Mensagens sobre o Vento
Vanna é aquele suspiro que se transforma em vento, o momento em que a sombra da perda deixa de encobrir o caminho, e o indivíduo, como uma semente que rompe a terra após a seca, busca florescer em seu emocional, fortalecer-se em seu físico e ascender em seu espiritual, provando que a evolução é a mais sublime resposta à decepção.
Sinta o vento acalmar teus pensamentos.
Não há motivos para sofrer quando o amor transborda teu ser.
Há motivos para sorrir e agradecer...
pois o amor sou eu, é você.
Noite fria, chuva martelando o telhado, vento que uiva nas copas. As ruas estão vazias, a cidade ilumina apenas o que é frio, que não tem vida, não vejo ninguém, como se a cidade tivesse recuado para dentro de si. Caminhar nessa chuva é rasgar-se por dentro, poucos têm estômago para esse abandono.
Na dúvida, aceitei o engano como professor, reajustei velas e segui adiante, o vento já conhece meu nome.
O vento é essência do indomável, não se deixa conter, não pertence a rumo algum, é movimento puro, existência sem destino, liberdade em forma de sopro.
Já caminhei em silêncio com Deus e Ele falou através do vento. O silêncio com Deus às vezes é mais eloquente que mil explicações, o vento traz a resposta que tanto necessito.
O vento traz um nome esquecido, sussurra entre pedras e vales. A alma, ferida, se move, lembrando o que era abrigo. Não há culpa, só saudade, só o desejo de voltar. E na curva do silêncio, o amor começa a falar.
A esperança renasce em mim como uma chama teimosa, mesmo quando o vento da vida sopra para apagá-la, eu a protejo com as mãos feridas e calejadas, porque sei o quanto ela já me salvou, e continuarei acendendo-a até o fim dos meus dias.
A solidão foi um deserto que precisei atravessar, na areia deixei expectativas mortas, no vento encontrei o som da minha própria respiração, e no fim descobri que nunca estive realmente só, eu estava comigo e isso era suficiente.
Sob a garra de um fim de tarde gélido, o vento do sul chicoteia a minha linda Ilha de Florianópolis, transformando o oceano em uma fúria de açoite. A ressaca violenta, incontrolável, arremessa a areia salgada, grão por grão, contra o rosto, enquanto a maresia incessante incrusta o sabor amargo da ausência na garganta e na alma. É nesse caos costeiro, visceral e implacável, que o meu peito aperta e a sua imagem e só ela, se torna o único e inegociável porto seguro em meio à tempestade.
Quando a esperança parece de vidro, protejo-a com pano fino. Não a exponho ao vento de opiniões alheias. Se quebrar, guardo os cacos e aprendo a colar de novo. A cada remendo, ela vira arte com marca de costura. E toda esperança remendada brilha de forma diferente.
Junto do vento que vem do sul, para bem além de onde o sol se põe, depois do oeste, onde o tempo se curva, flui a fonte da inspiração pura e indomável, a melodia que o mundo ainda não ouviu, gravada nas estrelas ancestrais.
O sábio observa que toda labuta e ambição debaixo do sol é vaidade e correr atrás do vento, pois a riqueza acumulada não compra um único dia de paz nem garante a salvação da alma, é inútil levantar cedo e deitar tarde, devorando o pão da dor, pois a única satisfação duradoura reside em temer o Divino e guardar Seus mandamentos, sabendo que Ele é o juiz de todas as obras.
O passado é uma casa velha que insiste em ranger quando o vento da lembrança passa. Podemos trancar portas, entulhar janelas, mas o eco do que vivemos sempre encontra um jeito de entrar. E talvez não seja para ferir, mas para lembrar que o sobrevivente ainda habita aqui. E isso já é vitória demais para quem quase não existiu.
O mundo passa com pressa e leva pedaços da gente como folhas ao vento. Resta um bilhete amassado no bolso: “sobrevivi por pouco”.
Não é glória, é quase legenda de uma fotografia torta, mas serve para lembrar que ainda posso olhar e contar.
Pouco importa o que dizem de ti, se tua consciência permanece serena. O juízo dos outros é vento; o teu caráter, pedra firme. Cuida do que controlas e deixa que o resto siga seu curso.
Quando a tempestade vier, lembre-se: você já sobreviveu a outras. Não peça ao vento que pare; peça apenas firmeza às suas raízes.
Tudo o que ameaça derrubar você também fortalece suas fundações. A força não está no que resiste, mas no que continua. E você continua.
Você não controla o vento, mas controla a vela que ergue. A liberdade nasce da consciência de que nada externo define sua postura.
