Mensagem para um Funcionario Destaque do ano
A vida é algo
Mais os menos assim
Quando amanhece
Você abre a janela
e tem ali um jardim
Mas de nada vale ele estar lá
Se você não o vir
E nem perceber o perfume sutil
Como às vezes pode ser sutil
O Próprio Sol
Que parece encoberto
Mas aquela nuvem, na verdade
a você encobriu
As flores do jardim percebem a Sua Luz
Sem possuir olhos de ver
A vida só pode ser vivida
Se você a viver
e pra vivê-la
Não é preciso ter dinheiro
Nem jardim, nem nada disso
A alegria e a gratidão por viver
é que dão à vida aquele viço
E te fazem sentir vontade
de ter com aquele teu pedaço de chão
Um compromisso que você vai cumprir
Quando a gente conseguir
Compreender que a vida é isso
Poderemos então
Bem vivê-la, enfim
Começaremos por viver aquele dia
E quem sabe
Até cultivar um jardim
Onde, antes
Nada havia.
Edson Ricardo Paiva
Margarida.
O ponto de mutação
Um canto de pássaro
Aquele traço profundo
Meus passos cada vez mais lentos
Quatro ventos
Quatro pontos
Quatro estações
Não sei em qual delas eu desço
desde o começo eu desconfiava
Que essa estrada
Não leva a lugar nenhum
Pressinto o quinto dos infernos
Resumindo tudo isso
Eu meço a distância
e concluo
a relevância do nada
E é nisso
Que tudo consiste
Sigo mudo e cego
Ouvidos ouvindo absurdos
A cada dia mais corretos
E cada vez menos lerdos
Á minha esquerda
Jaz a margarida
Quase apagada
Semi-desenhada na parede
Milhões de Céus
Bilhões de mundos
Eu no chão
É quando chego ao ponto
Porém este
de interrogação
Edson Ricardo Paiva
Evite escolher demais
Nunca chegue antes no lugar
Por medo de se atrasar
Um dia teus olhos
Haverão de perceber
Que tanto quem fez
Quanto quem não fez
Ambos
Não fizeram nada
Nada bom
Nada perfeito
Somente aquilo
Que ninguém queria feito
...além de ter feito errado
Mas isso você só vai saber
Quando tudo estiver pronto.
...e tudo estiver perdido
Cedo demais ou atrasado
O fato é
Que seria melhor não ter ido
Não importa quantos lugares
existem neste mundo
Um dia, pra você
Todos eles vão estar ocupados
Evite fazer escolhas
Nem se deixe ser escolhido
Viva a sua vida
Aprendendo sempre e todo dia
Mas procure esconder o que sabe
e chorar no escuro
e... se for pra sorrir
Sorria em lugar reservado
O mundo odeia quem sabe,
e despreza quem chora e quem ri
Evite ser odiado
Este mundo tem ódio
e desprezo demais
Procure não ser o culpado.
Edson Ricardo Paiva.
Me pego desejando
Que os raios de luz de Sol
Iluminem um pouco mais
As cores desbotadas
dos varais da minha infância
Lençóis de criança
Perdidos no tempo e distancia
Caras alegres de outros dias
Colhendo tristes frutos
Da estupidez semeada
Sol, infância, lençol
Não restou quase nada
Talvez um resto de poesia
Que a força dos ventos
Faz soprar por entre as folhas
Outros dias vem
Nasceres do Sol
Coloridos sem cor
Brilhares sem brilho
Pouca coisa
Quase nada
Nada além
da cor desbotada
Edson Ricardo Paiva
Havia um poço
Nos fundos de algum quintal
Onde existiu um olhar
Com ar bem mais moço
Existia um varal
Pra pendurar
Esperanças ou promessas
Que pra bem ou pra mal
Nunca mais houve outro igual
Essa pressa apressada em viver
Transforma tudo em lembrança
Enorme saudade
Essa coisa disforme
Sem nome
Do fundo do coração
Envio aos Céus uma oração
desde o começo
A vida correu
Ao avesso
E o poço estava lá
Meu moço olhar envelheceu
Desilusão acima de tudo
E eu me iludo
Hoje, ao nível do Mar
Não sopra o vento
E assim tudo navega
Ou se vive à deriva
Sem lágrimas
de maneira alguma
Não existe uma brisa para secá-las
Hoje, assim como ontem
Quase ninguém escuta
Aquilo que fala o coração
A melhor maneira
de viver como não se quer
Começa em fazer e fazer e fazer
Aquilo que quer
da maneira que convier
Nos fundos de algum quintal
Um poço secou
E se olhar direito
Talvez o olhar que existiu
Jamais tenha sido
do jeito que a gente viu.
