Mensagens Noturnas
Às vezes temos que sorrir, mesmo que as noites, sejam demasiadamente escuras. Que o sol não tenha luz. Que os dias cinzentos e encharcados nos adoeça a alma. Eu não sou forte, eu tenho Fé.
O rato na batedeira
Todos os dias ele entra
Todos os dias ele adentra pelas noites, como ladrão
E ele rouba não só a dispensa
Ele rouba a minha paz, e a minha sanidade
Ele me lembra dos meus traumas e da minha solidão
Pra muitos ele não representa nada
Mas pra mim ele é como um mau agouro ou uma lembrança ruim
Todos os dias ele adentra pelas noites, como um ladrão
E ele rouba não só a dispensa,
Ele me rouba de mim, me arrasta pelo esgoto, me humilha e me expõe de uma forma que ninguém deveria ser exposto
Ele curiosamente conhece meus horários, e observa minha rotina
Ele rouba a minha paz, e a minha sanidade
Eu me opus por um período, tentei me impor, gritei, xinguei, usei a violência... mas eu fui vencida pelo medo da solidão
Ele agora entra a todo momento
Me desafia
Me mostra a minha pequeneza, literalmente, menor que um rato!
Agora mesmo eu fui a cozinha, e ele tá lá na batedeira.
Muitas vezes choro em silêncio apenas com a solidão
As noites se tornam eternas, com pensamentos da saudade
Uma saudade que dói, uma falta inexplicável de se conter
Faço das noites dias em lembranças
Tento apagar um pouco com as lembranças de estar com você
Sei que tudo isso é temporário e vai passar
Mas enquanto não te abraço novamente
Me afogo nas lembranças de estar com você
E poder te dizer o quanto eu te amo
Imagino a todo o tempo
A hora que entrar por aquela porta e dizer voltei, e voltei para ficar
Porque aqui é o meu lugar
Saudade, saudade, saudade.
Ela se foi...
Com você minhas manhãs foram mais doces, as tardes mais divertidas e as noites mais tranquilas
Você foi tão desejada e esperada
Com você me renovei
Você me reaproximou de pessoas queridas
Com você ganhei um novo fôlego!
Você foi ótima e sempre será bem vinda, mas não te esperarei para viver tudo isso de novo
Quero continuar a viver o que me proporcionou, mesmo com os percalços da vida cotidiana
Quero viver em férias!
Quero viver leve
Quero ser feliz
Pode ir, aguardarei feliz o seu retorno
Obrigada!
O RECADO
As páginas do calendário são trocadas, novos dias deixam para trás as noites escuras.
Etapas ultrapassadas, metas alcançadas, método entendido, refinado entendimento, mentalidade madura.
Se mostra no espelho, agora um pouco mais preparado, após dos olhos terem sido secados.
A caneta, a pena, a tinha, o papel, tudo estava sendo preparado. Você já tinha tudo guardado, eu era o seu resultado, a mensagem, o recado.
Hoje, a sua mensagem, que já foi traduzida e que fala em outros idiomas.
Sempre guarda com diligência, a receita, se há doença ou algum sintoma.
E segue, com cada informação que ao caminho se soma.
Sua altivez, sua coragem, seu grito, seu genoma.
Sua herança caminha aqui, do outro lado, mas sempre lembrando de ti, nas minhas andanças.
E hoje, nesse dia de alegria, trago minha gratidão, minha homenagem, minha lembrança.
Sergio Junior
Feliz
Ó, grande lua cheia
Quantas lindas histórias de amor
Você tem pra falar
Diante de noites de escuro
Com estrelas à brilhar
Sei que são inúmeras, difícil de contar.
Sei que todas elas são a sua preferida, não há uma favorita
Que você faz inspirar...
Noites de uma "alma livre e só"
Ao escurecer sinto-me como ser, livre a voar, à calada da noite chega assim, como um temporal dentro de mim.
Percebo me sem saber onde estou, minha imaginação viaja para um lugar longínquo, secreto, um lugar somente meu ou de quem eu "permita" lá estar...lugar este, agradável, onde às horas passam como segundos e mais uma vez aqui estou, em meu mundo de paz, onde não preciso saber onde é e o que é o amanhã.
Não sei o motivo de estar aqui, mas hoje como em alguns outros entardeceres, me sinto assim livre, para voar até este lugar sem destino, um local desconhecido, mas ali estou seguro.
Nestes momentos, sinto apenas meu rosto ao vento, aos poucos meu verdadeiro ser se revela, minha visão contempla a plenitude de viver tudo aquilo novamente, como um pássaro livre à voar.
Um Gin apenas -
Porque serão as noites tão sombrias
quando não estás em mim?!
