Mensagens de uma Querida Mae de Luto
Das artes se pintou uma amante,
Ao som dos Beatles és a pequena sereia,
Da genética vai crescendo a estudante,
E de Alice ao antídoto perfumante,
Do amor-seixas de Carlos Vieira.
poesia "Alice".
Nem pra ser suave, amoroso e ter uma experiência inesquecível te quiseram, não deixaram você ser e existir.
Na exuberância do entardecer exalas o perfume de uma fragrância não conhecida, a delicadeza de deixar-se ao vento, de esganar-se e inclinar-se com o sopro forte do acaso e voltar a ser o que era, uma flor.
Mesmo despedaçada exalas o perfume de uma fragrância não conhecida mas ainda existe o jardim e continuas ainda sendo uma flor.
A flor que existe em nossa vida, talvez despedaçada e desconhecida mas exalas o perfume de uma fragrância jamais sentida, o cheiro da flor chamada vida no arrebol de nossa essência.
A flor espargindo o amor com as lágrimas bentas da existência.
Tudo vai passando e a amizade que oferecemos a outrem vai sofrendo uma espécie de esquecimento.
É interessante que quando um amigo que você estima e considera começar a não ter mais tempo para compartilhar momentos de lazer e recusar seus convites...
Ao começar a admirar outras pessoas, expressando sua estima e nunca reconhece o que você faz e muito menos o seu companheirismo;
Quando você ver seu melhor amigo em álbuns de fotografias com uma outra pessoa em momentos esporádicos e nunca tira uma foto com você sendo que fotografias ficam na história de uma vida;
Quando desaparecer e não ter mais papo com você, o que conversar...
É hora de aquietar e perceber que essa amizade fragilizou-se e o melhor caminho é recuar, recuar não como um covarde mas no silêncio da solidez da amizade que você carrega em seu coração....
Um dia esse seu grande amigo volta e vai precisar de você e sua obrigação é abraçar-lhes e dizer: sempre estarei aqui.
Ao contrário de tudo isso, esquece e vá viver novas amizades...
Eu tive um espanto em uma tarde de sábado que fiquei desesperado,meu amigo e o homem que dediquei um afeto que eu passei a chamar de amor estava com outras pessoas e divertindo, e eu só, com o entalo na garganta querendo abrir o jogo do que eu sentia e do que poderíamos viver a dois, eu estava ouvindo EU PRECISO DIZER QUE TE AMO de cazuza.
Vi no horizonte brotar uma rosa
Na mansidão da aurora
Onde brotou o sol.
Silenciosamente
o acaso se cala rapidamente
Ao entreter das horas
Nas vozes ritmicas das aves candoras
Há desilusão no anoitecer
a vida, simplesmente a vida,
sempre irá reamanhecer
Reamanhecer no beijo esquecido
No abraço evitado e no “eu te amo” temido
Nas palavras engolidas, no olhar desviado
No amor sufocado e nas lágrimas contidas
A vida renascerá no caminhado desviado
Quando o café amargo for por você adocicado
E, então, ao sabor do beijo dado e do abraço apertado
Do “ eu te amo confessado” e das lágrimas sentidas
A felícia irá brotar, e o sol enamorar uma rosa frágil chamada de VIDA!
Todos possuem uma dor, algo para se preocupar dessa nostalgia, e uma das nossas dores humanas é não ser amigo e ainda ter utopicamente tudo para reclamar, até poesia.
O canto angorento das aves bordou o horizonte do universo em uma saudação melancólica que prenunciava a vida em sua predileção assombrosa e apocalíptica do fim, cortado pelo arco íris que limita o belo e o triste, ainda há de se ouvir o canto do carão festejando o inverno, sob o olhar penetrante da coruja que bisbilhota os quatro cantos do mundo no recôndito da ilusão, a vida é um sonho.
e se contenhas com uma flor, seu perfume e sua delicadeza, sua fragilidade e beleza, então, se contenhas com uma flor, enquanto não floresce o meu amor...
Amar é de uma magnitude inimaginável e de uma incumbência heroica.
O prazer e a felicidade são viés imponentes e o sofrimento inevitavelmente nos mostra que estamos amando.
Pois amar também implica em chorar.
O fim é o sereno de uma noite calada e abandonada; É o ontem que se torna o presente em um imaginário saudosista;
O fim são enamorados que perde o seu amor e que guarda na profundeza de seus corações.
O fim é também o amanhecer, onde as flores desabrocham e exalam um velho perfume conhecido;
São aves douradas que ganham o céu ensolarado sem saber onde chegar mas que voam, voam e voam.
... e pelos caminhos iluminados de sol, vê-se a noite de uma lua rodeada de estrelas e de amores disfarçados de aurora que adornam o amanhecer de um dia ensolarado que não anoitece... nesse amor adormecido cortejei meu único farol... lacrimejado das desoras que amei.
As flores sem você outra vez, apequena a imensidão de um jardim na escuridão de uma madrugada, essa noite fria e calada estende manso itinerante de um amor sem dimensão e mais nada.
Uma estrela cintilava o mistério da fé,
Na estala nascia Jesus de Nazaré.
O natal faz renascer o sentido encantador,
de viver a vida na complacência do amor.
Os pequeninos e esquecidos se revestirão de beleza,
Em um denso e azulado véu de estrelas.
Feliz Natal
O amor é a loucura do divino, um grito apavorado, uma oração, o silêncio, a honradez sacerdotal e profana do homem...
Eu sou uma palha, benta no domingo de ramos, que desatina as tempestades dos desencantos e acena para o começo de uma nova era, refazendo os caminhos trilhados em busca da felicidade, onde o vento sopra em desencontros, mas sou palha benta e tenho um canto em cada canto das ruínas e paraísos da existência.
O sabor da solidão é como de uma criança sem vizinhos para brincar e depois de uma chuva saí na rua e no horizonte ver um arco-íris que aos poucos vai sumindo de sua visão mas as cores cintilantes permanecem em seu coração.
Enquanto uma presença era o 'tudo' que qualquer pessoa buscaria, eu ia perdendo e não sabia, perdendo aos poucos aquela companhia que completava o meu ser sob os cuidados exaustivos de meus olhos e de minha intuição mediante as inúmeras evidências.
E hoje meus olhos se fechou, minha intuição se acabou, e não sei mais o que faz, para onde olha e quem facilmente beija, não sei mais onde está o meu amor.
O beija-flor adornou
O refolho de minha alma
Na luz do sol cravejou
Uma saudade desprezada.
O beija-flor enfeitou
As cinzas de meu jardim
Meu amor acenou
E ninguém acenou pra mim.
O beija-flor cintilou
O feio, o trágico e o obsceno
Num jardim virginal e ingênuo
De onde horrorizou-se o amor.
A vida é simples
De uma ternura requintada
No brilhantismo da estrela d'alva
Serenando o horizonte da madrugada.
A vida é requintada
Pelo sabor das iguarias da dona de casa
Na poesia do boiador que invade
Os campos poetizados de saudades
A vida é abençoada
No terço desbulhado de piedade
No "Deus me livre" do pecador inocentado
Nos benditos das beatas do rosário
A vida é uma fascinação
No melaço das abelhas sem ferrão
Dá água gelada em alumínio ariado
No beijo acerteiro dos enamorados.
A vida não é ilusão
Nas mãos que arrancam legumes do chão
Na bravura de Maria queimando o carvão
No suor de meio dia esperançando o trovão.
A vida seu caba é o hoje de um agora mais não.
Geraldo Neto
