Meu Amigo Ama minha Mulher

E tal, balbuciando, ama e obedece / à sua mãe, mas, quando adulto, / deseja vê-la enterrada.

Uma criança mimada nunca ama a sua mãe.

Quem não ama o seu semelhante vive uma vida estéril e prepara um túmulo triste para a sua velhice.

Pois o homem é feito de banalidade,
e nomeia o hábito a sua ama.

Ama os teus pais, se são justos e honestos: caso contrário, suporta-os.

Nosso coração não nos pertence, pertence aqueles que nos ama.

Conhecer a fundo, e tal como é, um ser humano, e amá-lo, é impossível.

Muito poucas pessoas quiseram verdadeiramente sequer um momento só da sua vida, como tão-pouco amaram.

Apto para governar está quem ama tanto o seu povo como se ama a si próprio.

Enfim, a retórica está na língua de quem ama, de quem engana e de quem tem necessidade.

Quanto mais se ama mais se sofre. A totalidade das dores possíveis para cada alma é proporcional ao seu grau de perfeição.

Há tantas espécies de pessoas de vinte anos ou de cinquenta anos como há espécies de amigos, amantes ou pais.

O homem ama a companhia, mesmo que seja apenas a de uma vela que queima.

Quando se ama, o coração é quem julga.

Ama-se com amor aqueles que não se podem amar de outro modo.

É evidentemente muito duro já não ser amado quando ainda se ama, mas pior do que isso é sê-lo quando não se ama mais.

Duvida da luz dos astros,
De que o sol tenha calor,
Duvida até da verdade,
Mas confia em meu amor.

Amor é síntese

Por favor, não me analise
Não fique procurando
cada ponto fraco meu
Se ninguém resiste a uma análise
profunda, quanto mais eu!
Ciumenta, exigente, insegura, carente
toda cheia de marcas que a vida deixou:
Veja em cada exigência
um grito de carência,
um pedido de amor!

Amor, amor é síntese,
uma integração de dados:
não há que tirar nem pôr.
Não me corte em fatias,
(ninguém abraça um pedaço),
me envolva todo em seus braços
E eu serei perfeita, amor!

Poeminho do Contra

Todos esses que aí estão
Atravancando meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!

O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.