Meu eu
Filho meu, não pare de adorar
Filho meu, Eu vou te enviar
As nações vão ouvir Minha voz
Através do fluir do Meu louvor em ti
Embarquei na mais sublime das jornadas, em direção ao meu eu interior.
Fiz das estrelas guias para minhas noites mais escuras, descobri nelas a luz de minha alma.
Na solidão, encontrei a mais rica das companhias: a minha.
Em cada passo, cultivei um jardim de possibilidades infinitas, onde cada sonho é uma semente pronta para florescer.
Nesta viagem, aprendi que o infinito reside dentro de mim, e que cada momento vivido é um eterno tornar-se, uma constante metamorfose rumo ao inexplorado âmago de minha existência.
Então, no espelho do tempo, vi não apenas um reflexo, mas um eu interminável e resiliente, um ser cuja luz própria ilumina os caminhos ainda não trilhados.
Até que o meu eu, se revele em plenitude, continuarei esculpindo-me com a delicadeza e paciência, abraçando a arte de me reinventar, permitindo que cada experiência, cada desafio, seja como o vento e a água, modelando-me não apenas por fora, mas refinando a essência mais profunda do meu ser, até que, eu me encontre inteira, refletida na vastidão do universo.
Em muitos momentos tento enganar o que em mim e fora do meu eu é triste.Mas em tempos ele fica mais inteligente onde é preciso tirar a roupa, apagar o que reflete em seus olhos e passar a sentir e entender o que não se pode ver...
Tudo aquilo que eu julgava ser o meu novo eu, não era o meu eu de verdade. A minha essência ficou perdida, mas estou trabalhando para resgatá-la.
Camuflagem
Não é ser misteriosa.
Nem ser mentirosa.
É apenas uma camuflagem, do meu EU.
Proteção contra enganos e arranho.
A vida fez eu ser dura com os meus sentimentos guardados.
Medo de amar talvez, de ser eu mesma!
Afasta-me das pessoas, é um jeito frágil de dizer pare.
Não é falta de amor, eu amo-me e sinto-me bem comigo mesma.
Só falta de coragem, de machucar-me de novo.
Amor machuca às vezes sabiam.
Esse é meu grande medo.
Shirlei Miriam de Souza
Se eu tivesse você aqui, eu seria um completo com você que de mim é a parte principal do meu eu,é o que completa no meu uno em ti amar pra que me reconheça em você ,assim eu vivo por você...
As perguntas me instigam muito mais!
Já as respostas, além de dubias calam ou apaziguam o meu eu investigador por iludir-me.
Espelho Meu
Eu sou os amores vividos e os que deixei de viver,
Sou o nervosismo do vestibular, do primeiro beijo, da prova no Detran e da monografia apresentada.
Sou a vida que passou por um triz na sala de cirurgia e do revólver no rosto, mas sou mais ainda a alegria de continuar vivendo.
Sou os momentos de paciência e os momentos em que a mesma se ausentou de mim.
Sou a saudade do cheiro de capim do curral do meu avô paterno e da maresia em alto mar nos dias de pescas com meu outro avô.
Sou as lembranças do banho de chuva, das queimadas e pique-esconde com meus irmãos.
Sou o sabor do bolo de leite condensado da minha avó, das moquecas da minha mãe e dos churrascos do meu pai.
Sou mãe que chora e ri, que brinca e que briga, mas que ama sem medida.
Sou uma menina de pulso firme com coração bem o oposto.
Sou a teimosa que revê seus conceitos e preceitos.
Sou a mulher de pés no chão, e ao mesmo tempo a menina de saltos altos.
Sou os amigos que mantenho e os que perdi contato,
Sou os inimigos que nunca tive.
Sou a mistura de mim e de você que se permitiu ficar,
E sou principalmente a felicidade que está nas coisas que não são coisas.
Liziane Botti Ferri
Ser famíliar com sangue diferente do meu, eu não escolho, o universo compõe tal nota na canção convicta!
Meu cérebro
Tem áreas
Obscuras
Que nem o meu Eu
Tem vontade de visitar
Abrir a chave
Significa
Mostrar meu lado
Lunático sonhador
Meu lado vivo
Por isso não abro
Fica isolado
Adormecido
Ideias nem nascem
O lado criativo
Tem medo
Se congelou
Não tenho vontade
Vivo como ditam
Cores de roupa
Comidas
As regras
Minhas vontades
Não ouso pensar
Para não sofrer
Até ler parei
Não me permito
Não quero ver outros mundos
Outros modos de vida
Sofro menos assim
Estagnado
Parado
Cheio de teias de aranhas
Até que me vendem os olhos
Tapem minha boca
Me sufoquem
Me paralisem
Enfim a morte
Doce e libertadora
Estar numa posição vulnerável
Fez o meu eu não me pertencer
Por tempos andei no escuro
Mas isso fez com que o sol
Não me deixasse estar
À sombra de ninguém
