Mensagens de Ânimo e Coragem
Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê.
Que dias há que n'alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.
A esperança é o único bem comum a todos os homens; aqueles que nada mais têm ainda a possuem.
Todas as decepções do pensamento e da esperança são secundárias. O único mal irreparável é a morte daqueles que amamos.
Que é o Natal? É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de que cada xícara se encha com bênçãos ricas e eternas e de que cada caminho nos leve à paz.
A Esperança
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença,
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença do fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro -- avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar; descansa!
A verdadeira esperança é uma qualidade, uma determinação heroica da alma. E a mais elevada forma de esperança é o desespero superado.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; porém o maior destes é o amor.
A recordação é a esperança do avesso. Olha-se para o fundo do poço como se olhou para o alto da torre.
Para encontrar a esperança é necessário ir além do desespero. Quando chegamos ao fim da noite, encontramos a aurora.
A esperança é a poesia da dor, é a promessa eternamente suspensa diante dos olhos que choram e do coração que padece.
Pratique a esperança. À medida que a esperança se torna um hábito, você consegue alcançar um espírito permanentemente feliz.
Os homens sentem uma grande atração pela esperança e pelo receio, e uma religião sem inferno nem paraíso não poderia agradar-lhes de modo algum.
A esperança, enganadora como é, serve contudo para nos levar ao fim da vida pelos caminhos mais agradáveis.
Soneto da Desesperança
De não poder viver sua esperança
Transformou-a em estátua e deu-lhe um nicho
Secreto, onde ao sabor do seu capricho
Fugisse a vê-la como uma criança.
Tão cauteloso fez-se em seus cuidados
De não mostrá-la ao mundo, que a queria
Que por zelo demais, ficaram um dia
Irremediavelmente separados.
Mas eram tais os seus ciúmes dela
Tão grande a dor de não poder vivê-la,
Que em desespero, resolveu-se: - Mato-a!
E foi assim que triste como um bicho
Uma noite subiu até o nicho
E abriu o coração diante da estátua.