Porque serão os dias tão claros?!
Os Mares tão fundos?!
As gentes tão normais?!
Tudo passa tão igual,
tão intenso, tão discreto!
Mas nada é igual ...
Não te vejo.
Não te sinto.
Não te encontro.
Porque não estas aqui?!
És um Gin - apenas!
Este Gin!
Um pobre Gin ...
Mas nada é igual! Nada!
E onde estarás tu nesta noite
tão fria?!...
És um Gin ... um Gin apenas ...
... um pobre Gin ...
Alembradura -
Horas convulsas
da minha
aldeia!
Noites sem
Lua,
dias sem
Sol,
campos de
flores,
trigo e aveia,
tantas sementes
que o espaço
alteia ...
E um monte
de estevas,
ergue ao longe,
na umbra,
uma Terra audaz!
"- Ó menino,
tu não te
atrevas ir
sozinho a
Monsaraz!"
Dizia meu Avô!
Dizia minha Avó!
Montes e vales,
rochas traiçoeiras,
hortas e vinhedos,
cercas perturbantes,
bichos e cobras,
por aí, nas eiras,
onde eu andava
dantes ...
No Outeiro!
Na minha Aldeia!
Criança sem rumo,
pelo orvalho,
diziam meus Avós,
atormentados:
"- o menino
não levou
agasalho! ..."
E quando regressava
dessas voltas,
sempre, de meus Avós,
preocupados, escutava
um ralho!
E hoje, mais só,
que dura saudade!
Desse Tempo ...
Desse Espaço ...
De meu Avô ...
De minha Avó ...
Saudade que perdura,
nessa Casa da Infância,
nesta fria-alembradura ...
Para quem tem vontade de navegante, não há barcos pequenos, canoas furadas, noites de borrasca ou visão embaçada. Sua bússola se aninha no leme firme de sua própria essência.
Se um indivíduo que diz-se seu amigo é capaz de trair a quem ele jura amor todas as noites, como espera que o mesmo entenda sobre lealdade para garantir a sua amizade?
Meu travesseiro vive molhado todas as noites pelas lágrimas que ninguém mais vê porque estão ocupados demais focando em seus próprios problemas
E até nas noites, que não nos falamos, eu oro por ti, e até quando não te vejo, a minha lembrança, te traz para mim
Não chove para sempre
Lava-se a calçada de noites mal dormidas
Sob a chuva dolente num cair gemido
Num choro longo e diligente
Zelosa de angústias e desassossegos
Mas cresce no peito o novo dia
No cinzento da claridade escorregadia
Faz-se sol na vontade dos campos
Onde brilha ainda o trigo loiro
E vestem-se de gratidão os bagos da vida
Frementes de desejos impossíveis
Cálido e sagaz o fruto da abastança
Das águas correntes que banham as margens
Esquece-se a noite que foi claro dia
Sacode-se o caminho do pó da melancolia
E recorre-se à loucura do mundo para enfrentar
Todas as intempéries com ousadia
Há Noites -
Há noites esquecidas nos teus braços
embalando a solidão dos dias puros
suspirando de silêncio em meu regaço
nascem goivos dos meus passos prematuros.
Há noites que guardamos num só grito
à hora das mentiras de um amor
há palavras que nos deixam sem sentido
caminhando pela vida numa dor.
Há noites que nos deixam para trás
tropeçando no que a vida tem de duro
esquece-las quem me dera p'ra ter paz
pudesse eu apagar teu olhar puro.
Há noites, tantas noites sobre o dia,
e do dia, nada resta, só a noite,
um dia amei alguém que não me via,
e vivi, dias e dias sobre a noite.
Cores
És
Flores
Quando
Fores
Os
Amores
Pois
Fostes
Minhas
Dores
Nas
Noites
Meus
Açoites
Utopia
Fugaz
Vigia
D'Alma.
Trago um Silêncio -
Trago um silêncio nocturno
no meu corpo de lilases
das noites que não durmo
dos abraços que não trazes.
Trago um silêncio de sombras
num toque de matizes
do calice que não tomas
das palavras que não dizes.
Trago um silêncio de criança
numa espera inacabada
na loucura da lembrança
da minh'Alma enamorada.
Trago um silêncio sem sentido
nestes versos que compus
trago o meu olhar perdido
na tua pele que me seduz.
Trago um silêncio de rosas
no campo dos meus dias
trago sonhos com asas
rasgando as ventanias.
Trago um silêncio de mel
no eco do teu nome
lembro o toque da tua pele
num desejo que me consome.
E és tu esse silêncio
essa espera em que naufrago
és o barco dos meus dias
que no peito ainda guardo.