Edson Ricardo Paiva.
Castelos de areia
Montanhas na Lua
...ou em Marte
Todas feitas de açúcar
Em algum lugar
Um lugar onde ainda não fui
Destarte, somente as areias
mas sem os castelos
Um sorriso amarelo
Naquele eterno jeito triste de viver
As alegrias esperadas
Trazem sempre
Outras tristezas
E poucas risadas
Marte está tão distante...
A vida segue adiante
Ainda resta sonhar-te
Sexta-feira choveu
Todo mundo que eu vi
Se molhou
Menos eu.
Edson Ricardo Paiva
Numa Tarde Qualquer.
Numa tarde qualquer
de um dia mais qualquer ainda
Talvez um vento no rosto
Um resto de saudade
Pesadas lembranças
Que o peso dos anos
Não suavizou
Uma dor no peito
O manso jeito
de olhar o mundo
Nunca mais foi o mesmo
Aquele tempo leve
Algo levou
Passou
Foi tão breve
Pode ser que hoje
Você reveja os motivos
Por tantos anos se esquivou
de lembranças tão vivas
Não te cabia
Mas sabe
Que um dia
Numa tarde qualquer
de um lindo dia
Ainda assim
Um dia mais qualquer ainda
Acaba
Tudo finda.
Edson Ricardo Paiva
Tua vida, uma ilusão.
Se refaça
Procure
por um pouco de graça
Em sua vida
Olhe pra si mesmo
e responda
Se o caminho que trilhais
Não estará te levando
Pra demais distante
da alegria de viver a vida
Mira-te a ti mesmo
Diante do espelho
Reflita
Se a velha receita que jamais deu certo
E o infarto constante
Aquele que vem tentando derrotar-te
a cada instante
Na curta viagem indecisa e dividida
Será que tem visto
Miragens no espelho
Em vez da mesma imagem refletida?
Isso, é você quem deve decidir
Mas...
Decida
Talvez essa existência
Seja mesmo uma ilusão
Um tanto rude
Mas, até onde se sabe
É sua ainda
Portanto
Talvez seja sua hora de escolher
A ilusão
Que mais e melhor
Te ilude
Edson Ricardo Paiva
Difícil responder
O que vai ou permanece
Tudo um dia se vai
Inclusive a gente
Que simplesmente vive
E se esquece
de atentar para um fato:
Em meio a tanta mudança
Existirá clareza na lembrança?
Não sabemos dizer
Se as águas do rio se foram
Ou se o rio carregou a gente
A paisagem muda
Conforme a ilusão
Há, contudo, uma certeza
Tudo se vai
Quase tudo se foi
E se a gente também não ficou
Será que as águas do rio passaram
Ou o rio carregou a gente
Paisagens, imagens, miragens
Será esta vida uma passagem
Ou a gente há de ficar
Enquanto o tempo e a vida
Assim como as águas de um rio
Haverão de sumir na curva
A visão vai turvando
Eu aqui, calado
De vez em quando me pergunto
Será que tudo passou pela gente
Nas águas de um rio gelado
Ou o rio carregou todo mundo
E aquele tempo ficou no passado?
