Meu Amor Viajou
Dama da Noite
Dama da noite
Que incendeia o meu coração
Dança comigo essa dança,
Até o ponto que alcança o ápice da sedução.
Dama da noite,
Permita-me te satisfazer
Se joga em meus braços nesse luar,
Faz amor, deixa rolar
E o resto pode deixar o tempo dizer.
Faz como outrora,
Onde o sempre nunca acaba,
Onde o depois vira agora
Onde o tempo nunca passa,
Onde a luz da lua não vai embora.
Dama da noite,
Vem buscar a tua paz
Deitada nesse colchão, te levo ao céu,
Te deixo no chão,
Ah, o nosso amor é quente demais, é algo sagaz, uma louca sensação!
Não morra por orgulho, meu filho. Sofremos demais neste truque. A terra, a água... elas não têm orgulho. Elas suportam, e nós devemos suportar.
(Chuva Caindo)
Talvez meu lugar não seja entre homens,
talvez meu nome não deva existir.
Se o céu é silêncio e o chão é tristeza,
para onde devo enfim partir?
O Palhaço.
Era dia de festa, o sol a brilhar,
Eu e meu pai prontos para animar,
De palhaço me vesti, todo empolgado,
Macacão branco, bolhas roxas, engraçado.
O calor subia, o suor escorria,
Eu passava, a criançada aplaudia.
Mas aos poucos, algo estranho eu senti,
Minha vista ficou preta, e eu só caí.
No meio da festa, lá no chão parei,
O palhaço que ia, agora apagado fiquei.
Gente correndo, tentando me ajudar,
O palhaço que ia festejar, teve que descansar.
Título: Bela.
Bela de final da tarde,
Ilusão que invade.
Foi à primeira vista,
Roubou meu coração.
Deveria ser crime:
Beleza sem filtro,
Palavras com brilho,
Pretensão sem pretensão.
Cabelos curtos, iguais aos meus,
Destaque, sem vontade.
Parece até filha de Zeus.
Brincou, me descartou...
No fim, tudo acabou.
Adeus.
Título: Primeiro Trabalho.
Nada de incrível vou contar,
Mas meu antigo serviço vou citar:
Ainda criança, PCs desmontava,
Apenas aprofundei o que já me encantava.
Estudei montagem e manutenção,
Transformei curiosidade em profissão,
E na loja de eletrônica fui trabalhar,
Sem saber bem como me comportar.
Uma visita certa vez fui fazer,
E a bicicleta, veja só, esqueci de trazer!
Meses depois, a surpresa veio então:
Estava no cliente, guardada no galpão!
Como explicar, no fim, tal situação?
Ao meu antigo patrão!
Se meu sorriso aparece
quando a flor é posta
inda assim padece
pelos sem resposta.
Se vibro intensa pela
pequena possibilidade
inda assim, internamente,
me dói a
incapacidade.
Se vivo em confetes
pelo triz atingido
inda assim, me acomete
todo vivo matado
e morrido.
Se meu sangue chora
e, por vezes, sara
inda é cor de guerra,
inda me pinta a cara.
Se minha manga
fica presa na maçaneta
inda tenho pitangas
para os sem camiseta.
Se não encerro a festa,
se não paro a dança,
inda leio
floresta,
inda me mata o que lhes cansa.
Se a cor é bela
e a vida é forte,
inda vejo nela
a falta de suporte.
Se acordo querendo
dar tudo de mim pelo pingo
inda entendo a giganteza
de quem trabalha outro domingo.
Se agora preciso de um colo
ou outro sim,
não desconheço o subsolo
de quem nem sabe de onde eu vim.
Se preciso de uma pincelada
da sua empatia
nada me impede, ralada,
de ser também sua pia.
Se tudo o que peço
é um quase de paz
em meio ao meu mínimo turbilhão,
inda entendo cada jaz
e não comparo seu sermão.
Se deito com rosto molhado
e abro o sol com dente aberto,
ó, eu lembro do seu lado,
e meu sonhar segue desperto.
Se comemoro o vento da greta,
a montanha suada
e a facilidade;
inda lembro da sua marreta.
Sua alegria é lembrada
da minha dignidade?
Porque, ah, se tiro a meia
e sinto o mesmo alívio que seus pés
após tanta maratona…
não diminuo sua areia,
mas esquece, atés,
que chegaríamos mais rápido
seguindo a mesma fé cafona.
@vanessabrunt
Arrependimento
Hoje meu peito dói, um peso profundo,
Arrependimento ecoa, um lamento fecundo.
Pelo que já não tem como ser remediado,
Minhas amizades se foram, um mundo desolado.
Os poucos que ficam, em sombras, se escondem,
A confiança se esvai, como o tempo responde.
Estou fraca, um reflexo do que eu fui,
E a credibilidade se foi, um eco que não flui.
Fui ao fundo do poço, mergulhei na mentira,
Envolvi meus amigos, numa teia que delira.
Agora estou só, na solidão que me abraça,
Um mar de arrependimento, que nunca se disfarça.
Amigos se vão, como folhas ao vento,
E tudo será história, um triste momento.
