brilho da lua, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Flores na Estrada...
Um homem morava numa cidade grande e trabalhava numa fábrica. Todos os dias ele pegava o ônibus das 6:15h e viajava cinqüenta minutos até o trabalho. À tardinha fazia a mesma coisa voltando para a casa.
No ponto seguinte ao que o homem subia, entrava uma velhinha, que procurava sempre sentar na janela. Abria a bolsa tirava um pacotinho e passava a viagem toda jogando alguma coisa para fora do ônibus.
Um dia, o homem reparou na cena. Ficou curioso. No dia seguinte, a mesma coisa.
Certa vez o homem sentou-se ao lado da velhinha e não resistiu:
- Bom dia, desculpe a curiosidade, mas o que a senhora está jogando pela janela?
- Bom dia, respondeu a velhinha. - Jogo sementes.
- Sementes? Sementes de que?
- De flor. É que eu viajo neste ônibus todos os dias. Olho para fora e a estrada é tão vazia.
E gostaria de poder viajar vendo flores coloridas por todo o caminho. Imagine como seria bom.
- Mas a senhora não vê que as sementes caem no asfalto, são esmagadas pelos pneus dos carros, devoradas pelos passarinhos. A senhora acha que essas flores vão nascer aí, na beira da estrada?
- Acho, meu filho. Mesmo que muitas sejam perdidas, algumas certamente acabam caindo na terra e com o tempo vão brotar.
- Mesmo assim, demoram para crescer, precisam de água.
- Ah, eu faço minha parte. Sempre há dias de chuva. Além disso, apesar da demora, se eu não jogar as sementes, as flores nunca vão nascer.
Dizendo isso, a velhinha virou-se para a janela aberta e recomeçou seu “trabalho”. O homem desceu logo adiante, achando que a velhinha já estava meio “caduca”.
O tempo passou...
Um dia, no mesmo ônibus, sentado à janela, o homem levou um susto, olhou para fora e viu margaridas na beira da estrada, hortênsias azuis, rosas, cravos, dálias. A paisagem estava colorida, perfumada e linda.
O homem lembrou-se da velhinha, procurou-a no ônibus e acabou perguntando para o cobrador, que conhecia todo mundo.
- A velhinha das sementes? Pois é, morreu de pneumonia no mês passado.
O homem voltou para o seu lugar e continuou olhando a paisagem florida pela janela. “Quem diria, as flores brotaram mesmo”, pensou. “Mas de que adiantou o trabalho da velhinha? A coitada morreu e não pode ver esta beleza toda”.
Nesse instante, o homem escutou uma risada de criança. No banco da frente, um garotinho apontava pela janela entusiasmado: Olha mãe, que lindo, quanta flor pela estrada. Como se chamam aquelas azuis?
Então, o homem entendeu o que a velhinha tinha feito. Mesmo não estando ali para contemplar as flores que tinha plantado, a velhinha devia estar feliz. Afinal, ela tinha dado um presente maravilhoso para as pessoas. No dia seguinte, o homem entrou no ônibus, sentou-se numa janela e tirou um pacotinho de sementes do bolso.
“Se não houver frutos, valeu a beleza das flores. Se não houver flores, valeu a sombra das folhas. Se não houver folhas, valeu a intenção da semente”.
Era capaz de atravessar a cidade em bicicleta só para te ver dançar.
E isso
diz muito sobre minha caixa torácica.
Roça
A terra flora! Felicidade!
Choveu na roça! Adeus cidade.
Eu vou-me embora. Eu já vou tarde!
Eu vou agora. Bateu saudade!
Vou pegar trilha, vou tomar banho de rio,
A vida pede pra gente ficar por lá!
A natureza todo o dia está no cio.
Tempo no mato não tem pressa de passar!
Mas como é bom ouvir bom dia todo dia,
Sentir as mão e semear, plantar, colher...
Dormir ao som de uma viola caipira,
Pisar o barro, dar aos pés o dom de ter!
Adeus cidade! Eu vou- me embora!
Eu já vou tarde. Eu vou agora!
Choveu na roça! Felicidade!
A terra flora. Bateu saudade!
Quero o silêncio das manhãs de passarinhos,
Ouvir as folhas, respirar a plantação!
Viver de novo a eternidade de um carinho
Que o meu amor me dá de todo o coração!
Até parece que se volta a ser menino,
A gente lembra que é feliz e ri à toa!
Luar na roça é uma bênção do divino!
Viver na roça! Ai! Meu Deus, que vida boa!
Choveu na roça! Felicidade!
Eu vou-me embora. Adeus cidade!
Eu vou agora. Eu já vou tarde!
A terra flora! Bateu saudade!
A maior força de uma cidade é ter muitos cidadãos instruídos.
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