Mudar de Cidade

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Com o aumento de bicicletas nas ruas de uma cidade, a evolução para um trânsito mais humano e seguro e com Paz, é inevitável.

"Enquanto a cidade dorme, alguém no canto do quarto está mergulhado nas páginas de um livro, ao som de Chopin"

SE EU PUDESSE

Se eu pudesse, pintava todas as paredes do bairro e da cidade com o teu nome
Para que todos soubessem que foi neste dia que to deram a luz.
Se eu pudesse gritava o teu nome no pico mais alto da montanha
Para que todos ouvissem o soar perfeito do seu nome.
Se eu pudesse estampava a sua foto no céu
Para que todos contemplassem a magnitude da sua pulcritude.

Ah, se eu pudesse!

O meu coração não bate da mesma forma desde que ela chegou na cidade.

⁠Desabafo de um orelhão
Tudo começou quando fui criado e instalados nas ruas da cidade
Há foi muito lindo eu era útil e todos me procuravam, também eu era jovem e bonito e um excelente ouvinte.
Fui portador de notícias, diminui as distancias, espalhei a voz ao mundo.
Transmiti notícias boas e outras nem tão boas assim.
Foram, milhares de vezes “Mamãe nasceu, nós ganhamos, deu tudo certo e assim vai” porem teve também as notícias tristes nos quais chorei junto “sou muito sentimental”
Foi um tempo feliz e eu era alimentado por moedinhas que todos chamavam de fichas, e assim podiam conversar por três minutos e era sempre uma emoção.
Os tempos foram mudando e começaram a colocar papel ao invés de moedinhas, mas tudo ainda era maravilhoso, mas o tempo sempre cruel, continuou passando e eu fui ficando velho e obsoleto.
Hoje já quase não me encontram nas ruas, perdi meu glamour, perdi minha utilidade.
Meu tempo está acabando só tenho noventa segundos, queria muito me despedir de você,
Queria falar adeus e dizer o quanto eu... TU,TU,TU,TU,TU,TU,TU,TU...

Qual sua graça?
CPF! certidão de idade! de sanidade! de cidade!
dólares em reais.
certidão de morte!
Qual sua desgraça?
Por quem você ora?
Cinco vezes vire-se à Meca.
Com quem você faz ora?
O que te alimenta?
Quantas horas?
bússola orienta!
Em quem você vota?
esbórnia desorienta!
hóstia engorda.
se é que vota.
exilada maria madalena!
Nulo é covardia.
em paredes de banheiro
Anular é dedo.
pra rir: Horário Eleitoral.
Toda bossa é nova.
pra chorar: política.
Toda prosa é trova.
Deixa tudo e vambora!
apresse tua oração
que o Futuro já foi.
sem fazer ora
no lombo do Boi.

Amar a cidade em que nascí, não é dever, é satisfação.

Meu Pai

Meu pai se foi
Agora tudo são escombros e restos na minha cidade saqueada e destruída
Uma cidade que foi uma vez tão bonita

Meu pai se foi
E com ele a alegria do mundo
A alegria que me sustentava com uma força pulsilânime, densa, estrutural

Meu pai se foi
E com ele uma fúria que me arrasta por mundos conhecidos e desconhecidos
Uma fúria que me me alimenta e me destrói

Meu pai se foi
E com ele um susto que parece que não vai embora
Como uma mensagem que se repete dia e noite na secretária eletrônica quebrada de meu telefone

Meu pai se foi
E com ele a luxúria de uma vida grata, alegre, doce
A luxúria da leveza e das coisas boas do dia-dia

Meu pai se foi
E com ele meu porto seguro
Minha direção no mundo, bússola do meu coração

Meu pai se foi
E com ele minha voz altiva e meu olhar confiante
Meus pés sólidos e firmes no chão, garatindo meus caminhos do porvir

Meu pai se foi
E com ele o palhaço que me fez rir a vida inteira
Hoje tem marmelada? Tem Sim senhor. Hoje tem goiabada? Tem sim senhor...
Como vai, como vai, como vai? Tudo bem, tudo bem, tudo bem, bem, bem.

