Mensagem para Alguém Especial que Morreu

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(...) Com efeito, não é o passado ou o futuro que perdemos; como poderia alguém arrebatar-nos o que não temos?

Gostar de alguém faz você pensar que qualquer oi ou qualquer tchau pode ter algum significado especial.

Preciso sim, preciso tanto. Alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis.

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. Viver é uma espécie de loucura que a morte faz.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1978.

Me sinto muito solitário. Mas não consigo encontrar alguém que me entenda e, a essa altura, já não sei dividir mais nada, muito menos apartamento. Já não tenho saco para ser cobrado de nada. Gosto de ficar sozinho com meus versos, escutando música ou simplesmente em silêncio. Sempre fui um cara certinho, sem as rebeldias dos jovens atuais. Claro que algumas vezes dava minhas fugidinhas de casa, mas sempre voltava como um bom menino.

Se você ama algo ou alguém deixa que parta. Se for seu voltará, se não é porque jamais seria.

Desconhecido

Nota: Autoria por vezes atribuída a William Shakespeare.

(...) onde a maldade era fria e intensa como um banho de gelo. Como se visse alguém beber água e descobrisse que tinha sede, sede profunda e velha. Talvez fosse apenas falta de vida: estava vivendo menos do que podia e imaginava que sua sede pedisse inundações. Talvez apenas alguns goles...

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Receita da vida feliz: algo para fazer, alguém para amar e esperança no futuro.

Elvis Presley

Nota: Autoria não confirmada. Frase também atribuída a Rita Mae Brown, Immanuel Kant e Alexander Chalmers.

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Se alguém quiser o teu mal e por acaso te ferir,
não se deixe abalar e sorria:
ser feliz é a melhor vingança.

Estou procurando, estou procurando. Estou tentando entender. Tentando dar a alguém o que vivi e não sei a quem, mas não quero ficar com o que vivi. Não sei o que fazer do que vivi, tenho medo dessa desorganização profunda. Não confio no que me aconteceu. Aconteceu-me alguma coisa que eu, pelo fato de não a saber como viver, vivi uma outra? A isso quereria chamar desorganização, e teria a segurança de me aventurar, porque saberia depois para onde voltar: para a organização anterior. A isso prefiro chamar desorganização pois não quero me confirmar no que vivi -na confirmação de mim eu perderia o mundo como eu o tinha, e sei que não tenho capacidade para outro.

Clarice Lispector
LISPECTOR, C. A Paixão Segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Você não pode ter medo de perder quem você ama para alguém, afinal você não tem as pessoas. Você está com elas. Logo, se você não as possui, você não pode perdê-las.

Estar apaixonado é querer dividir o dia-a-dia, mesmo que sejam coisas comuns. Se feitas com alguém amado, se tornam especiais.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém...

Amor-próprio e orgulho são coisas totalmente diferentes. Não confunda. Você ir atrás de alguém após uma briga, sabendo que está errado, é passar por cima do seu orgulho. Agora se humilhar constantemente por causa de alguém, é falta de amor-próprio.

Essa sensação estranha de sempre precisar de alguém. Alguém pra conversar, alguém pra me fazer rir ou só alguém pra não me deixar chorar.

Se existe algum consolo na tragédia de perder alguém que amamos tanto, é a esperança, sempre necessária, de que talvez tenha sido melhor assim.
Eu durmo e acordo com essa certeza...

("A Bruxa de Portobello")

Sempre só. Eu vivo procurando alguém que sofra como eu também, mas não consigo achar ninguém.

Quando alguém passa a mão no pêlo de um gato, ele ronrona. Da mesma forma, quando se elogia um homem, seu rosto reflete um doce enlevo e alegria.

Quero um amor sossegado. Alguém para me abraçar, assistir um filme, jogar baralho, viajar, conversar, contar o dia, fazer cafuné, dar apoio, confortar. Quero troca, carinho, respeito, cumplicidade. O amor é uma amizade sem inveja. É um sonho com realidade. É uma realidade sem photoshop. O amor é um abraço apertado, um olhar que se encontra, um silêncio que não incomoda, um barulho de onda, um gosto bom. Não tem serenata, mas tem bilhetinho dentro da bolsa. E rotina, cansaço, discussão, divergências de opinião. Mas, acima de tudo, tem paciência. E vontade.

O fato de que sou escritora: uma mulher escritora, não uma dona-de-casa que escreve, mas alguém cuja existência, em sua totalidade, é comandada pelo ato de escrever.