Minha Sede de Viver e uma Ameaca Atomica
“” Quando eu te encontrar
Você vai ser a minha jóia rara
E eu vou te fazer bela princesa
Uma paixão de cama e mesa
No meu reino de amor
Eu não sou um simples sapo
Te amarei sem embaraço
E sem nenhum pudor
Lá na nossa cama
Onde o fogo nos inflama
Coisa linda de viver
Já têm até gente querendo
Aos pouquinhos se metendo
Pra saber como é que foi
Vão ter que esperar
Pois amar mais que o amor
Não é fácil entender
Vai além de amar na cama
É o coração que chama
Não dá mais pra esconder...””
A ANDORINHA
Poisou uma andorinha
Tão mansinha
No parapeito,
Mesmo a jeito,
Da minha janela.
Era um sinal de vida
E eu pela minha sofrida,
Meti conversa com ela
Por gestos de simpatia
Em plena sinfonia,
Pintando com alegria,
A mesma paisagem da tela.
A amizade pura,
Cura
E supera
A mais dolorosa ferida,
Quando ela me disse ao
ouvido
Num silêncio estabelecido,
Sempre que haja primavera:
É sinal que renasce a vida!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 21-03-2023)
A pátria minha, é aquela que eu invento nos meus sonhos.
Daí me chamarem sonhador louco de uma pátria irreal.
Olhei para o céu e vi uma estrelinha. Percebi que aquela estrelinha era ela: a minha amada, a minha garota, a minha Medson.
[Para a vida inteira.]
Minha mãe fez os filhos
como se escrevesse poesias.
Papai tinha um poema dentro dele.
Eu não sou fruto de papai e de mamãe
por obrigação, e, sim, por coincidência.
Sou amigo de papai que, hoje
Deve estar bêbado
Em algum lugar no céu
Com Vinícius de Moraes
E outros que desconheço.
E sou perdidamente
namorado de minha mãe.
Assim como sou de minhas filhas...
Perdi-me e continuo a perder-me.
Perco-me vezes infinitas e incalculáveis ao longo desta minha existência pouco calma.
Perco-me…como mulher, como pessoa, como menina que ainda me sinto…enfim…como ser humano.
Dispo-me de tudo e é este o meu retiro. Vou e venho à descoberta de mim. Tento reorganizar-me enquanto escrevo e reestruturo mais um pouco as minhas ideias. Reconstituo certas histórias e tiro cada vez mais lições de todas elas.
Reordeno as minhas emoções talvez na tentativa de ter mão nelas.
Sinto que continuarei a perder-me. Como pessoa, como mulher, como ser humano…porque acho que o encontro é algo contínuo, e esse exercício de nos perdermos para nos encontrarmos vai acontecendo várias vezes ao longo da vida.
"Escute, escute, sabe o que eu ouço? Ouço minha razão conversando com meu delírio e eles estão num bar em algum neurônio por aqui."
Quero morar aí...,
Dentro da sua..., você sabe!
Já me conhece.
Quero ficar aí.
Minha sobrevivência, meu alimento.
Você me dá.
Você sabe...
Já é um vício.
Quero viver aí...,
Metida aí..., você sabe,
Já me permitiu.
E quando eu partir amor,
Nunca me tire daí..., você sabe.
Sou parte de ti
Se arrancares
Perderás também a si.
Márcia Morelli (poeta, escritora riopretense, cantora, percussionista...uma mulher interessante!).
26/05/2008.
Onde minha vida começa
Senão dentro da tua boca?
Onde eu perdi a saída
Senão na luz da retina do teu olhar?
Espaço sutil esse onde meus sonhos
Se fundem aos teus
Que ponte nós percorremos
Correndo todos os riscos
Para chegarmos assim,
Uma dentro da outra?
Sua vida... Começa onde senão
Dentro da minha boca?
Aprendi com minha avó a orar ainda muito pequena
E com ela outras tantas coisas que compõe o meu lado bom
Vim tocando a vida...
A vida enfim me tocou
Deixando na soleira de casa muitas outras vidas,
São amigos..., os amores..., as crianças..., meus irmãos...!
Histórias agregadas as minhas...
Tenho suas digitais em minha pele
Só me reconheço quando assisto meu reflexo
Nas retinas dos olhos dessa bela! Eu... Fera!
Márcia Morelli
06/10/2008
Sei do meu fardo, minhas feras, meus pecados, meus pontos fracos.
Minha humanidade se delata réu confesso, improviso uma desculpa,
Mas, não convenço. Eu não escapo.
Basta um olhar...
Um riso assim de canto de lábios,
Ah! Sua boca...
Um conflito de emoções
Eva do meu Paraíso
Nesse momento de tentação explícita,
Luto e me detenho... Um sobrevivente no Saara.
Minha alma em chamas!
Então, olho novamente para a boca que me chama
Amor: vamos para cama?
E adivinha...
Amanhã serão umas cem Aves Marias
Márcia Morelli
06/10/2009
O teu olhar ultrapassou a minha epiderme e despiu a minha alma, só espero que não se assuste enquanto estiver observando, ela às vezes costuma chorar.
Sou de ideias fixas, às tem que ser tudo à minha maneira, nem sempre sei fechar a boca a tempo, e tenho sempre a resposta pronta e dianteira na ponta da língua.