Edson Ricardo Paiva
"Meu Deus, me ensine a ser um imbecil; para assistir televisão domingo à tarde no Brasil "
Edson Ricardo Paiva
Amanhece mais um dia
O tempo passa
O mundo gira
Nasce o Sol
E o Sol se põe
Nuns dias
a gente sabe onde vai
Noutros não
É somente uma questão de tempo
A vida vai correndo como um rio
Os sinos tocam
Mas você não os escuta
Sopra o vento
E vai mudando a cara do mundo
Momento a momento
Corre o rio
Frio e calor
Seu coração se enchendo de amor
Transborda segredos
Pra depois se transformar em ódio
Ódio em medo
E o medo traz saudade
Nesse momento você pensa
Que já possui sabedoria
Mas foi só mais um dia
Um dia na vida que passa
Não há nada que se faça
Ou que se possa fazer
A vida passa
O cansaço te alcança
O teu coração repleto de espaços
Incompletos
Vazio de valor
Amores e abraços
Agora há somente
Espaço e lembrança.
Edson Ricardo Paiva.
Relendo um pedaço de vida
Escrito qual fosse
Endereçado aos Céus
Redigido em dourado
Uma longa descrição de nada
De frase em frase
O sentido das coisas muda
Depois de alguns pontos finais
Na mesma linha, ainda tentava
Enquanto a ideia era a mesma
O mesmo fôlego, depois da virgula
Um aposto
Reticências
A vida seguindo entre aspas
Navegava
Dígrafos e interjeições
Transmutanto em novas
As mesmas sempre velhas sensações
Esperanças em letras maiúsculas
O parágrafo insistente
Uma pausa a cada nova esclamação
O sinal que interroga
Uma praga que rogam
Bem querer descrito
Um mal feito
O antônimo de tudo
Transformando agora em nada
O que parecia
Tão bonito no princípio
Quem leu
Pouco soube interpretar
Lentamente
Sem sentido
Eis que surge
O último ponto final
Se fecha o livro
Livre pra prosseguir
O verbo é viver sem destino
Despedida; substantivo feminino
Sem sínteses
Nem parêntesis.
Edson Ricardo Paiva
O tempo é ferrugem
No metal da vida
A água foi sob a ponte
Um pássaro que eu nunca vi
Cantando perto da janela
Outras flores que surgem
A vida passa
Seja ela
cheia ou vazia
A lenha queima na fogueira
Ofusca a estrela lá no Céu
Um dia
de todas as estrelas que se vê no Céu
Restarão somente cinzas
Outras estrelas surgirão
Outro chão
Outros Céus
Outras vidas
Devagar e lentamente
Mas a gente nunca dispõe
de tanto tempo assim
Pra prestar atenção que nosso tempo
Diante do tempo
é nada.
Edson Ricardo Paiva.
Se um dia
A saudade não cabe mais
Dentro da gente
Insistente
Infinitamente a vontade grita
Mas grita sempre em silêncio
E por mais
Que a saudade não mais nos caiba
Saiba, assim como ela sabe
Que nem tudo termina
No lugar onde a gente queria
Pode ser que o mundo acabe ontem
E o Céu que se vê
Já desabou faz alguns dias
Porém
Se cair amanhã
Tomara que ele caia em cima de você
Saudade que me vem
A ninguém convém
Morrer de saudade
Ou viver de esperança
A vida se torna vã
Numa constante despedida
Comprometida num descompromisso
Nem morte e muito menos vida
Só algo que lembra a isso.
Edson Ricardo Paiva
Pensamentos
Momento a momento
Um novo pensamento
Um mesmo velho pensamento
É como eu puxasse a algo
Que voltasse sempre ileso
E amarrado em um barbante
Monoideista
Coração egoísta
Lealdade insistente
Isso foi ontem
Tudo aquilo foi antes
Mas eu não posso ser eu mesmo
Sendo apenas eu somente
Se o dia de ontem
Não estiver lá amanhã
Nada vai restar de mim
Além desses pensamentos
Instante a instante
Presos insistentes
A um barbante
Invisível
Sempre ileso.
