Mensagens de Consolo por Perda da Mae
PAI...
Só em teus braços
Há descanso...
Caminhar só?
Nem me atrevo.
A dor transcende...
O amor reclama...
Realidade escura
Obscura...
Perdura
Noite a dentro
Tua calma
Me acalma
Só em teu colo
Durmo.
Maramor...
Andar a beira mar
Respirar fundo esse ar
Olhar o horizonte
E se perder na imensidão...
Delírio de poeta?
Rimas de um trovador?
Não...
Canções de dor
Canção de amor
Que diferença faz?
O dedilhar nas cordas frias
Se nada agora importa
As ondas se acalmaram
Um barco passou...
Bom mesmo é o calor no corpo
Calor na alma embriagada
Pelas lembranças de outrora
Esse mistério
Esse marasmo
Esse esplendor.
Uma década fica pra trás, com tantos acontecimentos que nem parece que todo esse tempo passou num piscar de olhos. E antes que eu perca os próximos 10 anos apreciarei os simples detalhes da vida! Adeus 2010, Feliz 2011 a todos!!
O diamante que cai na lama continua a ser diamante, mas se não for retirado de lá será um diamante perdido.
Não é fácil distinguir o certo do errado
quando suas lembranças me perseguem
criando um vinculo entre presente e passado.
Quando ao som do seu nome
perco as forças, o ar.
Ao ler as palavras um dia recitadas
me confundo entre memória e delirio...
nenhum casal dura a eternidade por mais que morram juntos, porque uma hora ou outra ELES vão se cansar... então pra que começar? ou se começou se esteje SEMPRE pronto!
São duas as posses que a vida oferece aos valorosos para que desistam de buscar a verdade: certeza absoluta e razão ilimitada.
As pessoas nos seus apartamentos sentam no trono da sua inteligência e lá ficam: - Me basto! Quando me levantar, dominarei o mundo!
Vai passar, toda essa vontade de chorar e ter que segurar as lágrimas, vai passar, eu sei que vai. Toda essa saudade do que poderia ter sido e não foi, todas lembranças assombrando minha mente o tempo todo, isso passa. Meu coração despedaçado vai sarar, vai sim. A dor de ver tantos sonhos, tantos planos indo embora, vai passar. Eu vou sonhar novos sonhos, sim. Essa sensação de que nunca mais vai voltar a ser como antes não é pra sempre… Se o amor não foi, por que a dor seria? Vai passar. Tem que passar
Necessito urgente esquecer você, necessito continuar minha vida, necessito aprender a viver sem você por mais duro e difícil que isso seja
"A cada dia que passa, te amo mais, sofro mais, choro mais, me alegro mais, me fortaleço mais, me vejo e me descubro cada vez mais, e sempre mais te quero,te quero do meu lado,
não quero perder-te, queria ler sua mente para saber se o meu querer-te vale a pena, saiba que pelo o resto da minha vida te amarei, e saiba que estou aqui a te esperar.
Aquele vaso com flores
Aquele quadro pintado na sala
Parece até que é você
Até o seu cheiro exala
É que o fiz
Pensando em você
Pensando em seus traços
Lembrando sua cara.
Fragmentos(Extraido do livro:Noções do silêncio)
FRUSTRAÇÃO.
De nada adiantou,
Tanta emoção...
Tanta poesia...
Tanto amor...
De nada valeu,
A entrega...
A busca...
A procura constante.
Não valeu,
Porque amei,
A quem nunca amou.
Me entreguei,
A quem nunca se entregou.
Procurei,
A quem nunca
Quis encontrar-me.
Mimética
Sou da mata, não me acerto na cidade.
Defendo-me do cativeiro de concreto,
Num desejo violento de liberdade.
Desamarroto as asas do pensamento,
Extrapolo pés automotivos, passivos,
Sedentos... Olhos de onça pintada, radar de morcego,
Patas de guará correm no cimento.
Naturalmente anti-cibernética, instintiva, apelativa,
Permissiva... Sou bicho-palha, macaco-prego,
Saci de duas pernas, Caipora, trilha refrescante.
Toda mata vive no meu corpo, plagas verdejantes.
Em mim vivem formas selvagens,
Sonhos que devoram ansiedade, viragens:
Bosque de mil segredos e folhagens.
Minh’alma ponteia verde estandarte.
Disfarçada na anacrônica Campinas fumegante,
Sou anti-vigas de aço, primitivamente blindada.
Naco de floresta oculta por pele esbranquiçada.
Mimética, simbiótica, defendo-me da morte.
Mas se um talho, um corte...
Verão que é seiva meu suporte.
Até se diluir
A tarde, em lise nestes vultos
Que cruzam meus passos lentos,
Confunde verdes no mar cinzento.
Gelo e fogo por dentro!
Deixo-me divagar, devagar,
No andar retrô, no vento que enverga.
Ninguém suspeita que me rasga
A fome oculta na nesga da prega.
Ninguém imagina que levo no esboço
Poças de silêncio e alvoroço,
Crispado e liso, vácuo e peso...
Largo- estreito, passo.
E um carro amarelo cruza avenida,
Dobra esquina, atrás da ilusão,
Deixando rastros do som da vida.
Minh’alma, numa bolha de sabão,
Intenta pousar no chão,
Como pingo de chuva.