Meu pai se foi
E com ele a paixão pelo futebol
E com ele a paixão pela arte
E com ele a paixão pela música

Meu pai se foi
E com ele um cidadão que reclamava de seus direitos
Um conservador de imensa lucidez


Meu pai se foi
E com ele as lembranças de brincar na casa da minha tia
Ele tocava violão ou violino,
Ela tocava harmônica
Ela fazia a melodia
Ele fazia a segunda voz

Meu pai se foi
E com ele as invenções de quem produzia mais que o tempo da vida lhe dava
A vida parecia correr para dar conta de toda sua força de criação

Meu pai se foi
E com ele as bordas do meu mundo
Ele era meu sul, meu norte, meu leste, meu oeste
Traços de uma cartografia que me definia e me desenhava sem eu saber

Meu pai se foi
E com ele um coração de tanta bondade
Um carinho por todo o mundo

Meu pai se foi
E com ele um sorriso presente
Sempre presente
Sempre presente
Sempre presente

Meu pai se foi
E com ele a saudação repetida no telefone
“O menino de ouro...”

Meu pai se foi
E o jeito desengonçado dele dançar
E seu amor pela chuva
Sua paixão pelo vinho, pelo bacalhau, pelo pastel

Meu pai se foi
E a boa vontade de fazer as coisas
Sua disposição para tudo

Meu pai se foi
E com ele o andar apressado dos dias da juventude
E o andar lento e difícil dos últimos anos

Meu pai se foi
E com ele uma parte de mim que ainda não sei qual é


Meu pai se foi
E com ele a luz do meu sol do meio dia

Meu pai se foi
E com ele uma ausência impreenchível

Meu pai se foi...
E a estrada agora parece tão longa
Mesmo que florida, mesmo que regada e cuidado por ele mesmo

“Alguem sentado a beira do caminho
Jamais entenderá o que eu sinto agora
Sou levado pelo movimento que sua falta faz...
Havia tanta paz no seu carinho
Na despedida fez um dia lindo”

É como se voce estivesse num paraiso.
numa cidade cheia de cristais.
e eu aqui bem longe lembrando do seu sorriso.
a mesma distancia que nos separa,
é a mesma que a cada dia mais aumenta essa paixao.
sentimento estranho, mas um estranho bom.
sentimento verdadeiro daqueles do coração.
vem matar essa sede de ter voce.
saudade ta me matando.
volta pra cá, vem viver ao meu lado
quero sentir o teu calor
te dar aquele abraço quente, e o beijo tao esperado.
vem, vem viver ao meu lado.
Princesa minha me tira dessa saudade.
me leva pro teu paraiso.
voce é minha fonte de luz, meu mar de felicidade

LIÇÃO PARA APRENDER A CONVIVER COM O PRÓXIMO



Havia certo homem em uma pequena cidade que ao passar dos anos conseguiu conhecer todas as pessoas que ali moravam. E chegou a seguinte conclusão: todos os moradores da cidade tinham muitos defeitos. Decepcionado, decidiu sair da cidade para viver sozinho em sua fazenda.

Chegando lá, começou a viver solitariamente. Mas, com o tempo, começou a perceber que ele também tinha muitos defeitos. Então ele chorou e disse: “Ah! Meu Deus! Gostaria de fugir de dentro de mim mesmo! Porque da mesma forma que os homens da minha cidade sou um homem cheio de defeitos”.

Ainda pensou: “Vou me matar! Só assim acabo fugindo dos meus defeitos”. Mas pensou outra vez e disse: “Mas se eu me matar eu vou para o inferno! E lá é que tem gente ruim mesmo!”.

Então ele decidiu fazer uma oração a Deus, pedindo perdão pelos seus defeitos, e se lembrou de um texto bíblico que dizia “o amor cobre multidão de pecados”.

Então ele disse consigo mesmo outra vez: “Eu me amo, e tenho que aprender a conviver com os meus erros”. Dias passaram e ele conseguiu viver.

Passando alguns dias em solidão, não agüentou, e decidiu fazer outra oração, dizendo a Deus que não suportava mais estar só. Dessa vez, ao término da oração, lembrou-se das palavras de Jesus “Amarás teu próximo como a ti mesmo”.

