Minha Sede de Viver e uma Ameaca Atomica

Viver sem amigos não é viver.

São poucos os que vivem o presente; a maioria aguarda para viver mais tarde.

É muito fácil viver com pouco desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.

Primeiro viver, depois filosofar.

De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho.

Porque a vida passou antes que pudéssemos viver.

A liberdade custa muito caro e temos ou de nos resignarmos a viver sem ela ou de nos decidirmos a pagar o seu preço.

Envelhecer ainda é a única maneira que se descobriu de viver muito tempo.

A sorte do egoísta é viver sem preocupações; o seu castigo é morrer sem afetos.

Brisa

Vamos viver no Nordeste, Anarina.
Deixarei aqui meus amigos, meus livros, minhas riquezas, minha vergonha.
Deixaras aqui tua filha, tua avó, teu marido, teu amante.

Aqui faz muito calor.
No Nordeste faz calor também.
Mas lá tem brisa:
Vamos viver de brisa, Anarina.

Viver feliz não é mais do que viver com honestidade e retidão.

O jovem não precisa de razões para viver; precisa só de pretextos.

Terminar o momento, encontrar o final da jornada em cada passo do caminho, viver o maior número de boas horas. Isso é sabedoria.

Só as crianças e os velhos conhecem a volúpia de viver dia-a-dia, hora a hora, e suas esperas e desejos nunca se estendem além de cinco minutos...

Terrível é que não é possível viver com as mulheres, nem sem elas.

O amor pode viver de recordações; o ódio requer realidades presentes.

Viver sem amigos é morrer sem testemunhas.

É-nos possível viver sozinhos, desde que seja à espera de alguém.

O amor é um modo de viver e de sentir. É um ponto de vista um pouco mais elevado, um pouco mais largo; nele descobrimos o infinito e horizontes sem limites.

Um homem que não morreria por algo não é digno de viver.