Mensagem de Despedida a Avo Falecida

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“” Acredito que amizade é isso que sinto quando lembro de você
Sei que estás distante, mas dentro do coração posso sentir sua presença.
E mesmo o tempo que passa, não deixa tua lembrança ir embora,
Parece que foi ontem que nos encontramos... “”

“” O bom da internet é isso
Fazemos amigos que nem imaginávamos que existiam
E recebemos carinhos que nem pensávamos merecer...””

“” Eu poderia estar roubando... Corações
Traficando... Emoções
Matando... Esperanças
Mas não
Estou aqui escrevendo poesia
Será isso alguma mania
Ou apenas ilusão...””

“” Mulher não é feito objeto,
Para ser usada e deixada de lado
Mulher deve ser acariciada
Desejada e amada
Por alguém muito especial...””

“” É preciso olhar dentro da alma
Ver as falhas, os medos, as dores
E recomeçar com garra
Com fé, com paixão
Deus dará a força necessária ...””

“” Capricha no baton, no make
Compra aquela blusa nova que você tanto gostou
A concorrência “ta” grande
É preciso superar-se

Quem sabe um pouco de investimento
Mude em você aquele ponto que você não gosta
E te traga pra mais perto
Aquele outro “” que você quer

Vai lá
Hoje é seu dia...””

⁠É no errar e reconhecer, que muitas vezes se encontra o norte da vida.
Quem julga que não erra, jamais o achará.

⁠É preciso ferir os pés nas pedras do caminho e as mãos nos espinhos da vida, para sabermos quanto custou uma pequena fatia de felicidade.

⁠TENTAÇÃO

Enfeitava-se de lantejoulas
E vestia uma espécie de ceroulas
Sobre um corpo muito moreno
Pequeno,
Quase ao chocolate negro,
De púbis atena
Com cheiros de açucena
Muito farfalhuda
Negra, barbuda
Como as do pirata
Primata
Dos sete mares
Sentidos
Mas não percorridos.
Nestes meus invividos
Ares
Altares
Sem fé de sentir
O doce do fruto maduro
Sem ser só pão duro
Neste mundo inexplicável
Por tanto inextricável
Do que foi
E do que está para vir
Como um boi
Puxa a carroça da troça
Doente, por não poder fugir.
E a pequena esfinge
Egipciana
Era uma mulher que finge
Estar comigo na cama
Da ilusão,
Apenas, cruel tentação!

(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 10-08-2022)

⁠ÁGUA NOSSA
Água nossa, que estás na terra,
Vivificado seja o teu nome,
Venha a nós o teu manancial,
Seja feita a nossa vontade
Assim sempre neste mal.
A água pão de cada dia nos dai hoje.
Perdoa-nos os crimes cometidos
Contra a natureza-mãe,
Que nós não sabemos perdoar
Aos ofendidos;
Nunca nos deixes sem uma gota
Que seja do teu bem.
............................................
E o povo rezava e o mundo orava
Aos deuses da água...
Mas a água não não veio.
Voltou o povo a rezar e o mundo a orar
Às luas das águas...
Mas as águas fugiram.
Então, o povo e o mundo não rezou mais!
Vieram todos e choraram,
Carpiram ao mesmo tempo
Em louco lamento...
Depois, a terra seca
Ficou inundada de água
Das lágrimas caídas
Vertidas
Pelo povo infecundo
E pelo mundo.
Amém!
(Carlos De Castro, in Poesia Num País Sem Censura, em 16-08-2022)

⁠“QUANDO AS GALINHAS CANTAVAM ÓPERA

Linda, a pastora penuda que comigo ia,
Calcorreando tão verdíssimos prados,
A pastar o gado da nossa fantasia,
De beijos, abraços e mais pecados.

E assim, lá íamos amantes babados,
Por entre folhagens e flores silvestres,
Almas puras, anjos sem pecados,
A não ser os fatais, dos terrestres.

Tudo era céu e luz brilhando,
Em piruetas de paixão vivida,
No colar de dois corpos, amando.

Oh, mas que cruel sina de vida!
A nossa, galo e galinha pastando,
Sem dentes para erva ressequida.

