Mensagens de Estrelas
Se Não For Para Me Levar as Estrelas Não Me Ofereça o Céu Nublado!
Se Não For Para Ser Oceano Não Me Ofereça Poças Rasas!
Se Não For Para Ser Cheio Não Me Ofereça O Vazio!
Se Não For Para Eu Ser Prioridade Não Me Ofereça Sua Falta de Opção nas Horas Vagas!
Se Não For Para Eu Ser Mais do Que Sou, Não Me Venha Com Seu Mínimo!
Me Amando Demais Para Me Contentar Com o Mínimo!
Sonho
És tu que estremas de ouro
o crepúsculo da manhã.
E cobres de estrelas
O infinito azul da existência humana.
Dois corações
Pinheiros cobertos de neve,
as estrelas brilhando como nunca antes visto,
o manto nevado é apreciado com a clareza de uma bela obra de arte,
dois corações sentados sobre a neve sendo aquecidos pela fogueira que não apaga.
A Lua
No sorriso da lua vi as estrelas brilharem como vagalumes na vegetação rasteira,
vi também as ondas do mar dançarem no ritmo doce e sereno da noite.
No sorriso da lua encontrei o estímulo certo para abraçar o seu reflexo reluzente aos olhares atentos da minha amada,
vi também a timidez o sol e sua preguiça insistente de não querer acordar.
Uma noite abençoada pela sagrada beleza da lua, aplausos infinitos a essa memória que jamais irei abandonar.
Dizem que as estrelas do mar sonham em ser estrelas do céu, porém as que estão lá no espaço infinito, também sonham em estar em outro lugar, sentir a água, serem também estrelas do mar!
Se as estrelas fossem apenas o reflexo das almas que estão no paraíso, o que você faria?
Para o céu a todo momento eu olharia, pois, em cada brilho existente no infinito, poderia estar o reflexo de um ente querido…
Mesmo que essa tarefa levasse anos, após encontrar nas estrelas a imagem da pessoa querida, ao contrário do choro da despedida, em um sorriso de alegria, sem titubear, espiritualmente o abraçaria!
'JOSÉ ERA SINOPSE'
José era sinopse,
linhas vazias,
extinção.
Apanhara estrelas,
sonhos avulsos.
Jogara com o destino.
Equilibrou partidas.
Abandonou-as.
Caiu,
levantou-se...
José era sinopse
Imbuíra melancólicas pressuposições,
caminhos tortuosos,
veredas.
Correra de encontro aos ventos,
equilibrando-se em cordas,
fumaredas.
Sem orações,
abraços,
ou reiterações...
José era sinopse,
mas transformou-se é compêndio,
documentários.
Fixou amor,
caracteres,
permanência.
Redige a própria história.
Com seus conglomerados temas,
tenta haurir reflexões,
escrever trajetórias,
poemas...
As estrelas imbuídas em mim, têm a luminosidade do 'A'. Nesse compasso, aparentemente brilhante, sou trilhas, livros. Promessas, adjacente, distante...
'NÃO DESISTA!'
Não desista das estrelas quando elas se forem,
tudo ficará bem!
Insista nas boas lembranças dos tempos de outrora,
das brincadeiras atravessando ruas,
lagoas.
Não adormeça os lugares que se vai tão facilmente quando se estar triste,
faz parte viajarmos distraído respirando o ontem...
Não desista dos novos amores que baterão a velha porta empoeirada,
abra-o sem medo de ser feliz.
Não esqueça dos rastros perdidos na chuva ou dos pingos molhando o velho espírito,
as flores na varanda podem já não ter tanta importância,
mas elas continuam exalando vida,
abraços...
Não seja tolo confinando mágoas no escasso tempo,
ele é verdadeiro em curar dores,
angústias,
sofrimentos.
Seja fã dos temporais,
não pelos fortes ventos ou a violência dos estragos,
mas pelos rastros das aprendizagens,
ensaios...
No palco da igreja, querem ser estrelas, brilhar intensamente sem pagar o preço, sonham com os aplausos, com a luz dos holofotes, mas a busca da glória se torna um fardo um lote.
Quando estiver triste e sem rumo, olhe para o céu e veja as
estrelas e se não conseguir vê-las, olhe mesmo assim, pois mesmo
não as vendo no céu, saberá que elas sempre vão estar lá e só então
poderá encontrar refúgio e o seu próprio porto seguro.