Edson Ricardo Paiva
Um dia o dia nasce
Como nascem os dias
Todo dia
Mas conforme o tempo passa
Vemos que se vão caindo
As vendas de nossos olhos
Os dias passam
Assim compreendemos
As lendas do passado no presente
Ou não
Isso é uma decisão só da gente
Compreender
A profundidade da vida e do Mundo
Podemos apenas passar por eles
Ser mais um
O Mundo prossegue girando
E não pára pra esperar ninguém
O vento carrega as folhas e o pó
Depende da minha vontade
Ser folha, ser só isso
Conhecer ou não
A verdade que me aguarda
No pouco que eu puder mudar
Em tudo isso
Os dias nascem
E vão continuar a nascer todo dia
Sem que a imensa maioria
Faça conta ou questão
De entender o motivo disso tudo
Mas saiba
Existe sim uma razão
Isso
É você que deve descobrir
Ou não.
Edson Ricardo Paiva.
Pra cada dia uma noite
Uma morte a cada vida
E pra cada norte um rumo
Vários ventos sem direção
Em cada mar, muitos naufrágios
A saudade que se vê tão só
A pá de terra sobre o tempo
O erro que me acerta
A resposta certa eu nunca soube
A tarde que não me cabe
Antes que o Céu
Desabe por sobre essas nuvens
Há pra cada chuva, um Céu
Mas não sei dizer
de quantos Céus há sobre nós
Sob meus pés
Estrada e pó
Simplesmente mais nada
Pra cada vida
Uma morte apenas
Viver de espera
Termina
Na serena morte
De sorte que ela vence no final
Pra cada um
Há outro igual
Só não se sabe onde.
Edson Ricardo Paiva
Eu não sei que outro nome se dá
Pra'quela coisa que tem um nome
Mas que cuja pronúncia
Me causa uma coisa ruim
E que eu não sei dizer que nome tem
Eu queria saber explicar
Que espécie de dor é esta
Um desconforto que cresce
E ao mesmo tempo
Me transporta, me deixa absorto
Dói em tudo quanto é lugar
Mas não sei te dizer onde dói
É algum tipo de chama
Fria e gelada
De olhar o Céu muito azul
E só ver nuvens de tempestade
É ver a idade avançar antes do tempo
Com tudo de ruim que o tempo faz
E depois do tempo, o nada
Uma pressa que termine o dia
Mesmo sabendo que amanhã
Essa dor que me acompanha vai voltar
Uma dor de tristeza que não passa
E que não pensa em me deixar
Creio
Que se realmente existe uma alma
Essa dor tá doendo é lá.
Edson Ricardo Paiva.
Amanhece o dia
A loucura, sorridente e imperativa
Tenta um dedo de prosa
A mostrar-se combalida
Procura fingir-se amiga
Loucura que me engana
no final da noite
Besta-fera que me espera
Me acorda de voz suave
Não concordo
Há grave briga
Me abandona de madrugada
Loucura falsa e verdadeira
Com sua face fingida
E tua urgência imperiosa
Inadiável, quando é tua
Se pudesse, eu te curava
Mas creio ser
Da tua natureza
Esse poder
De apodrecer a tudo que toca
Loucura louca
Que me faz só e com medo
Chorar em segredo
Imerso em solidão
Entardece agora
Daqui a pouco, noite escura
Penso em você como outro louco
Sempre odiando mais um pouco
Loucura verdadeira, voz fingida
Eu só queria compreender
Tamanho mal que fiz pra Deus
Te colocar na minha vida.
Edson Ricardo Paiva
Eu penso em conhecer uma mulher
Que possua um sorriso lindo
E que fique feliz
Sempre que souber
que eu venho vindo
Eu quero uma mulher
Que cuide de mim
Enquanto eu estiver dormindo
Uma mulher que seja linda
E que tenha um olhar
Mais lindo ainda
E que esse olhar seja pra mim
Um olhar assim
Sem maldade,
repleto de perversidade
e me complete
e me aquiete
Sem trazer nem exigir
prova de nada
E simplesmente
Jamais me queira ver triste
Eu quero uma mulher
Que eu acho que não existe
Edson Ricardo Paiva.e Fellipe Arcanjo.
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