Mini Textos de Ana Maria Braga
Te exclui da minha vida. Alias, me exclui dos caminhos que me levavam a você. Vai ser difícil tirar você daqui de dentro. Se eu não te tiro, então eu saio. Dá vontade realmente de sair desse corpo e ir morar em outro, como se as emoções e os fatos que aconteceram com essa matéria, ficassem dentro dela e não me perseguissem quando eu fosse outro. Dá vontade de sair daqui. De ir pra bem longe. De nunca mais te ver. Mas dá vontade de te ouvir me chamando la fora numa noite qualquer e pedindo perdão pelas vezes que pensou mais em você do que em mim, que não me entendeu. Pedindo pra eu ficar. Não te abandonar. Dá vontade de ver meu celular vibrar e na tela uma mensagem sua, dizendo que eu fui a melhor coisa que te aconteceu. Eu te amo. Te desejo alegrias. Cartas anônimas de amor. Brisas aos fins de tarde. Amigos. Te desejo desejos! Eu te amo. Me fala se um dia tua saúde estiver fraca, eu mando minhas energias mais positivas pra te ver bem. Eu falo com Deus por você. Dou um ultimato no seu anjo-da-guarda. Eu realmente te amo. Vai se lembrar disso amanhã? Eu espero que sim. Vou lembrar-me de você a minha vida inteira.
Por caridade, não deixem a língua portuguesa do Brasil se estragar ainda mais. Estudem a boa e velha 'Gramática Metódica' do Napoleão Mendes de Almeida, leiam José Geraldo Vieira, Graciliano Ramos, Leo Vaz, Herberto Sales, Gustavo Corção e Marques Rebelo e defendam o que é patrimônio cultural seu.
Quem conhece o solo e o subsolo da vida, sabe muito bem que um trecho de muro, um banco, um tapete, um guarda-chuva, são ricos de ideias ou de sentimentos, quando nós também o somos, e que as reflexões de parceria entre os homens e as coisas compõem um dos mais interessantes fenômenos da terra.
“Na amizade a que me refiro, as almas entrosam-se e se confundem numa única alma, tão unidas uma à outra que não se distinguem, não se lhes percebendo sequer a linha de demarcação. Se insistirem para que eu diga por que o amava, sinto que não o saberia expressar senão respondendo: porque era ele, porque era eu.”
Pouca gente espera pela chuva como quem espera por um grande amor. Quase ninguém celebra um pôr do sol como quem é promovido no trabalho ou tem qualquer ganho material. Conheço poucas pessoas que se emocionam com o colorido de uma paisagem. Conheço pessoas muito sensíveis que têm muito mais vocação para a anestesia autodestrutiva que para a canalização desta sensibilidade para a criação do Belo. Pessoas procuram sossego e confundem a paz com o tédio. Alguns, quando estão melancólicos, se acham miseráveis em tudo. Nada basta. Há quem saia para contemplar o mar e não consiga ver uma gota de água a sua frente.É muito fácil se agarrar ao sofrimento e, num momento de alívio, dizer que aprendeu a dar valor às coisas pequenas, simples da vida. Leia-se: a ter para onde voltar, cama quente para dormir, um dia bonito para ver, olhos para enxergar, agasalho num dia frio, um abraço de um amigo, companhia para quando a solidão apavora, um céu estrelado, o cheiro de terra molhada que a chuva traz, as sementes que se fertilizam, as árvores que dão sombra quando o sol está inclemente. Meu Deus, estas podem ser coisas simples, mas não são as pequenas coisas da vida, são as grandiosas! As maiores. As que permanecem para lembrar o movimento de tudo, o ritmo da Vida. As "pequenas" coisas são as imensas, meus amores. As mais importantes. E as paisagens, chova ou faça sol, ainda são as que emolduram o encontro deste tal grande amor. E que enchem de adornos qualquer sorriso de alegria.
“Perdem muito, as pessoas, que não se debruçam sobre o universo do estudo as religiões; erram, quando não ACREDITAM que a ciência também é uma CRENÇA. Assim o fazem, muitos, que se inebriam com um determinado conhecimento; elogiam-no, reverenciam-no, vangloriam-no, e por serem doutrinas, métodos, tábuas, etc. pelas quais se entregam diariamente sem cautela, por hábito imposto ou por inclinação a imbecilidade, e também por serem um tanto vaidosos e egocêntricos, atrevem-se a intitularem-se portadores da razão, do conhecimento e da verdade. Tal atitude vem delinear no quadro do pensamento humano, um rabisco de mau gosto, um desenho um tanto obsoleto e pueril, uma caricatura irônica do ser que busca o alto das montanhas na profundidade das cavernas...; mais do que nunca, sempre domados pelos invisíveis açoites da idéias preconcebidas, lutamos na defesa daquilo que nos corrompe, para nos tornarmos corruptores de toda a humanidade. Não queria eu, usar-me de palavras tão instáveis, que apesar de serem fáceis de compreender a alguns poucos, são herméticas a maioria, principalmente aos que estão corrompidos; mas, que na verdade, o que aqui quero salientar, aliás, apelar e implorar, a quem esteja lendo estas páginas, é que, salvem-se da indiferença e do apego aos abstratos conceitos: eles têm o poder de vetar os nossos olhos; e já é tarde demais para não abrirmos os olhos agora”.
A vontade nacional é uma dessas expressões de que os intrigantes de todos os tempos e os déspotas de todas as épocas mais amplamente abusaram. Uns viram sua expressão nos sufrágios comprados de alguns agentes do poder; outros nos votos de uma minoria interessada ou temerosa; há mesmo quem a descobriu inteiramente formulada no silêncio dos povos e pensou assim que, do fato da obediência, nascesse para eles o direito de comando.
