Mortos
Pequeno Poema á Dois (As Acácias)
Receba Essas Flores vindas dos poetas mortos
São pétalas de Acácias
colhidas com amor
trazidas do jardim da alma
Coloridas e sedosas
Molhadas Pela “tez” Da Manhã
Conhecida do excesso a solidão dos dias
Vestidas de água
Banhadas com Sedução
Sobre Um Encontro de dois apaixonados
Queres meu infinito perfumado
No leve vazio da Eternidade,lá estão eles na retidão do Paraíso
Como belos quadros de Matisse Bonitos e Singelos.
Testemunhado cores e tons PSICODÉLICOS
Em seu Ardor de Fêmea em Disposição a mãe natureza
Vida, Pura, poesia e arte!
Fico-me perguntando se nos fossemos ligar para a opinião dos outros, Pois já estaríamos mortos é mesmo assim ainda não iriam se contentar iriam falar mal do cachão que esta usando iria dizer que a muitos amigos falsos chorando a morte, falariam também da roupa que colocaram em você, Também iria dizer que a culpa era de muitos
Mas também me pergunta o porquê de uma pessoa ir atrás da opinião de outra se sabe que vai fazer diferente é muito bom dizer “eu fiz isso é não ligo para o que vão dizer”, pois meu bem é como eu disse agente morre é eles ti criticam a eternidade inteira.
Desapegue-se daquilo que lhe tira o sorriso do rosto. Desfaça-se de sentimentos mortos. Abandone as lágrimas. Esqueça quem maltrata teu coração. Livre-se de tudo aquilo que lhe causa angústia. Eu sei, não é fácil. Mas sei também que tu és capaz!
OLHOS MORTOS
Quando te beijei naquela manhã,
Trazias nos olhos um regato de água,
Seco.
Estéril.
Forjado.
Senti em ti rios de desprezo
Subtis,
Hostis,
A correr sem destino,
Mal cheirosos,
Pelas margens do teu rosto,
Dos teus olhos covardes, mortos,
Por não olharem os meus.
Na sede que eu tinha da tua água,
Nem reparei que a tua estudada mágoa
Se misturava com o PH da tua acidez,
Sempre que queres magoar quem te fez.
Minha querida estátua que já és
Para mim tão absorta e estarrecida,
Nas tuas gélidas palavras sem sortida,
Um ser que não conheço nem de frente
Nem já de revés,
Eu que fui o obreiro da tua própria vida.
Um pai, já dizem não valer de nada
Agora neste mundo podre, sem guarida,
Houvera tempo de vida atrás voltada
Que nunca eu te geraria, nem cerzida.
(Carlos De Castro, in Há um Livro Por Escrever, em 31-07-2023)
A saudade dos mortos pode ser uma perda de tempo, visto que a dor, ou sentimentos de culpa, juntos ou separadamente, não trazem ninguém de volta;
Mas a saudade dos vivos, se for verdadeira, faz sair de casa, a pé, de ônibus, carroça, de qualquer forma, importando apenas com o encontro, para rir do tempo que fez desencontrar.
“Hoje é 2 de novembro e resolveram que seria o 'dia dos mortos'. Eu fico imaginando a angústia e tristeza de muitas pessoas visitando túmulos, deixando flores e despejando lágrimas (e frases em pensamento) àqueles que morreram e levaram uma parte de nós junto. Esse nível de saudade é um massacre, pelamor...
Mas se há algo para refletir em 'Finados' eu acho que é isso: não esqueça que existem mais de 360 dias pra você abraçar, beijar, amar, perdoar, curtir, ajudar, dar atenção, levar flores, falar, ouvir e chorar com quem ainda respira.
Não espere um túmulo pra cair na real.”
Viva e aproveite na medida que cabe,
pois a vida não é curta.
Nós é que ficamos mortos tempo demais.
Porque escrevemos diários? Talvez porquê no fundo queremos comunicar, depois de mortos, coisas que em vida não ousaríamos contar.
Os funerais existem para atender os vivos, e não os mortos. Antes ser lembrado pelo que fizemos do que pela imagem cadavérica, sem relação com o que fomos e rodeada de tristeza no fundo de um caixão, revelando todas as marcas que, se pudéssemos, não gostaríamos de ver exibidas sequer no espelho do banheiro. Que os que me amam me prestem sua homenagem poupando-me dessa última exposição pública tão contrária ao que busquei ser ao longo de minha passagem pelo planeta.
A existência corpórea é apenas um estágio, jamais o fim. Os que chamamos de mortos seguem vivos, e sua presença nos envolve como brisa suave que não vemos, mas sentimos. A certeza espírita nos mostra: a vida não cessa, e o amor é mais forte do que a separação.
O túmulo não encerra vidas; apenas abre horizontes mais vastos para reencontros felizes.
