51 textos e mensagens para profissionais da enfermagem đŸ©ș

Um fluxo constante de pensamentos de outros pode parar ou amortecer seu prĂłprio pensamento e sua prĂłpria iniciativa.

Meu coração é o laboratório de um cientista louco varrido, criando sem parar Frankensteins monstruosos que sempre acabam destruindo tudo.

Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidĂŁo dĂłi e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar. Eu invento amor, sim e dĂłi admitir isso. Mas Ă© que nĂŁo aguento mais nĂŁo dar um rosto para a minha saudade. É tudo pela metade, ao menos a minha fantasia Ă© por inteiro.. enquanto dura. No final bruto, seco e silencioso Ă© sempre isso mesmo, eu aqui meio querendo chorar, meio querendo mentir sobre a vida atĂ© acreditar. E aĂ­ eu deito e penso em coisas bonitinhas. E quando vou ver, jĂĄ dormi.

“Me pergunto onde foi parar a Ășnica coisa que realmente importa e Ă© de verdade nesta vida: a tal da quĂ­mica. Mas entĂŁo onde, meu Deus? Onde vou encontrar gente interessante? AtĂ© quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo o ser mais idiota de todos?”

"Mas houve um momento em sua vida em que teve de parar de se lamentar para tornar-se autor da sua histĂłria. Determinou deixar de ser vĂ­tima dos seus sofrimentos e lutar pelos seus sonhos, e apesar de o mundo ter desabado sobre ele, escolheu sobreviver."

Quem Ă© que pode parar os caminhos? E os rios cantando e correndo? E as folhas ao vento? E os ninhos... E a poesia... A poesia como um seio nascendo...

Mario Quintana
Apontamentos de histĂłria sobrenatural. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.

Nota: Trecho do poema Um voo de andorinha.

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Passo o tempo todo pensando – nĂŁo raciocinando, nĂŁo meditando mas pensando, pensando sem parar. E aprendendo, nĂŁo sei o quĂȘ, mas aprendendo.

Clarice Lispector
Todas as cartas. Rio de Janeiro: Rocco, 2020.

Nota: Trecho de carta para Fernando Sabino, escrita em 5 de outubro de 1953.

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Eu tenho que parar com essa mania de sentir falta e deixar eles que sintam a minha.

Eu nĂŁo sei parar de te olhar
NĂŁo vou parar de te olhar
Eu nĂŁo me canso de olhar!

Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa primeiramente com a gente. Fiquei amarga? NĂŁo mesmo. Agora eu sou prĂĄtica. Vacilou? A porta estĂĄ aberta, meu bem. Sem dĂł nem piedade. Me desculpem, entĂŁo, os que larguei ĂĄ deriva. Salve-se quem puder!

A cidade lå fora, com gentes falando sempre alto demais, sem parar, entrando e saindo de lugares, bebendo, comendo coisas, pagando contas, dançando alucinadas, querendo ser felizes antes da segunda-feira: urgente.

HĂĄ um tipo de choro bom e hĂĄ outro ruim. O ruim Ă© aquele em que as lĂĄgrimas correm sem parar e, no entanto, nĂŁo dĂŁo alĂ­vio. SĂł esgotam e exaurem. (...)
Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta Ă s vezes inĂștil. Respeito muito o homem que chora. Eu jĂĄ vi homem chorar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crĂŽnica Quando chorar.

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(...) numa ilha do norte onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar por algum tempo que afinal passou depressa como tudo tem de passar e hoje me sinto como se agora fosse também ontem, amanhã e depois de amanhã, como se a primavera não sucedesse ao inverno, como se não devesse nunca ter ousado quebrar a casca do ovo, como se fosse necessårio acender todas as velas e todo incenso que hå pela casa para afastar o frio, o medo e a vontade de voltar.

HĂĄ um tipo de choro bom e hĂĄ outro ruim. O ruim Ă© aquele em que as lĂĄgrimas correm sem parar e, no entanto, nĂŁo dĂŁo alĂ­vio. SĂł esgotam e exaurem. Uma amiga perguntou-me, entĂŁo, se nĂŁo seria esse choro como o de uma criança com a angĂșstia da fome. Era. Quando se estĂĄ perto desse tipo de choro, Ă© melhor procurar conter-se: nĂŁo vai adiantar. É melhor tentar fazer-se de forte, e enfrentar. É difĂ­cil, mas ainda menos do que ir-se tornando exangue a ponto de empalidecer.
Mas nem sempre Ă© necessĂĄrio tornar-se forte. Temos que respeitar a nossa fraqueza. EntĂŁo, sĂŁo lĂĄgrimas suaves, de uma tristeza legĂ­tima Ă  qual temos direito. Elas correm devagar e quando passam pelos lĂĄbios sente-se aquele gosto salgado, lĂ­mpido, produto de nossa dor mais profunda. Homem chorar comove. Ele, o lutador, reconheceu sua luta Ă s vezes inĂștil. Respeito muito o homem que chora. Eu jĂĄ vi homem chorar.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: CrĂŽnica Quando chorar.

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Os guarda-chuvas perdidos
 onde vĂŁo parar os guarda-chuvas perdidos ? E os botĂ”es que se desprenderam ? E as pastas de papĂ©is, os estojos de pince-nez, as maletas esquecidas nas gares, as dentaduras postiças, os pacotes de compras, os lenços com pequenas economias, onde vĂŁo parar todos esses objetos heterĂłclitos e tristes ? NĂŁo sabes ? VĂŁo parar nos anĂ©is de Saturno, sĂŁo eles que formam, eternamente girando, os estranhos anĂ©is desse planeta misterioso e amigo.

Prefiro morrer sabendo que estive com vocĂȘ do que passar toda uma eternidade vivo, mas sem vocĂȘ do meu lado.

Aquele que ajuda os outros simplesmente porque isso deve ou precisa ser feito, e porque Ă© a coisa certa a fazer, Ă© sem dĂșvida, um verdadeiro super-herĂłi.

A coisa mais difĂ­cil deste trabalho Ă© que vocĂȘ nem sempre pode salvar a todos.

NĂŁo importa quantos golpes eu leve, sempre encontro um jeito de me levantar. Porque a Ășnica coisa que impede que esta cidade caia no esquecimento sou eu.

Ter te amado pode ter sido
o meu pior erro,
mas te confesso que
gostei de ter errado

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