Mfpoton
Um contemplar dissimulado à
fogosa rosa rubi que incendeia
corações e deixa rubro de
paixão o tímido desconcertado
violino, a tocar partituras a mística violeta
ametista em floração de seus pequenos rizomas
roxos que encanta o rouxinol...
com um olhar enigmático ao brilhante
diamante de um escultural envidraçado
santuário para admirar em topázios...
em turmalinas...
a magnífica orquídia
que contempla dissimuladamente a rosa...
Em num canteiro a margarida
apaixonada pelo gira-sol...
que girando sempre em busca do sol
mas a noite, cabisbaixo...
ele olha a margarida que se sente como um sol...
e se despetala em amor-perfeito
bem-me-quer...
mal-me-quer...
bem-me-quer... até o sol despontar
Devaneios ao vento...
em ponteiro de setas que
me impedem de seguir,
então fico aqui...
Quando etésios me
anunciam o calor do verão
em alísios me alisando
as velas da imaginação
fugindo dos amores
em tormentas que
tornan-se nuvens negras
ciclone das paixões violentas
que nos rodopiam até cessar...
quando parece que nem existiu
se não pelo estrago e
virão brisas das ilusões.
Sigo de vento em popa
com minhas fantasias de
furacão deste meu amor
impetuoso por ti
que me vê como um
fenômeno típico do tempo.
O que faço...
para soprar pra ti
esta minha manifestação abstrata
e perceberes que estou aqui...
Meu sol, meu mar, meu ar...
fincando bandeira de posse em meu chão
em meu caminhar...
que a mim não me desferez nada além de vocês
partirei em domínio deste território
apossar-me, onde todos pensam ser posseiros
ignorando-me...
Onde deixei a ermo
na minha tradução de vida
se pudessem, levariam-me até meu pensar...
em detrimento de mentalidades que sempre ignorei.
Encontrar forças e retornar ao que a mim pertence
antes que por numa espécie de troféu do domínio
me levem além dos anos, também a alma...
Preciso tanto renascer, ressurgir como a uma fênix das cinzas de mim mesma...
Sozinho encontrar um caminho
onde me arranque das garras do condicionamento
onde me parece tudo perdido e triste...
só falta você além de mim mesma...
Quem é essa figura...
Negro terno
Longa barba
Chapéu ou cartola...
Será que há
Coelho
Ou pombinhos lá...
Num ritual preciso
Com estirpe de mágico
Mas sem sorrisos...
Oh! Mundo...
De gomos e guetos
Como tangerina
A cuspir-mos caroços
Me faz pensar
Como se fossemos
Grandes mestres
A pincelar
Obras que julgamos
Primas
Mas que na verdade
Somos todos meras
caricaturas...
Rasgo folha
amasso papel
e esse barulho de buzina
céu em cedilhas
desconvidando o sol
neste ostracismo lânguido
dessa realidade invadindo
como água
úmida
a me gelar o espírito
a me tirar do sossego
dos meus sonhos
em aterrissagem
de albatroz...
não há humor
que agüente a ausência
forçada dos sonhos que
nos gritam inconveniente atenção
de dias frios de calor
cadê você...
não aparece, sumiu
ou nunca existiu...
Quando te vejo
sinto uma euforia
tomar meu ser
Este magnetismo
inexplicável que me
atordoa, como uma atração
que me confunde...
sensorial ou fantasia
é que não me falta
fantasias...
Alço vôo
com tanta facilidade
que horas penso
que meu mundo
não é daqui
Só mesmo, olhar para ti
para me aterrissar
ou ainda mais
me confundir...
Enquanto nesta incerteza de
um sonho duvidoso
Tentando
entender...
Ainda que neste
momento quando busco
o seu ser...
"amor com choro é posse
sem choro é compaixão
sem amor, então nem se fala
é duro a solidão...
vamos vivendo e levando
esses corações impetuosos
que nos tiram a razão..."
"Sem fantasia o que seria da realidade,
não faria sentido existir,
nem sei se existiriamos ou se suportariamos a existência. É um toque mágico em nossa imaginação que nos conduz a criar,
na tentaviva de nos igualarmos a magia da existência,
uma aspiração em retribuição à vida....
