Moradores de Rua

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Andar de skate na rua, jogar taco, brincar de pique-esconde, pega-pega, andar descalço, acordar cedinho para brincar e voltar só quando a mãe gritar: "Já está escurecendo!"... Nossa, que saudade!

Igreja: onde todos são iguais.
Rua: onde todos viram as costas e foda-se quem é quem: negro, gay, ateu...

Por isso prefiro a minha casa. E mais ao estudo do que a devoção.

Se eu tivesse vivido na época da ditadura teria sido uma daquelas pessoas que foram pra rua protestar, e acabaram presas e torturadas.

E se de repente no meio do caminho você cansar de mim e quiser ir por outra rua, como eu vou saber voltar sozinha? E se você quiser soltar da minha mão e eu cair e não quiser levantar sem você? E se eu me perder de ti, depois de ter me doado inteira pra você e não saber me reencontrar? O que eu vou fazer se você enjoar do que nem tem interesse e perceber que é perda de tempo, e eu já tiver perdido tanto tempo me esforçando pra te impressionar. Mais uma vez?
E se eu te olhar nos olhos e não me ver brilhando neles? E se eu morrer de dor por sentir um vazio tão grande que me rasgue inteira por dentro e você for meu remédio, minha cura e não quiser me salvar?
E se me amar de longe for de mais pra você e você se esquecer de mim, como eu vou sofrer alguma amnésia pra te tirar dos meus sonhos?
O que eu vou fazer se você me devolver pra mim, meu amor? O que eu faço se a unica coisa que me resta é ser insegura?
Com sua mão na minha eu não tenho medo. Não solta dela meu bem. Não me solta. Não me devolva se você não vier junto na embalagem.

Tô Pagando!

Presidente? Prefeito?
São funcionários públicos!
Ausente? Defeito? Vai pra rua!

E me senti melhor quando notei que eu já consigo caminhar na rua sem procurar você atravessando a calçada ou entrando em algum supermercado, mesmo que em compensação não procure mais nada.

Lapidar
"" Moldar a pedra bruta
cheia de vida
tal qual o brilho
da rua
num instante
o pormenor
da lua
brilhante...

🎹 Estou Na Rua 🇵🇹


Yeah…
Beco fechado, luzes a piscar, verdade na caneta a gritar…
Clássico na alma, moderno no ar.


Rimo no escuro enquanto Aldoar respira,
Beat 90’s bate fundo, faz tremer a esquina,
Valete na postura, Xeg no corte da rima,
Dealema no sangue — disciplina masculina.


Flow afiado, linha dura, pensamento real,
Palavra é minha arma, cada sílaba é fatal.
O mundo gira torto, eu mantenho o axial,
Boom Bap na espinha, atitude essencial.


A agulha risca… o grave sobe…
Trap a invadir o beco como fumo no ar…
Agora muda.
Yeah, yeah…


(Refrão)


Bass a bater, tô a entrar na cena,
Trap Tuga bruto, nunca muda o esquema,
Flow tão quente que derrete o problema,
Quando o beat cai, viraliza o sistema.


Luzes no bairro tipo neon de cinema,
Crew na vibe pesada — tema em cima de tema,
Se a vida testa, eu respondo sem pena,
Do Boom Bap ao Trap, mando em qualquer antena.


Tô na rua a fazer magia,
808 nos pulmões, energia,
Jogo perigoso? Eu conhecia,
Agora controlo a melodia.


Puto do beco a subir sem medo,
Flow camaleão, adapto o enredo,
Boom Bap na alma, Trap no degredo,
Viral no YouTube, pronto pro degredo.


Do cinzento de Aldoar nasce ouro,
Do silêncio nasce o meu estouro,
Do clássico eu puxo tesouro,
No futuro deixo o meu coro.


(Refrão)


Bass a bater, tô a entrar na cena,
Trap Tuga bruto, nunca muda o esquema,
Flow tão quente que derrete o problema,
Quando o beat cai, viraliza o sistema.