Com o tempo aprendi
A ouvir o que me dizia
O silêncio das estrelas
O cheiro da terra
e perceber o quanto custava
cada lágrima que reprimi
Naquelas bravas horas de tristeza
Que a ninguém mostrei
A vida sempre envia sinais
Mas tem horas
Que é inútil procurar respostas
Longe de mim
Quando parece que simplesmente
O mundo me vira as costas
Há momentos em que é tarde
Muito tarde
E só teu coração poderá te responder
Se nesse momento
Brilha a Lua
Cai a chuva
Ou arde o Sol
Esse momento existe em você
E não no Universo
Há coisas que estão longe
Há coisas ao teu lado
E há coisas
Que não estão longe e nem perto
Estas coisas estão em nós
São o que somos
Estão antes, estão após
São o durante
São o agora
São e não são
Assim como estamos juntos
e eternamente sós
Vivemos, choramos e rimos
sem nunca saber de verdade
Se realmente existimos.
A vida é curta
Como é longo o dia
As estrelas estão perto
Mas as flores, por demais distantes
Minha infância, parece que foi ontem
Mas o dia de ontem
há muito tempo se passou
As montanhas parecem pequenas
antes, tudo pra mim
era mesmo assim, possível
Mas hoje
diante destas colinas
Que eu ainda não transpus
tudo me parece intransponível
Atrás das colinas tem guerra
mas estão tão longe
todos os amores que já senti
E, se voltar a sentí-los
Não vou mais amar como antes
Meu amor a mim mesmo me basta
e eu, a mim mesmo me basto
Longos são os meus segundos
Como é vasto o mundo
Me recolho a um canto, soturno
Agradeço ao dia, pelo fim de mais um dia
Adormeço lendo poesia.
O vento vai soprando
Estrelas brilham na noite
Mas a Lua está no comando
Cigarras fazendo farra
Vagalumes no desmando
O calor abranda
A saudade vem
A folha cai
toda folha tem
A sua hora de ir embora
E a noite demora a passar
Uma voz
Não sei de quem
Vem dizer
no vento sonolento
Que além daquelas estrelas
Existem muitos outros mundos
E outras vidas existem lá
Pode ser
Que neste momento
Um peito tão profundo quanto o meu
Esteja também olhando pra cá
Talvez aconteça
De nossos pensamentos se cruzarem
E Deus
Por pena, merecimento ou sorte
Permita
Que essa estrela brilhe mais forte
Assim, na próxima noite
Duas almas iguais e distantes
Saberão exatamente
Onde olhar.
Edson Ricardo Paiva
Criei por ela
Um Oceano de Estrelas
Em um plano mais profundo
Tentei fazer pra ela
Todo dia
As mais belas poesias
Já escritas neste mundo
Fiz projeto de Palácio
Com vitrais até o teto
e férias no paraíso
Autorizadas
Pelo Próprio
Arquiteto do Universo
Escrevi num livro meus versos
Tudo isso, pra conquistá-la
Mas meus planos malograram
Pois, quando a vi
Perdi a fala.
Edson Ricardo Paiva
Triste quem não tem pra onde voltar
Pobre de quem foi
Caçar estrelas
Coitado de quem se iludiu
E que seguiu na direção
Do primeiro arco-íris
Que surgiu depois da tempestade
Tenho pena, muita pena
De todo aquele que não causa mais
Uma saudade apenas
Mesmo que diminuta, pequena
Me apiedo de todo coração
Que não tem paz
Depois da estrela, arco-íris
A queda
Meus olhos se enchem de aflição
Por todo aquele que vive
E que não causa nenhuma afeição
Em ninguém
Deve haver lá no céu
Uma alma plena de luz
E que tenha em mãos
Um livro, um papel, uma pena
E a dura missão de recensear
Essas sombras vagantes
Viventes de alma escura
Que não sentiram pena de ninguém
Além de si mesmo apenas
E viveram sua vida pequena
Como se ela tivesse que ser eterna
Enfermas
Sempre vencer e ganhar e ser o melhor
Custe o que custar
Esse era seu lema
Seu meio a superar quaisquer problemas
Mas o tempo corre
A vida passa
As quedas vem
Sem ninguém pra estender a mão
Que pena!
Edson Ricardo Paiva.
"Felizes são as estrelas
Que permanecem
Milhões e milhões de anos
como se fosse apenas um dia
despreocupadas
Com tristeza ou alegria
Brilham sem saber seu brilho
e são estrelas
Sem saber quem são"
Edson Ricardo Paiva
Existe um Oceano de Estrelas ao redor de nós, para nomeá-lo os Homens encontraram uma maneira muito sutil de homenagear as mães de todo o Universo. As mães que existiram e que haverão de existir: A minha, a sua e também aquela filha que ainda não nasceu. As mães deste e de todos os outros mundos habitados, físicos ou espirituais.
Esta homenagem foi tão bonita quanto à vida, que apesar de não ser da maneira que imaginamos, a é da maneira que sentimos e se extende às fêmeas de todos os Reinos, filos, classes ordens, famílias, gêneros e espécies:
Via Lactea.
