Mensagem de Despedida para Falecidos

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Minha sorte está lançada
Eu sou, eu sou estrada
Eu sou, eu sou levada
Eu sou, eu sou partida
Contra o grande nada - lá vou eu!
Ao romper da madrugada
O sol no pensamento
E o tempo contra o vento
E a minha voz alçada
Contra o grande nada - lá vou eu!
"Quem vem lá?" Pergunta a solidão
"Sou eu!"
Sou eu que vou porque o meu tempo nasceu

Entre os ecos do infinito
Eu grito, eu mato a solidão
Eu sou meu tempo, eu vou
A ferro e fogo, eu corro
Eu vou, eu canto e grito: amor!
Eu vou, eu vou, eu canto e grito: amor!

Vinicius de Moraes
Letra da música "Meu Tempo", composta por Vinicius de Moraes com Marília Medalha.

Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.

O amor é o carinho,
É o espinho que não se vê em cada flor.
É a vida quando
Chega sangrando aberta
em pétalas de amor

Vinicius de Moraes

Nota: Letra da música "O Velho e a Flor", composta por Vinícius de Moraes, Toquinho e Luis Enríquez Bacalov.

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A música das almas...
Na manhã infinita as nuvens surgiram como a loucura numa alma. E o vento como o instinto desceu os braços das árvores que estrangulavam a terra...
Depois veio a claridade, os grandes rios, céus, a paz dos campos...
Mas nos caminhos todos choravam com os rostos levados para o alto.
Porque a vida tinha misteriosamente passado na tormenta.

Medo de Amar

Petrópolis
O céu está parado, não conta nenhum segredo
A estrada está parada, não leva a nenhum lugar
A areia do tempo escorre de entre meus dedos
Ai que medo de amar!

O sol põe em relevo todas as coisas que não pensam
Entre elas e eu, que imenso abismo secular...
As pessoas passam, não ouvem os gritos do meu silêncio
Ai que medo de amar!

Uma mulher me olha, em seu olhar há tanto enlevo
Tanta promessa de amor, tanto carinho para dar
Eu me ponho a soluçar por dentro, meu rosto está seco
Ai que medo de amar!

Dão-me uma rosa, aspiro fundo em seu recesso
E parto a cantar canções, sou um patético jogral
Mas viver me dói tanto! e eu hesito, estremeço...
Ai que medo de amar!

E assim me encontro: entro em crepúsculo, entardeço
Sou como a última sombra se estendendo sobre o mar
Ah, amor, meu tormento!... como por ti padeço...
Ai que medo de amar!

Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E ter todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.

Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode nunca mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhecer...
Pra que chorar
Se o sol já vai raiar
Se o dia vai amanhecer
Pra que sofrer
Se a lua vai nascer
É só o sol se pôr
Pra que chorar
Se existe amor
A questão é só de dar
A questão é só de dor
Quem não chorou
Quem não se lastimou
Não pode nunca mais dizer
Pra que chorar
Pra que sofrer
Se há sempre um novo amor
Em cada novo amanhecer...

Ninguém faz tudo bonito sempre. Até Deus. Ele fez o cavalo e também o rinoceronte

UM NOVO DIA

Um novo dia vem nascendo
Um novo sol já vai raiar
Parece a vida, rompendo em luz
E que nos convida a amar

Oh, meu irmão, não desespera
Espera a luz acontecer
Para que a vida renasça em paz
Nesse novo amanhecer

Surgem as abelhas em zoeira a sugar o mel das flores gentis
Param as ovelhas pelo monte, a recordar os horizontes felizes
Vindo à distância cantam galos em longínquos intervalos de sons
Pombos revoando, vão uivando, vão passando nestes céus tão azuis

Ah, quanta cor e luz!

E o movimento vai crescendo
Vai aumentando em amplidão
Parece a vida pulsar no ar
O bater de um coração

Sobem pregões vindos da praça
Começa o povo a aparecer

Quem quer comprar neste novo dia
A alegria de viver?

Vinicius de Moraes
Álbum "Deus lhe pague"

Nota: Música composta por Vinicius de Moraes e e Edu Lobo

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Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Tomara

Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz

E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinicius de Moraes

"Escrevi muito soneto
soneto brasileiro
Mas queria mesmo
era ser MC,
ser funkeiro"

" ... Quem já passou por essa vida e não viveu. Pode ser mais, mas sabe menos do que eu... Porque a vida só se dá, para quem se deu. Para quem amou, para quem chorou, para quem sofreu. Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada não! Não há mal pior do que a descrença, mesmo amor que não compensa, é melhor que a solidão..."

Acredita quem é otário, mais otário ainda é quem faz a pessoa acreditar no que você fala.

Trecho

Quem foi, perguntou o Celo
Que me desobedeceu?

Quem foi que entrou no meu reino
E em meu ouro remexeu?
Quem foi que pulou meu muro
E minhas rosas colheu?
Quem foi, perguntou o Celo
E a Flauta falou: Fui eu.


Mas quem foi, a Flauta disse
Que no meu quarto surgiu?
Quem foi que me deu um beijo
E em minha cama dormiu?
Quem foi que me fez perdida
E que me desiludiu?
Quem foi, perguntou a Flauta
E o velho Celo sorriu.

Senhor, abençoe nossa noite, que em nosso repouso possamos aquietar nossas preocupações e no silêncio de nossas almas possamos ouvir todas as respostas que precisamos.

Hoje chorei. Como havia muito tempo não chorava. Não havia razões claras. Apenas chorei. Talvez por razões passadas, histórias ancoradas no porto do meu ser, ali onde a dor não se ossificou, não se fez concreta, não mostrou a face, mas pairou soberana e silenciosa.
Talvez por razão nenhuma. Nem sempre a dor tem razão. Dói por doer, por não ser outra coisa, por ser dor apenas.

"O nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria. O que uma fez por incredulidade o desfez a outra pela fé”. (Santo Irineu de Lyon).

“Quando digo Ave, Maria, os céus sorriem, os anjos rejubilam, o mundo se alegra, treme o inferno e fogem os demônios. Vós sois, ó Maria, a filha do altíssimo Pai Celestial, a Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo e a Esposa do Divino Espírito Santo.” (São Francisco de Assis).

Vê agora a neutralidade deste globo, que nos leva, através dos espaços, como uma lancha de náufragos, que vai dar à costa: dorme hoje um casal de virtudes no mesmo espaço de chão que sofreu um casal de pecados. Amanhã pode lá dormir um eclesiástico, depois um assassino, depois um ferreiro, depois um poeta, e todos abençoarão esse canto de Terra, que lhes deu algumas ilusões.

Machado de Assis
Memórias póstumas de Brás Cubas

Acresce que a gente grave achará no livro umas aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola não achará nele o seu romance usual; e ei-lo aí fica privado da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas da opinião.

Machado de Assis
Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Typografia. Nacional, 1881

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