Luzes no bairro tipo neon de cinema,
Crew na vibe pesada — tema em cima de tema,
Se a vida testa, eu respondo sem pena,
Do Boom Bap ao Trap, mando em qualquer antena.


-

⁠Noite sem lua,
Chuva na rua,
A alma insinua,
A cobiça continua,
No leito extenua,
A arte que autua!
Ninguém desvirtua,
O que o lamento situa,
E se nada intua,
Meu sono conceitua!

E quando a rotina me abraçou, eu mudei: mudei de nome, mudei de casa, mudei de rua, mudei de rumo, mudei de mundo, mudei pra lua. E fui ser feliz.

Fui, na Rua.
Esqueci,
o guarda-chuva.
Tomei, um banho.

O Odor do Caos

Era fim de tarde na rua Cecília.
Catorze homens jogavam futebol no campo de terra, rindo alto, enquanto a poeira dourada do sol cobria tudo.

De repente, um carro vermelho parou ao lado do campo.
Dele desceu uma moça de cabelos longos e olhos flamejantes.
Com voz calma, pediu ajuda para trocar o pneu furado.

Por um instante, o jogo cessou.
Os homens se entreolharam, silenciosos, mas quem se aproximou foi Jorge — um homem negro, alto, de cabelos compridos.

Quando ele a viu, algo dentro dele se rompeu.
Como se uma voz antiga, enterrada na carne, despertasse.
Um instinto primitivo, misto de medo e desejo, ascendeu nele como febre.
E então ele começou a falar — palavras duras, quase blasfemas —
profecias nascidas do fundo escuro de si mesmo.
Falava como se fosse um mensageiro de algo maior,
exigindo que ela se rendesse,
que aceitasse uma submissão absurda, quase sagrada.

A tensão cresceu no ar.
Os outros observavam, sem saber se assistiam à loucura ou à revelação.

Então, Mariana — amiga de Jorge, que estava próxima — decidiu agir.
Sem dizer uma palavra, correu até o cercado onde sete cachorros estavam presos e abriu o portão.
Os animais dispararam, excitados e famintos, e avançaram com fúria.
O caos começou.

Gritos se misturaram ao barulho do metal e ao som seco dos corpos caindo.
Os cães devoravam carne e poeira, enquanto um cheiro espesso se erguia no ar — o cheiro do sangue.

Era o odor do caos.
Algo antigo e primitivo havia despertado.
Um motim — uma fúria coletiva, selvagem — tomava conta de todos.

Ninguém compreendia o que estava acontecendo,
mas todos, de alguma forma,
queriam um pedaço.

Mariana e as Sombras

Mariana tinha sete amigas.
Todas moravam na rua de cima —
exceto Júlia, que morava na rua de baixo.

Elas brincavam no parque toda sexta-feira, treze,
enquanto caminhavam sobre as águas,
imitando Jesus.

Certo dia, estavam distraídas,
brincando com as nuvens,
transformando-as em algodão.

Foi então que um homem passou
e ofereceu um sorvete.

Elas se entreolharam, confusas,
e se questionaram sobre aquilo:

quais sombras haveriam naquele homem?
E por que estaria ele tão comprometido
em realizá-las?

“O filho da rua perde a ilusão, ouve vozes, se sente invisível.”

A verdade é uma moça sem roupa que não pode sair à rua, pra não matar de vergonha a família bem vestida.

Se já difícil andar reto em uma rua torta.

Imagina andar torto em uma rua torta.

🇵🇹 Bombeiros Heróis Sem Capa 🇵🇹


Sirene na rua, o perigo dispara,
A vida em jogo, coragem não para.
Fumaça no ar, mas ele encara,
Onde ninguém fica, ele sempre encara.


No fogo avança, no medo é blindado,
O grito é alto, mas tá concentrado.
O povo recua, mas ele é chamado,
Salvar é missão, nunca é resultado.


[Refrão]


🚒 Bombeiro, herói sem capa,
🔥 No fogo, na água, coragem não se apaga.
🚒 Bombeiro, herói sem capa,
🔥 Na vida real, é quem segura a barra.