Então se lembrou da cidade onde morou, e disse: “Voltarei para a minha cidade, porque assim como aquele povo tem defeitos, eu também sou cheio de defeitos. E quando eu voltar para lá amarei meu próximo como a mim mesmo, ao ponto de reconhecer que passei tanto tempo naquela cidade, com tantos defeitos, sem percebê-los. Agora terei amor aos meus conterrâneos, para que juntos possamos viver”.

Ao voltar para a cidade reencontrou todo tipo de pessoas. E dessa vez sempre que via um de seus amigos cheio de defeitos, procurava entendê-los, e dizia consigo mesmo: “Eu tenho que amá-los como eu me amei e me perdoei. Por isso estou vivo aqui e encontrei a felicidade. Porque só o amor é que não tem defeito e conhece o que é a verdade”.

Já eram meados de março, o coelhinho da páscoa passeava pela cidade. Kaô estava em cima de um Ipê branco, quando acidentalmente deixou seu boné cair no chão. Ele desce e pega o cachorro no seu colo, pois sabe que àquela altura seu pai não ficaria feliz caso aparecesse em casa sem seu chinelo. Ventos alísios do sul sopravam para oeste, e Gunther corria afobado. Quais seriam seus verdadeiros sonhos?

Suga me, a teu bel prazer,
Alimenta tua vontade,
Incorpora-me a você,
Aranha negra da cidade.

Devora-me, como queres,
Sinta o gosto da minha carne,
A vida do meu ser arranques,
Canibalizando-me, sua verdade.



Predadora de mim, amor mortal,
Intensidade de prazeres abissais,
Fêmea em transe no amor total,
Faminta, sacia gozos colossais.

Espojando-se, me aprisionando,
Me matando a cada momento,
Nas suas contrações fundindo,
Carne, espírito e sentimento.



Mata-me quando quiseres,
Tira de mim, a minha força,
Deita no meu leito e esperes,
Amar-me, louca, como queres.

Coimbra

Cidade de gente importante,
Um cidade que permanece radiante
De montante a jusante brilhante.
Uma cidade com vida,
Em que vemos um grande nação
Nos alicerces bem contruída.
Possuidora de uma das universidades
Mais velas do mundo, mas contudo.
Aqui feitos grandes doutores,
Escritores, e sabedores.
Ai não sei o que seria de mim!
Se esta cidade não existisse
Eu não estaria aqui neste mundo.
Não estaria a escrever ,hoje, neste dia.
E na sociedade a que pertenço sentir-se-ia
Em parte vazia sem conhecer este nobre português.
Que Deus fez, refez, no fundo modelou, e falou:
Tu és quem és por que mereces ser, seja o que quer
Que fores pensa nas consequências, nas sequências
Dos teus actos mas não te esqueças honra os teus Antepassados, para que estes não se sintam mal com tal
Degenerador, que em vez de aprimorar a sua família,
Preferiu estragá-la e acaba-la.
Não te esqueças Renato deves muito a este país,
Mas também a ti mesmo, não te esqueças,
Se continuares assim, se depender de mim serás que tu Quiseres ser, e assim irás permanecer no futuro feliz,
E irás, como sabes, ser sempre um aprendiz
Com catividade, originalidade nas letras e nos sons
Pois com sabes te oferecem dons.
Coimbra cidade de doutores, engenheiros e de gente
Sapientíssima quer de história, quer de ciências.
Cidade de humilde e de gente forte.
Faz este país forte a Norte, ao Centro e ao Sul,
Gente rodeada de cultura, de muito boa Literatura.

