Morre Passaro
Trecho do livro Despertar, Renovar e Seguir: "Morre aos poucos aqueles que aceitam tudo do jeito que está. Vive quem se permite transformar para transformar-se."
Se a esperança é a última que morre,
como pode ser esperança?
A esperança quando é esperança de verdade,
aguarda com paciência, até acontecer.
Agora não confundamos esperança com utopia.
O mal não morre. Nunca morre. Ele apenas adota um novo rosto, um novo nome. Só porque nós fomos tocadas por ele uma vez, não significa que estamos imunes a sermos feridas de novo. Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar.
Dizem a esperança é a última que morre, devido esta se esvair apenas depois que o possível indicar ser o contrário. Interessante é saber que esse possível, almejado esperançosamente, têm sentido de realização depositado mais nos outros que em nós mesmos. Por em prática o que depende de si mesmo, já é motivo de orgulho próprio na realização de objetivos.
MORRE POR INTEIRO
Tem os que nunca partem
Vive em nossas lembranças
Da nossa nostalgia vão além
Alimentam nossas esperanças
Nesta passageira caminhada
Tecem fios de teia de amor
Forrando por toda estrada
O carinho, o afago, o calor
À distância nesta separação
É temporária, bem breve
Que conforta o coração
Faz desta ausência leve
Se partiu, deixou verdades
Norteou de afabilidades... (a vida!)
A emoção! Perpetuando afinidades
Pois morre por inteiro quem não deixa saudades.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Junho, 01 de 2010, 09’13”
Rio de Janeiro, RJ
VIVE-SE... MORRE-SE...
(Bartolomeu Assis Souza)
Vive-se...
Morre-se..´
Vive-se de viver...
Morre-se de morrer...
Por isto, aprenda
Vive-se apenas uma vez
Cada vida é singular, única
Só vivemos uma vez...
(In memoriam: Erácrito Assis de Souza)
O herói, morre quando ainda é mito. Mas caso ainda não seja herói, é só após sua morte, que se tornará um mito.
Dentre todas as coisas que poderia ter feito, orgulhava-se de poder dizer que havia amado. Indo contra tudo que imaginava, havia tido a felicidade de sentir o prazer do que é o amor de verdade, amara-o com todas as forças e de todas as formas, abrira-se sem receios e sem mascaras. Tinha sido completamente de alguém e tido alguém. Se pudesse reviver algo, seria a primeira vez que ouviu ele rir ou talvez a primeira vez que viu seus olhos brilharem ao contar algo, não, escolheria a primeira vez que ele lhe envolveu em seus braços, sentir ele tão perto e lhe abraçando com tanta intensidade tinha sido como voar, era uma mistura de alegria e paz que não dava para descrever. Adquirira o habito de admira-lo enquanto ele dormia. Ver a serenidade que tomava seu rosto lhe trazia paz e nada se igualava a felicidade pelo fato dele estar ali. Já havia passado por tanta coisa, mas nada dava tanto sentido a sua vida quanto ter ele nela, quanto o fato dele ter escolhido ficar com ela apesar de poder ter o mundo inteiro, mas era ela e ela tinha a inexplicável capacidade de destruir as coisas e assim fora com ele, com eles. Mesmo querendo mais que tudo fazer ele feliz, falhara. Ela havia perdido ele e como isso perdeu a ela mesma, perdera os motivos para seguir. Havia tido dores físicas e emocionais aos baldes, mas nada a prepara para a dor de ficar sem ele. Sempre achara que ninguém morria de amor, mas descobriu que é de amor que mais se morre.
Tu deixa sem querer deixar,
com linhas curtas,
de uma noite
dobrada em desejos e sentimentos.
Tu vive sem expectativas,
que é atraente,
que é difícil
não esperar nada de alguém.
Então não espera,
o tempo não espera,
a vida é curta e chora.
Um grande muro ajardinado
com lagartixas talvez,
e insetos na neve.
Tu busca respostas gastas
por músicas, livros, artigos, filmes, esportes, sexo, conversas, negócios, gases...
e quase morre.
Cabelos brancos e rosto afundado,
já usando pó pra asma que compra em farmácia.
Tu deixa a vida fluir
e tudo faz parte,
é o futuro
que termina em tela
com o rosto das velhas estrelas do cinema.
Paixão acaba com o tempo, amor nasce com o tempo! Um relacionamento com base na amizade não tem prazo de validade!