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De todos os loucos do mundo eu quis você
Porque eu tava cansada de ser louca assim sozinha
De todos os loucos do mundo eu quis você
Porque a sua loucura parece um pouco com a minha

Poema sem nome

Num dia de feroz
Intranquilidade
Desci dos céus
À terra impura
Envolta em véus
De maldade,
De mil doenças,
Sem cura.
E, fui anjo,
Fui demônio.
Expectador
De lutas, de misérias,
De feridas abertas,
Sem dor.
Ao frio das incertezas,
De todas as tristezas,
Em angústias de ais,
Infernais.
Fui arcanjo
Do bem
E do mal,
Em giros gigantes,
Nos gritos vibrantes,
Dos elefantes
Da jangal
De ruinas morais.
Em trilhas tortuosas,
Sinuosas,
A conduzir-nos ao fundo
Dos pantanais de lama,
Fétida.
Onde os javalis
E as hienas
Charfundam,
Em risos roucos
E bestiais.
Onde os pássaros
Não cantarão
Jamais!
Por que desci dos céus
À terra impura?
Loucura!

Antes ser louco por seu próprio critério, que sábio segundo a opinião dos outros!

Lembra? Oh, eu não faria isso! Lembrar é perigoso... Eu vejo o passado com um lugar cheio de ansiedade. As lembranças são traiçoeiras! Num instante vc está perdido num carnaval de prazeres, com aroma da infância, os neons da puberdade... No outro, te levam a lugares aonde vc não quer ir... Onde a escuridão e o frio trazem a tona coisas que gostaria de esquecer! As lembranças podem ser vis, repulsivas e brutais....
Mas podemos viver sem elas? A razão se sustenta nelas. Não encarar as lembranças é o mesmo que negar a razão! Mas e daí? Quem nos obriga a ser racionais? NÃO HÁ CLAUSULA DE SANIDADE! Assim quando você estiver dentro de um desagradável trem de recordações, seguindo para lugares do passado onde o risco é insuportável.... Lembre-se da loucura. Loucura é a SAÍDA DE EMERGÊNCIA!

Assim como há flores em todas as estações, também há loucuras em todas as idades...

Quando aprendemos enfim a viver sozinhos, descobrimos que pessoas comuns não servem pra muita coisa. E passamos a admirar os loucos.

Às vezes eu olho pra dentro de mim, e percebo que é tudo tão solitário, memórias contidas, sentimentos ilhados, dores ocultas, emoções que transbordam, porém impedidas de atingir o ponto nômade da loucura.
O meu coração é gelado, intangível, minha pele, qualquer toque e meus olhos choram lágrimas secas que queimam minha face.
Às vezes eu olho pra dentro de mim e sinto pena do que me tornei, eu não me reconheço diante de tanta confusão, ora ri, ora chora e perco-me novamente, entre o certo, o errado, o que de fato é bom e o que não é.
Essa bagunça aqui dentro está me deixando louca, eu só queria assumir o controle, finalmente pôr a casa em ordem, mas não sou forte o suficiente para encarar a mim mesma.

Revolução soa muito romântico, vocês sabem, mas não é. É sangue, culhão e loucura; é menininhos mortos que ficam no caminho, menininhos que não entendem porra nenhuma do que está acontecendo. É a sua puta, a sua mulher rasgada na barriga por uma baioneta e depois estuprada no cú enquanto você olha. É homens torturando homens que costumavam rir com as historinhas do Mickey Mouse . Antes de você entrar nesta coisa, decida onde está seu espírito e onde ele estará quando a coisa tiver terminado. Eu não acredito que nenhum homem tem o direito de tirar a vida de outro homem. Mas talvez mereça um pouco de reflexão antes. É claro, a porra é que eles têm tirado as nossas vidas sem disparar um tiro.

Prefiro morrer deitado a mais de 140km/h em cima de uma moto do que deitado em uma cama de hospital há mais de 140 dias!

A loucura é a incapacidade de comunicar suas idéias. Como se você estivesse em um país estrangeiro, vendo tudo, entendo o que se passa a sua volta, mas incapaz de se explicar e de ser ajudado, porque você não entende a língua que falam ali. Todos nós já sentimos isso. Todos nós, de um jeito ou de outro, somos loucos.

O que é que uma pessoa diz à outra? Fora “como vai?” Se desse a loucura da franqueza, que diriam as pessoas às outras?

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica “Brain storm”.

...Mais

Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava.
Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
... Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....

O pensamento é o único lugar onde ainda estamos seguros,
é onde nossa loucura é permitida
e onde todos os nossos atos são inocentes.
Que instale-se um novo mundo cibernético,
mas que virem sucata esses detectores
de mentiras, tão sujeitos a falha.
Dentro do pensamento não há tecnologia
que consiga nos achar.

Se eu não fosse louca ou chata, estaríamos juntos. Mas quando quero contar uma cena de loucura ou chatice minha, não lembro exatamente de nenhuma que não tenha sido provocada pela sua loucura e chatice. E quando quero lembrar da sua loucura ou chatice, não lembro exatamente de nenhuma que não tenha sido provocada pelas minhas. E de fato, não acho nada louco ou chato.

Já que não tenho coragem de assumir minha loucura, queria que ao menos algum canto do mundo me acolhesse. E me abraçasse e dissesse que tudo bem, tudo bem de vez em quando eu perder assim a razão ou o equilíbrio. Eu queria que existisse um canto do mundo que nunca me dissesse ‘’ei, você se expõe demais’’ e que me deixasse ser assim e apenas me deixasse ficar quietinha e quente quando o mundo resolvesse me magoar porque eu sou briguenta, mas sou mais sensível que maria-mole na frigideira.

Inserida por tainabernardes

" ...a mesma mansa loucura que até ontem era o meu modo sadio de caber num sistema. Terei que ter a coragem de usar um coração desprotegido e de ir falando para o nada e para o ninguém? assim como uma criança pensa para o nada. E correr o risco de ser esmagada pelo acaso. "

Inserida por natxalinha

Meu medo não era o de quem estivesse indo para a loucura, e sim para uma verdade.

Inserida por natxalinha

Uma vitória louca, uma vitória doente. Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor.

Inserida por jubsleu

EU NÃO ENTENDO! Por medo da loucura, renunciei à verdade. Minhas ideias são inventadas. Eu não me responsabilizo por elas. O mais engraçado é que nunca aprendi a viver. Eu não sei nada. Só sei ir vivendo. Como o meu cachorro. Eu tenho medo do ótimo e do superlativo. Quando começa a ficar muito bom eu ou desconfio ou dou um passo para trás.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
Inserida por joakinasoares

Eles vão vir com tudo pra cima de você, mas não deixe que farejem seu medo. Fique firme como uma rocha.