à realidade.
A realidade inspirada pelas emoções e o equilíbrio da inteligência,
nos proporciona o respaldo para criar fantasias."
"Suas palavras...
me penetraram tanto
que me tiraram o fôlego...
como uma oração
um suplicio
de paixão...
pura emoção...
linguagem poética
que fala a alma
com endereço certo
coração..."
Percebi seu sembrante...
venha
encostes teu rosto
quero acaricia-lo
e olhar para teus olhos
senti tantas saudades...
Num musical
nem ouvia a melodia
apenas a luz azul
que entranhava
entre as palmeiras
a me lembrar de ti...
Que bom saber
que você esta aí...
amor esotérico
que me encandeia...
apenas sentido...
apenas emoção...
sem explicação..."
De repente me pego
repentista de seus versos...
sei que estas em meus
delírios...
sinto a textura de seu rosto
sua barba de fazer,
em meus sonhos...
E no alvorecer
sei que em algum
lugar estas...
e sei que estou...
em seu pensamento
nessa refutação desvairada
de mensagens deliciosas;
como ondas que
vem e vão...
dessa nossa imaginação...
meu rebatedor de emoções...
nem sei se me inspira versos ou
ainda mais amor...
As vezes fico como a lua...
que não vira a face...
pois é sempre a mesma...
mas muda de fases...
e as vezes fico oculta...
meu amor...
Aquela casa é minha
É minha aquela casa
Ela tem olhos, nariz e boca
E me diz
Você é dona
dos escombros
janelas despencadas
muito entulho pelo chão
Esta casa é minha
Porque me diz
Que é como eu
Abandonada
Todos enchem os olhos
E querem a casa
Mas a casa diz
Sou tua
Você é como eu
Se outro aqui entrar
Eu expulso
Só se for você
Só se for como eu
Sem teto,
abandonada
Mas que tem alma...
Luar a trilhar à estrela de destino
No poente farol em rodopios
Como minha alma emotiva
Ponto de referência de descanso
De abrigo
Refúgio para navegantes
Fundear as amarras
Em terra...
Por tempo necessário
Logo parto em busca
Entre luz e escuridão
Na orientação de um novo destino
Lá se vai minha nau,
Seguindo...
Estrelas, lua e farol
Luz que me acende a emoção
Em estímulo na tamanha
Imensidão da vida...
em noites de ébano
Conduzindo-me na
certeza de um porto seguro...
Olho favela
na penumbra escuridão
da noite
com luzes confundindo
uma constelação
submerso mundo
submundo dos aflitos
com lágrimas e sorrisos
em levar mais um amanhã
da superação humana
A noite caindo
e se derramando
sobre a montanha
em continuação a
linha do horizonte
é inconcebível querer
entender...
Até me faz criar raízes
nesta pedra
onde arpoo
meus pensamentos
em detrimento
a este mar
de sentimentos...
As ondas borbulhantes
vem em espuma branca
engolfar as pedras
e me faz pensar que somos
como aqueles mariscos
entre as ondas e os rochedos
entre a realidade e a vida...
A dama da gafieira
com pinta de rampeira,
cheia de patchouli;
saltos desgrenhados
tortos e engraçados,
vestido rosa choque
não pink, bem abrasileirado
em tecido acetinado,
farto decote em seios
também fartos e generosos,
de causar comoção
em imaginar-mos
a máquina e a
costureira...
Uma maquiagem com
resquícios infantis
de cores desorientadas,
ou quem sabe com
algumas cervejas e luz fraca...
Com seu par engravatado
embuídos da responsabilidade
do espetáculo...
a valsar com tamanha honradez
como se fosse a
primeira ou a última vez...
Caracteres da noite que
emitem escamoteadas
intenções artística
de um povo...
de um tempo...
da Lapa...