Fui vilã do enredo, mesmo sendo no fim,
Carrego a dor da perda, um eco de mim.
Que a vida ensine, que a dor é um farol,
A iluminar os caminhos, mesmo em meio ao sol.
E que, ao olhar pra trás, eu possa ver,
Que o arrependimento é só um passo a aprender.
Título: O Vazio que Ecoa.
Ouço ecos em meu peito,
não de vozes, mas do nada.
Silêncio que pesa,
um grito contido na madrugada.
Preenchi-me de ausências,
fiz do espaço meu abrigo.
Mas até o vazio tem peso,
e agora o carrego comigo.
Se há algo que se acumula,
não é presença, mas ausência.
E quanto mais tempo passa,
mais forte a sua sentença.
Meu fundamento é a Bíblia. Sim, sou intransigente a favor da Bíblia, Sigo-a em todas as coisas, grandes ou pequenas.
Diário: Quinta-feira, 5 de junho, 1766 (V, 169).
Tens o meu melhor porque sabes cativar o que há de mais belo em mim ...
És sábio e enxerga o mais profundo de meu ser...
Meu coração...
E nossos valores vão além das aparências...
Estão dentro de nossas almas ...
Elas completam-se em apenas um olhar"..
Rosana Helena Correa Chagas
"Na realidade o meu ponto de paz faz morada em você. Só nos teus braços me sinto inteira e completamente feliz."
"Se você olhar em meu coração, vai encontrar apenas você.
Você que é a melhor parte de mim.
Você que é a minha felicidade.
Você que é a inspiração dos meus poemas.
Você que tão somente é a tradução do AMOR ."
Eu escolheria mil vezes fazer o certo e ninguém permanecer ao meu lado do que, fazer o errado e todos permanecerem ao meu lado.
Título: Sem Rumo.
Paixão, paixão, sem rumo, sem chão,
Que bagunça deixa meu coração.
Estraga o lado são, excita o lado cão,
Às vezes animal, às vezes não.
Espera um tempo até a próxima paixão,
Não tem quem suporte meu coração.
Existe muito amor guardado em vão,
Existe muita carga para a próxima decisão.
Paixão, paixão, com rumo, com chão,
Isso não é paixão, é um amorzão.
Caminho certo, com GPS de emoção,
Cuidado para não perder a direção.
Eu? Eu, Não Tenho Mais Medo De Ser Sozinho.
E, Hoje? Hoje Meu Maior Medo é Ter As Pessoas Erradas Ao Meu Lado, Passei Muito Tempo Cercado De Quem Não Somavam… e Apenas Sugavam.
Pessoas Que Fingiram Se Importar, Mas Só Estavam Por Interesse, Conveniências, Costumes Em Proveito Próprio.
Aceitei Incômodos, Me Adaptei, Engoli Palavras e Fatos… Hoje Sei… Que Enxerguei o Melhor Nos Que Só Me Fizeram Mal, Deslealdade… Acordei! Percebi Que o Problema Sempre Foi a Pessoa Errada, a Mesma Que Me Abraçou, Distorceu Minhas Palavras e Desejou Minha Queda.
Meu Medo Passado Foi Ter Aberto a Porta e Espaço Para Quem Nunca Deveria Ter Deixado Que Entrasse Na Minha Vida.
Não Tenho Mais Medo De Ser Sozinho.
Olinda é rima no meu verso em prosa
Carnaval das cores, brilho e magia. É pura a alegria da liberdade que fantasia os dias de folia. É lindo o festival do povo no passo do frevo, um convite para o mundo inteiro dançar e tirar os pés do chão. O ritmo que leva a multidão a cantar em cada ladeira de Olinda num cortejo repleto de glitter e emoção.
É bloco de rua, é agremiação, é troça que une cada personagem na mesma canção. É o desfile popular da felicidade que invade como um arrastão o íntimo de todo folião. Olinda é tradição. Do alto da Sé a Pitombeira, do Bonfim a Guadalupe, dos Quatro Cantos ao Mercado da Ribeira, é para quem sabe brincar de dia e a noite inteira. Além das prévias, seis dias de alegoria.
Abertura na sexta, sábado de Zé Pereira, domingo de momo, segunda e terça gorda até quarta-feira de cinzas. O patrimônio vivo do misto lírico carnavalesco rural e urbano. É o canto da felicidade a entoar a beleza da vida como se não houvesse amanhã. É para quem tem a manha e o molho, subir e descer, pular e se arrepiar com os shows, apresentações até os blocos de samba.
É a mulher do dia, o menino da tarde, o homem da meia-noite. A troça mais antiga do mascate Cariri, o ato político do dragão vermelho e amarelo do Eu Acho é Pouco (é bom demais), o folguedo do mítico e brincante Boi da Macuca, o samba verde e rosa da Mangueira Entra, o Elefante exaltando sua tradição, o encontro dos bois, maracatus, do coco, dos caboclinhos e dos passinhos.
É o maior evento multicultural, irreverente, político e social. É a raiz de todos os estandartes e baluartes da manifestação cultural popular pernambucana. Oxe, é massa demais essa festança.
