Mfpoton
Não sei se sou teu desejo
Mas sei que és meu sorriso
Identifico-o pelo que sei
Nas emoções que carrego comigo
Apenas em reconhecimento
Sei que és o amor que sinto
E que o reconheço em você
Pois és o que acredito
Não sei se te preencho
Como as águas num oceano
Mas a mim
Sinto a atmosfera que respiro
Do ar que preciso
Do vento que me sopra
Sem nenhuma ansiedade
As caricias do tempo
Se te encontro ou não
Não sei
Só sei que sei quem és
Pela simples razão
Da alegria que sinto
E por saber
Que você sabe exatamente
O que eu sinto
Sua íris azul olhando para
Minha transparência
E eu te vendo no
Velho blue jeans
Sobre dunas d’água
Em mãos a velha guitarra
Dum tamanho sonho
E sentimento pelo mundo
Seus dedos correndo as cordas
Que tocavam minha alma
Nos relampejos da adolescência
Agora o Baume & Marcier
Marcou esse tempo
As flores num canto
As cordas quebradas
As lágrimas rolando
Como pedras lançadas
Não há volta no tempo
Só nas lembranças guardadas
Grampeada pelo endurecimento
A vida se mostrou outra
E nos amadurecemos...
Mas aquele olhar continua eterno
Quando olhamos para nos mesmos.
Minha deusa Gaia
Olhai pelo meu pequeno
Ganhou o mundo
E partiu ao seu destino
Não me cabia mais nos braços
Não o tenho mais em minha companhia
Mas em tua
Que sei que o guiara
Pelos caminhos índigo
Deste planeta
Desta alma marinho como o céu
Num entardecer
Nutra meu menino
Com o mesmo carinho que nutri
Pois agora já não me pertence mais os cuidados
Virou gigante
Dono de si
E os seus caminhos
Entrego a ti
Mãe terra
O tempo é uma ilusão
Na contagem das voltas da terra...
Como podemos classificar isto como tempo
Pela seqüência dos dias e fatos...
Pelo endurecimento dos sentimentos...
O tal do amadurecimento
O enruguecimento da pele
O esquecimento ou a aceitação
Ao que nos sentimos incapazes
Quando descobrimos que somos humanos e não deuses
Aí que o tempo castiga mais...
Quando descobrimos ele.
Se o acaso não nos arrasta
O que nos leva em arrastão
Se não o acaso, então...
Nos pega desprevenidos
Como paixão...
Mesmo sem querermos
E quando nos carrega contra a vontade
Os sonhos...
E ainda ter que encontrar força
Para seguir no fluxo
Porque se retiver, represa.
Estagna, pára.
Se em fluxo...
Num percurso correnteza
Senão do acaso
Então...
Nada importa, nada
O que importa,
São conquistas...
Realizações
Como num leilão
Quem da mais...
Quem da mais...
Quem paga mais...
Quem tem mais...
Seu Rolex...
Sua guitarra...
Seu leilão vira feira
Seus solos viram marchas
Dois pra lá... Dois pra cá
Pois acaba virando tudo... A mesma coisa...
Eu não sou...
Me falta algo
Que não sei bem o quê
Mas sei que falta...
As tardes ficam vazias
Os domingos sem entardecer...
Não da pra preencher
Com amenidades
Ou com um idiota qualquer
Preciso do solo da sua guitarra
A me preencher a alma
Com uma linguagem
Como se fosse a mim mesma
Espantar uma solidão
Que não se engana
facilmente...
Não da pra ficar sem uma canção de amor...
A minha verdade esta em meu eu...
E mesmo se não encontrando iguais,
sigo comigo mesmo.
Há momentos só com meu eu,
e há momentos só...
Num mundo tão grande
E tão cheio de gente...
Mas tenho meus comparsas e cúmplices.
De uma teoria inusitada.
O de ser ninguém...
Apenas uma fagulha encadeada pela procura do amor.
Escaneando corações por pura identificação de alma,
que não estejam sabotadas.
Simplesmente por reconhecimento...
Um caminho parece sem saída
Num olhar restrito e com fim...
Quem sabe! Talvez uma curva...
Entremeada entre cordilheiras espetadas
Se abrindo em uma paisagem...
De um céu sem fim...
De um azul dourado sobre águas...
A te conter um murmúrio...
Olhos marejados,
e um suspiro...
Deixe uma árvore se expandir na sua plenitude
para expressar toda sua dádiva de vida,
e assim essa energia ser expandida e disseminada.
Do contrário a energia fica retida não sendo liberada.
Assim como nós...
Se um árido deserto.
Tem uma esterilidade que assusta
e ao mesmo tempo uma beleza que extasia.