Do medo ele faz a fé que levanta,
No peito só força, na mente esperança.
Não quer medalha, nem fama que encanta,
A vida é missão, e missão não se cansa.


Guerreiros da rua, no topo da escada,
Anjos da noite, da tarde, da madrugada.
O mundo respeita, mas nunca se gaba,
No meio da chama, coragem não acaba.


[Refrão]


🚒 Bombeiro, herói sem capa,
🔥 No fogo, na água, coragem não se apaga.
🚒 Bombeiro, herói sem capa,
🔥 Na vida real, é quem segura a barra.


No jogo da vida não pede revanche,
Na queda segura, no abismo se lance.
Onde o medo domina, ele avança e não trava,
Herói verdadeiro... sem capa!

Preso em monólogos, rótulos, vou pra rua
e a vida nos cobrando respostas sem dar as perguntas.verdades são nuas e cruas.

Rotina ofuscando a retina que ainda brilha,
mas o brilho também é resistência, conduta e disciplina

.
Medos batem no peito como tambores,
e a coragem nasce no compasso,

Moldando amores e dores.

Cada cicatriz eu transformo em poesia,

Verso que ecoa, ferida que nos guia.



Caminhando sozinho por dentro dos meus pensamentos,
às vezes lento, mas sempre em movimento,

observo o tempo sempre correndo.
Acelerado, paro e conto até três, me acalmo,
mesmo no caos, busco a paz que torna alvo.

Buscando sempre a paz que me livra dos alarmes falsos.



Respiro fundo, guardo a brisa fria no peito,
mesmo em campo pequeno, chuto a bola meu jeito.

A cada batida, minhas rimas são espadas estilo esgrima,
a cada corte machuca, porém, também ensina.
Não desistir, persistir,
se seu sonho é grande você também precisa evoluir.

No ringue da vida não existe plateia,
suor no rosto é chama que clareia.
Cada queda ensina, cada dor constrói,
quem luta de verdade jamais se corrói.

Minha voz ergue muros, derruba mentiras vazias,
bloqueando sombras que iludem almas frias.
Cá entre nós, nunca estamos a sós,
quem ontem me ignorou, hoje implora minha voz.

Olho nos olhos, não fujo da briga,
verdade é flecha, mentira fadiga.
Quem hoje aponta, amanhã admira,
quem fecha a porta, um dia suplica a saída.

Eu não paro, eu insisto,
cada rima é fogo, cada verso é grito.
Do silêncio eu faço poesia,
das feridas sangram minha energia.

O Gato da Rua 15

Na calçada fria, número quinze, Mora um ser de pelo, com manhas e guinze. Não tem pedigree, nem lar aconchegante, É o Gato da Rua 15, o andarilho elegante.

Seus olhos de esmeralda, atentos e sagazes, Viram noites de estrelas, manhãs vorazes. Conhece cada fresta, cada portão fechado, Onde um afago, às vezes, é-lhe dado.

Esguio e ligeiro, em busca de um petisco, Desvia de carros, corre sem risco. Salta muros altos, some entre os quintais, Dono do seu tempo, livre de rituais.

Às vezes, um miado, manhoso e sutil, Pede por carinho, um gesto gentil. Mas logo se afasta, volta à sua postura, Um felino independente, de alma pura.

Testemunha silenciosa do ir e vir da gente, Seu reino é o asfalto, seu teto o crescente. O Gato da Rua 15, figura marcante, Um mistério felino, sempre errante.

Longe do seu querer

Na rua, que é caminho da sua casa, te vejo andar com passos leves,
pois sabe que eu estou logo atrás— mas ainda longe.

Seus passos ficam lentos,
na esperança de que eu, alguém tão sem coração, te alcance.
Depois de nove passos longos, você desiste,
já se cansa de me esperar.

Seu olhar cansado se vira na minha direção.
Já meus olhos não vão ao encontro dos seus;
a tristeza te destrói, com minha boca, que não chama pelo seu nome.

Quando entra na sua casa e a porta se fecha,
agora sou eu quem sofre: peço perdão
para você, que não pode ouvir,
e olho para lugares onde não posso te ver.