Letal como navalha
Em corte profundo
Sangrando a inocência
Extirpando em corte cirúrgico a infância
Herança de pais e país
Se nem pais tem
País em pedaços de chão
Com territórios demarcados por canalhas
Políticos bradando salvações em saudações
Da arrogância contrariada disfaçada
De benevolência .
Tem como destino a fatalidade das ruas
Da verdade da miséria
Das quais quem sobrevive formará uma nova raça
Com alma de metal
Coração destroçado
Tendo marcas saltadas
Navalha letal das esquinas, das ruas
Da fatalidade da miséria
O destino das ruas é a fatalidade.
A vida não é sarcástica, mas sim o que fazem dela...
Parecia tão consistente
Quanto uma montanha
Mas não passou de uma
Miragem...
Que me seduzia
Me vertia em sensualidades
Agora se dasata numa sangria
Como delírio no deserto
No fimamento de um
Oásis que se desanuvia
No desejo de uma fonte
Com água cristalina
É como sentir saudade
Daquilo que não houve
Preciso parar de
Acreditar em sonhos
E buscar só a realidade
A vida...
Vou encarar tudo apenas
Como uma perturbação emocional
Que eclodiu em sentimentos
Em arrebatamento... em amor...
Vou cerrar meu sorriso... minha alegria...
Pois tudo não passou de
Uma alucinação deliciosa
Uma cavalgada galopante
De sentidos...
Num corcel negro com franjas
Ao vento... ao luar
Deste meu entorpecimento
Enlevamento...
Que existiu apenas na minha imaginação...
De um desejo...
Por isso fiz pra ti esta poesia...
Mantenha-se presente
lembrando-me que
existo ...
Para que eu não
me perca em
mim mesma
Nas minhas
confusões e
conflitos
Quando te sinto,
sinto a mim
mesma, como
uma transfusão
de espíritos...
Porque só você
comprende este
sentir, me fazendo
compreender que eu
existo...
Não sei se isto é o
amor ou um
significado que
preciso...
Mas necessito que você
perceba o quanto
é importante pro
meu espírito...
Sua presença é
tão forte, que me
decifra os enigmas...
Ah! Como compreender este
tipo de emoção, que
sempre busquei, nunca
compreendendo bem
Mas agora ao menos,
Sinto...
Palavras pingadas em gotas
como torneira quebrada
pingando... pingando...
na minha impaciência
uma a uma...
minutos... segundos...
pingando... ping... ping...
E eu ainda a olhar as bolhas
a se formarem...
buscando alguma beleza...
buscando algum sentido...
alguma razão de ser...
pingando no meu juízo...
Palavras tão contidas e contadas
como um conta-gotas
tão medidas...
para não se expor
E eu com minhas emoções já tão
exasperadas e não mais a suportar
mais anos...
Tudo que escrevo de triste e incerto é para a vida; e de belo é para você... se é que eu ainda consiga.
Eu só te perdôo e te libero,
se souber que todas...
mas todas elas...
te querem...
Pois seria covardia...
teres que aturar mais uma louca...
Mas se souber que somente eu...
só eu te quero...
Aí então meu querido...
você não me escapa...
você é meu...
Fragatas ao vento...
e eu deitada aqui
na areia a olhar o céu...
nuvens cinzas
encobrindo o azul
Fragatas planando
voltando do mar,
escapando do prenúncio
de chuva,
sem bater de asas
planando...
as vezes em rodopiados
caracóis...
se certificando das correntezas,
constatando seu conhecimento
do ar, em mergulhos...
algumas a furtar peixes,
nas demarcações da rede de pesca
e outras a fisgar em ocasionais
mergulhos no mar...
Cada qual com sua característica,
de instinto... ou inteligência...
Embora as da rede pareçam espertas...
As selvagens em decorrência
natural dos instintos,
maiores e mais belas...
Preciso tanto mudar...
Quem sabe... uma plástica no nariz
Uma lipo na barriga
Luzes nos cabelos
Com reflexos dourados
A combinar com meus olhos verdes
Porque para mudarmos a vida
Precisamos mudar a nos mesmos
Foi o que ouvi...
E como sou mulher
Não vejo nada a mudar a não ser em mim mesma...
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