Retendo encantamentos como num paraíso,
a nos fazer pensar no fascínio da natureza
e em como ela pode ser pródiga
A natureza sempre se transforma... e nos transforma
Basta olhar-mos para termos a certeza
Da força da sua presença e em como ela atua
O segredo esta no resgate da essência da natureza
Pra aquilo que fomos criados e não ao que inventamos
Vi minha sombra no espelho
E pensei não ser eu
Parece que fugi de mim
E não sei pra onde fui
Fiquei a pensar, por que
Daquela imagem fria
Foi que então percebi
Que meu coração não estava ali
Tentei, busquei
Saber em que canto se enfiou
E descobri num pássaro que cantava em flor
Um canto de lamento e dor
Uma lagrima em meu rosto brotou
E como pedra rolou
Na flor que desabrocha em cor
A frieza de um amor
Meu coração se despedaçou
Em pedacinhos rolou
Numa praia se formou
Para eu construir castelinhos...
Se estou aflita você me acalma
Se estou perdida você me aponta um caminho
Se estou ansiosa você me faz acreditar
Se estou iludida você me mostra uma realidade linda
Se estou chorando você me faz rir
Se estou vaidosa você me mostra que a simplicidade e mais fácil
Se estou triste você me acalenta
Se te desejo você me realiza
Tudo isso eu consigo só de olhar pra ti
Só porque estou te amando...
O coração esvaziou
Acabou-se o tormento
A boca selada sem lamentos
Não mais se empadece
Na ânsia do momento
De olhos vazios
Com serenidade triste
Num pacato arrependimento
Dos pensamentos ardentes
Que sumiam com o chão
Te confundiam a alma
Que subiam a mente
Numa estranha confusão
Agora sozinho sem sofrimento
Numa enorme imensidão
Qual a real do irreal
Como saber ate aonde não sou louca
Não quero ser micha,
nem tampouco perfeita
Se o que sinto é verdade
Como saber sem ver o brilho dos teus olhos
Nem sei se falo de mim
Espelhando-me em ti
Ou delírio de volúpia na minha loucura.
Ou tenho medo de tocar
E a realidade se apresentar outra
Meu sonho se desmanchar
O encanto se quebrar
E eu me descobrir outra
Não... Não consigo parar de te olhar
Me perguntar tantos será!...
Se não posso acabar
Pois acabaria comigo
Ficaria como zumbi
A entender menos que antes
O que faço para aquietar minha mente
Aquietando a sua...
Acreditando que difícil e fácil não existe
O que sinto sim
Só não sei se real a realidade
O que faço...
Bater em sua porta no meio da noite
Sem que você saiba quem sou...
Louca de amor
Posso rir, se nada existir
Ou não suportaria este riso
Ao invés de suspiros...
Das minhas impressões
reflexões
resultam as expressões
resultado do exterior
assimilado pelo meu verdadeiro sou
somatizado com sabores e dores
digo quem sou
a quem queira saber
não sou ninguém
nem mais nem menos
diferente
vim ao mundo curtir
cheguei aqui encontrei muita burocracia
vou levando
sem muitas pretensões
a não ser te conhecer...
Vou achar um caminho inverso,vou...
Incerto do destino
Deste nem quero saber
Apenas saltar à certeza do destino
Vagante colhedor de estrelas
Amante da natureza
Generoso despertar
Alçar meus anseios
Buscar quem me procura
Unicamente por me entender assim
Nada querendo mudar
Descobrindo-me
Ao invés de quem me anula
Vamos botar esse bloco
na rua e esticar esse cordão...
Acreditar que podemos amar
e puxar uma corrente de emoção...
Eu quero é cair na folia,
porque sou um folião...
Quero é aproveitar, porque
a vida não pode ser séria , não...
Não sou padre nem sou freira
e retiro é coisa pra budista...
O meu zen é na avenida, só acaba quarta feira
e eu quero é brincadeira...
Sair pelas ruas puxando samba
que me leve a um lugar de verdade...
Que é dentro do seu coração...
O vento sussurrando sua voz
no meu ouvido,
sinta... sinta...
O movimento da grama às carícias do vento,
como uma grande mão a acariciar o gramado...
Num fervilhante louvor a vida,
como num frenético festival de música...
Sementes lançadas
ao apetite dos pássaros...
e o inconfundível cheiro de mato...
O violeta em ressalte,
transcendendo os sentidos...
A sua presença ali num mesmo plano
em tempo e espaço...
ao alcance dos nossos braços...
Como se ainda lhe restasse algo
no fundo da memória,
que lhe acendesse alguma chama
de ilusão...
Amargura que destroça,
causando ressentimentos
Como destroços a ermo
num vazio de imensidão
Em profano oceano
profundo sufocamento...
Como sentir algo tão avassalador...
Se abandonando em sentimentos,
que não consegue compreender
Que se transformaram em frustrações...
Se a maturidade é lapidada pelos erros...
Então, se lapidada pelos acertos,
seria como um diamante bruto...
ou sem valor...
A mulher da prateleira,
como mostruário... tão comum, em espécime...
Como aquários de gatos em pet shop,
tão farto no mercado...
Tentando um valor alto, como a um leilão...
O preço do prego que consegue,
é cair da prateleira...
Como latas em tiro ao alvo, em parque de diversão...
E o brinde é uma garrafa de vinho...
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