ESPINHOS DA VIDA


VAGANDO NA RUA DA GRANDE CIDADE
EM BUSCA DE ALGO QUE JAMAIS PERDEU
OS LABIOS SORRINDO O CORAÇÃO TRISTE
COLHENDO OS ESPINHOS QUE A VIDA LHE DEU
PROCURANDO MEIO PRA SOBREVIVER
ENTREGA SEU CORPO A HOMEM QUALQUER
LOUCO DE DESEJO MAIS POBRE DE AMOR
POR ALGUM MOMENTO SENTI SEU CALOR
DEPOIS LHE ABANDONA ONDE ESTIVER

NA PORTA DO HOTEL LUGAR QUE LHE DEIXA
DEPOIS QUE ELE MATA SUA SEDE DE AMOR
NO SEU CORAÇÃO É REVOLTA CONSTANTE
AO PERCEBER QUE SÓ POR INSTANTE
O SEU BELO CORPO TEM ALGUM VALOR

QUANDO É DE MADRUGADA VAI DORMIR SOZINHA
SENTINDO A PROPRIA VIDA QUE LEVA
SEM TER NINGUEM PRA OUVIR SEU LAMENTO
A DOR DA SAUDADE VAI FERINDO AOS POUCOS
AQUELA QUE FOI A MELHOR DAS FILHAS
VOLTAR PARA CASA ELA NÃO TEM DIREITO
SABE QUE SEUS PAIS MERECEM RESPEITO
E A SUA VOLTA ENVERGONHA A FAMILIA

NA PORTA DO HOTEL LUGAR QUE LHE DEIXA
DEPOIS QUE ELE MATA SUA SEDE DE AMOR
NO SEU CORAÇÃO É REVOLTA CONSTANTE
AO PERCEBER QUE SÓ POR INSTANTE
O SEU BELO CORPO TEM ALGUM VALOR

Lá estava ele, parado, sentado no banco da única praça da cidade, tão lindo, tão meu. Eu sabia que ao me aproximar, uma onda de dor me atacaria pelo simples fato de eu não poder chegar em você. De não poder sorrir pra você. Pensei em atravessar a rua para não passar na sua frente. Mas ainda assim fui, aproximei-me e como dito, eu não poderia nem ao menos sorrir pra você, para não mostrar nos meus olhos a angustia de não tê-lo ao meu lado. Eu me aproximei:
- Oi, ele disse.
- Oi.
- Senta aqui, preciso falar com você.
E eu, sem dizer uma palavra me sentei.
- O que aconteceu? Porque tá sendo assim comigo?
E eu, uma uma gota de lágrima desceu dos meus olhos. Eu fiquei tonta, era como se eu tivesse ouvido a lágrima cair no chão. Virei de costas pra ele, para secar minhas lágrimas e respondi:
- É que eu... te amo tanto, que não teria forças suficientes pra suportar a dor de olhar pra ti, e ver que é só um sonho.
E no momento em que me virei para ver a sua resposta. Percebi que já era tarde. Ele já tinha sentido, já tinha visto, com uma lágrima ele percebeu o que eu sentia. E me deixou ali, sentindo a leve brisa do vento nos meus cabelos. Eu quis morrer, não tinha mais sentido viver em um mundo onde o seu amor, não fosse a força pra me levantar e seguir em frente.

Self Service ruim está cheio na cidade, mas bons restaurantes têm poucos... Comida ruim a gente acha no lixo... Por isso não importa se acabou. O que importa é que valeu a pena, você conseguiu-me satisfazer por algum tempo, mas agora enjoei do cardápio.

O céu era nublado, a cidade destruída, as ruas totalmente vazias, as árvores pareciam chorar, os jardins eram secos, como se houvesse uma grande seca naquele lugar. Que cidade é essa? Onde eu realmente estou? Olhando em volta a única resposta que eu posso achar é que isso tudo era assustador.

Km 0

Na cidade que inventei
não havia igreja, procissão
e até a solidão
lá é boa companhia.

Lá os cavalos correm sem puxar carroça,
quando trotam é porque gostam
desconhecendo espóra.

E os soldados se preparam para guerras,
fazem cordas de guitarra,
derretem metralhadoras.

Em questão de fatos e relatos, atualmente a cidade nunca esteve tão perto de ser considerada selva.

Quando me agarro ao cordão do tempo que costura a história, contemplo a cidade simples de Belém. Foi lá que Deus iniciou sua peregrinação entre nós e nos mostrou seu rosto humano. Foi lá, numa manjedoura, em meio aos animais, que a Palavra da vida assumiu seu processo de continuidade revestindo-se da forma humana.