Minha Filha minha Vida

A vida alheia nos parece sempre mais fácil porque não é vivida por nós.

O coração põe vida em tudo aquilo que ama.

Não vieste à terra para perguntar
Se Deus, vida ou morte existem ou não.

Pega a ferramenta para trabalhar
Pondo na tarefa cada pulsação.

Ferramenta tens, não procures em vão –
Saúde, fé em ti, arte eficiente,
Capacidade, poder de expressão,
Coração sensível e força da mente.

O sucesso acompanha quem assume a responsabilidade por si próprio, quem faz a própria vida - quem não espera, mas faz acontecer.

Minha vida é um livro aberto. Ligeiramente pornográfico, talvez, mas aberto.

Nem posso dizer que tentei evitar, pois já descobri que se você evitar a vida, ela acontece do mesmo jeito.

Cada um ali vive intensamente sua vida, lhe dá um peso que equivale à imagem que fazem de si e as suas expectativas sobre os outros. Cada um ali se defronta com a leveza quando se despem disso, e suas vidas se tornam então insuportáveis.

Muito cedo foi tarde demais em minha vida.

Não te retires ofendida.
Pensa que nesse grito vem
O mal de toda minha vida:
Ternura inquieta e malferida
Que, antes, não dei nunca a ninguém.

E foi melhor nunca ter dado:
Em te pungindo algum espinho
Cinge-a ao teu seio angustiado.
E sentirás o meu carinho

Sem filosofar a vida, viverão na superfície.
Não perceberão que a existência é como
os raios solares que despontam solenemente
na mais bela aurora e se despedem
fatalmente no acaso.

do livro "O Vendedor de Sonhos"

As pessoas vão embora da minha vida, mas na maioria das vezes elas permanecem no meu coração.

A tristeza é uma telha quebrada na casa da nossa vida, mas a esperança é um cobertor que nos protege.

ASAS E AZARES

Voar com asa ferida?
Abram alas quando eu falo.
Que mais foi que fiz na vida?
Fiz, pequeno, quando o tempo
estava todo do meu lado
e o que se chama passado,
passatempo, pesadelo,
só me existia nos livros.
Fiz, depois, dono de mim,
quando tive que escolher
entre um abismo, o começo,
e essa história sem fim.
Asa ferida, asa ferida,
meu espaço, meu herói.
A asa arde. Voar, isso não dói.

Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.

És a filha dileta da noss´alma
Da noss´alma de sonho e de tristeza
Andas de roxo sempre, sempre calma
Doce filha da gente portuguesa!

Em toda a terra do meu Portugal
Te sinto e vejo, toda suavidade
Como nas folhas tristes dum missal
Se sente Deus! E tu és Deus, saudade!…

Andas nos olhos negros, magoados
Das frescas raparigas, Namorados
Conhecem-te também, meu doce ralo!

Também te trago n´alma dentro em mim,
E trazendo-te sempre, sempre assim,
É bem a pátria qu´rida que eu embalo!

Achei graça na história do seu contínuo dar meu nome à filha... Que tola “heroína” eu sou! Enfim, o que vale é que é um nome normal.

Ela nascera com maus antecedentes e agora parecia uma filha de um não-sei-o-quê com ar de se desculpar por ocupar espaço.

Limpei mais, adorei, conversei, bravo, é isso aí, minha filha, não se entrega não.

Chega de se boicotar minha filha, está na hora de você ser muito feliz!

Tudo acaba, tudo passa.
Essa dor vai passar, mas enquanto não passa, vai doendo...