Meu Amor Viajou
chego demasiadamente tarde
Não me tenha como covarde;
Me tenha como um louco que luta para te ver sorrir mais tarde.
A árvore está sendo plantada, mas, vejo a nossa chegando já no outono, a primavera já se passou, da sua fruta não consigo me lembrar do seu gosto
Acredito que tudo está indo, acreditando nos meus ideais e investindo, vendo nosso amor indo de fininho.
Não quero olhar da janela e só econtrar do nosso lindo amar, apenas seus resquícios.
MÁS SORTES
Minha saudade é uma casa abandonada
por cujos solitários e vastos corredores
volteia o silêncio por toda madrugada
das lembranças e questões dos amores
Certa vez a essa estada mal ajambrada
varrendo o ar pesado e seus horrores
adentraste sorrateira quimera alada
num devaneio aos desejos pecadores
E, então, tão cruento e insistente
querer um afeto cheio de poesia
nessas incertezas, só perguntas!
Ah! o vazio no carma eternamente
na desilusão da paixão erma e fria
a verdade de más sortes conjuntas!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/09/2020, 04’47” – Triângulo Mineiro
QUEM É DEUS PRA VOCÊ?
"O día que conseguir defini-Lo é que você limitou o que Deus é e pode fazer na sua vida."
─By Coelhinha
...a título, de fazer acontecer o que acha importante em tua vida use somente o ingrediente abaixo discriminado e por gentileza desculpe pela brevidade do título deste poema...Grazie
AMOR
piu
NASCER DE NOVO
Nascer: findou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.
Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?
Eis que um segundo nascimento,
não adivinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este é o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.
A explicação rompe das nuvens, das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.
Se uma pessoa diz "eu te amo" e logo em seguida diz "mas eu não me amo", ela mentiu em uma das duas frases.
Torça pra que tenha sido na primeira, porque se foi na segunda ela mentiu na primeira também!
Não é loucura estar distante de alguém
É loucura estar perto de alguém
Que finge amar você
-Mbuvane
Seria água se fosse incolor.
Seria ouro se fosse brilhante e
seria beijo se fosse sua boca
-Mbuvane
Eu não entendo, por que nós temos voz e não gritamos?
Quando foi que aprendemos a não sermos quem nós somos?
Quando foi que esquecemos os sentimentos que temos?
E quando foi que deixamos o amor no esquecimento?
Quando foi que mudamos ao ponto de não lembrarmos a essência da nossa existência,
Abraçarmos os erros?
O mundo atira pedra quando falta letra
O homem atira regra quando sobra liberdade
O coração de pedra não se atira de verdade
Ninguém quer transformar o amor numa escopeta
Olhei em direção ao horizonte em busca de almejar os Homens de honra.
... e os vi saqueando coisas e, almas!
E indaguei-me, onde está o Amor?
Queira alguém inteligente, ambicioso(a) e com princípios sólidos, ao lado de um grande homem, existe uma grande mulher.
Às vezes a gente quer só um abraço silencioso e gratuito para acalmar nossos sentimentos, nossa alma.
Espero isso, espero aquilo, espero tudo, espero nada; espero tanto, o tempo inteiro. Assim idealizo o outro sem permitir que ele seja quem realmente é: tão humano quanto eu.
Que desperdício de tempo e vida, querer apenas conviver com aquilo que é mais aceitável e superficial...
Por medo de conhecer o real, optamos pelo mais cômodo. Relações quando próximas demais assustam um pouco, assustam porque mergulhamos na intimidade do outro, assustam porque independente de nossas expectativas o outro segue sendo um ser humano, real, e o espetáculo da vida... continua sendo ao vivo.