‘‘Zeus no Céu, Poseidon nos Oceanos e Hades no Mundo dos Mortos, tentaram conquistar esse mundo várias vezes durante os tempos mitológicos… Imagine se um deles, deuses tão poderosos, regesse o mundo?! Os seres humanos e a Terra seriam inevitavelmente destruídos por completo… E exatamente por este mundo estar um verdadeiro caos, ele precisa de um salvador para dominar e governá-lo e eu sou o mais qualificado para isto!’’
Quando, durante a oração, percebo a minha miséria diante de Deus, acontece uma coisa extraordinária: meu pensamento se torna mais claro, episódios mal compreendidos adquirem de repente todo o seu sentido, e áreas inteiras da minha inteligência que estavam adormecidas voltam a funcionar. Conclusão que me parece bastante razoável: o sentimento adequado da nossa miséria é o centro da nossa consciência, a chave do nosso senso das proporções, a única via eficiente para um ser humano se instalar na realidade da sua vida com uma perspectiva correta.
Deus sempre nos traz surpresas no imprevisto. São aquelas que nem imaginamos encontrar no meio do deserto. Lembra Daquele que fez brotar água da rocha? É o mesmo que transforma as impossibilidades da sua vida em escape. É o mesmo que faz do seu deserto, um jardim florido. Então, não desista. Deus continua sendo o mesmo, e Ele ainda surpreende.
“Conhecer a língua portuguesa não é privilégio de gramáticos, senão de todo brasileiro que preza sua nacionalidade. É erro de consequências imprevisíveis acreditar que só os escritores profissionais têm a obrigação de saber escrever. Saber escrever a própria língua faz parte dos deveres cívicos.”
O verdadeiro amor chega na nossa vida não no dia em que o outro diz que nos ama. O verdadeiro amor chega na nossa vida no dia em que o outro sem dizer uma palavra, nos olha nos olhos e nos convence que nos ama, sem precisar dizer, sem precisar usar o recurso da palavra. Nos olha nos olhos e nos deixa a vontade, porque as pessoas que verdadeiramente nos amam, nos deixam a vontade pra sermos aquilo que a somos.
Pessoas perfeitas não mentem, não bebem, não brigam, não erram e não existem. Nesse mundo só existem pessoas que fazem a diferença em meio às imperfeições. Enquanto alguns perdem tempo escolhendo pessoas perfeitas, eu escolho as que me fazem bem. Fala sério!! Querer um ser perfeito é o mesmo que desejar não existir!
Existem dias que o mundo parece se desmoronar sobre nós. Tudo parece estar contra a nossa felicidade. Tudo é um eterno abismo que parece não ter fim. Estes são os dias de crescer. Não em tamanho, mas em atitude diante da vida. Viver é festejar as vitórias, mas também é ter humildade para aceitar as derrotas sem se prostrar diante delas, acreditando que o amanhã será melhor. Eu tenho um sonho! Sonho que jamais vai se perder nas decepções ou nas derrotas. Sonho que sobrevive ao tempo e as circunstâncias, a temperatura e a pressão. Eu tenho um sonho! Visionário, talvez, mas é o meu sonho. Que norteia o caminho a seguir. Que mostra a luz no fim do túnel e que me faz acreditar que nada está concluído, que o fim ainda não chegou e que ainda há esperança em meio ao caos. Eu tenho um sonho! E acredito neste sonho, que um dia se tornará realidade e que mais uma vez irei festejar a vitória, lembrando das derrotas como degraus que me possibilitaram chegar no topo do sucesso, na realização de um grande e imortal sonho!
Meu maior orgulho e alegria nesta vida é ter conseguido criar uma família sólida, saudável, amorosa e imensamente divertida. Infelizmente, foi aos poucos que descobri o truque, de modo que só meus filhos mais jovens conseguiram se beneficiar do efeito. Os mais velhos que me perdoem, mas antigamente eu era muito burro nessas coisas.
Quando me vêm com lindos argumentos abstratos sobre a existência ou inexistência de Deus, respondo: Deus, quer exista ou não exista, é uma Pessoa, uma Individualidade concreta. Nenhum argumento abstrato do mundo pode provar que determinada individualidade existe ou não existe. Procure um método melhor para estudar essa questão.
Para os trabalhadores de muitos países permanecem válidas as observações feitas por Schulz há um século e meio: "Milhões de homens conseguem obter os meios de subsistência estritamente necessários somente por meio de um trabalho cansativo, fisicamente desgastante, moral e espiritualmente deturpante. Eles são obrigados até a considerar como uma sorte a desgraça de ter achado um tal trabalho."
Existe apenas um pecado, um só. E esse pecado é roubar. Qualquer outro é simplesmente a variação do roubo. Quando você mata um homem, está roubando uma vida, está roubando da esposa o direito de ter um marido, roubando dos filhos o direito de ter um pai. Quando você mente, está roubando de alguém o direito de saber a verdade. Quando você trapaceia, está roubando o direito à justiça. Entende? Não há ato mais infame que roubar.
Ah, meu caro Rubião, isto de política pode ser comparado à paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo; não falta nada, nem o discípulo que nega, nem o discípulo que vende. Coroa de espinhos, bofetadas, madeiro, e afinal morre-se na cruz das ideias, pregado pelos cravos da inveja, da calúnia e da ingratidão...
O diabo existe e tem suas filiais. A minha maior preocupação é quando identifico o que é diabólico em mim e é alimentado pela minha rotina – explicou. – Sobre exorcismo, eu digo não. Cada um que expulse o diabo que criou. O diabo é seu, somente você tem autoridade de tirá-lo da ação. Se eu fico pensando no diabo como uma instância, eu perco a responsabilidade de reconhecer em mim o que é diabólico. Eu tenho atitudes diabólicas, você tem também.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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