(Carlos De Castro, in Poesia num País Sem Censura, em 19-08-2022)”

⁠Um dia, pus uns óculos de sol, de lentes muito negras, para não ser conhecido.
Reconheceram-me todos, porque eu só uso óculos de sol, sem marca registada.

⁠SEGREDOS NA LUA CHEIA

Sempre vos quis segredar, ontem.
Antes que fosse anteontem.
Mas ninguém me ouviu.

Hoje, ouçam ou eu me agasto:
Fui feito da pedra de um crasto,
Minha mãe era a lua cheia
Meu pai era o brilho do sol
E desse amor, eu vim à boleia
Nesta estrada em caracol.

Segredo, guarda-se em cofre
Que tenha o coração ardente,
Se o não for, o confessor sofre
As penas de um ser demente.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 11-10-2022)

⁠Habituei-me de tal maneira às acidezes da vida, que hoje quando me querem dar a cheirar e degustar outras coisas revestidas de doçuras, eu, categoricamente, rejeito-as em nome da minha coerência.

⁠EM MIM

Só agora, no fim, serei
O ser que não fui,
Porque errei no escolher
Da sorte, por não saber
Que ela só flui
A quem tem a coragem
De viver,
Sem querer entender
Se a vida é quadrada
Ou redonda
Como o mundo
Profundo
Entre a areia dourada,
A terra e o mar
E aquela onda malvada
Que nos arrebatou
E na tragédia nos levou,
Para um poço sem fundo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 15-10-2023)

⁠SE

Se todos gostassem da minha poesia,
Jamais haveria
Paz no mundo.

O mar e as fontes secariam,
Os rios ao contrário correriam,
O ovo não teria gema
Nem o ovário
Seria berçário
De hormonas,
Neste meu mundo de sintomas
Da falta de teorema.

Seria o caos completo,
Tudo morreria
O absoluto e o obsoleto.

Por favor:
Para que haja paz no mundo,
Nunca leiam a minha poesia;
Podem até falecer de ironia,
Ou então ficar moribundo.

(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 12-11-2023)

⁠Perder a aliança é mau presságio?
Não! Mau presságio é não comprar outra imediatamente!

Essa tal loucura sã

Fico a imaginar como seria voar,
entre nuvens de algodão;
Nas estrelas repousar sob um canto de ninar, conhecido por trovão;

De carona em alto mar com golfinhos mergulhar, mil tesouros encontrar numa antiga embarcação;
E no fundo desse mar bons amigos encontrar,
uma festa vamos dar para então comemorar a chegada do verão;

E quando a noite chegar, carneirinhos vou contar, e com eles vou brincar até no sono pegar;
Quando enfim o sol raiar, bem ligeira vou estar entre campos perfumados muitas flores ao meu lado, meu perfume a exalar;

Margaridas ou jasmim?
Beija-flor ou bem-ti-vi?
Fico aqui ou volto lá, para o mundo encarar?

Tenho muito pra viver, bons lugares conhecer;
Que loucura vão achar, posso mesmo louca estar,
mas aqui é meu lugar,
aqui ei de ficar.

Gosto de gente pra frente,
que não tem medo de errar,
mas se acontece, reconhece;
Gosto de gente prudente,
que chega com calma
e cativa a alma;
Gosto de gente inocente,
com olhar puro e transparente;
Gosto de gente inteligente,
que saiba se expressar
sem muito blá blá blá;
Não gosto de gente prepotente,
que se julga superior,
mas não tem nada que acrescente;
Gosto de gente descente,
que sonha com o futuro,
mas vive o presente;
Gosto de gente sorridente;
que acha graça na vida,
Ah...! Isso sim me deixa contente;
Gosto de gente que ama,
que valoriza, que cuida,
que sente;
Gosto de gente vivente,
que compreende
que o amanhã a Deus pertence;
Gosto de gente que é gente,
não por acidente.

⁠Quem me dera...

Quem me dera acordar do seu lado
Meu corpo ao seu enroscado
Na cama, o lençol bagunçado
Sem pressa, sem preço, sem medo;

Quem me dera sentir seu abraço
Cheiro de amor por todo lado
Risos soltos, cabelo bagunçado
Um café, um beijo e desejo

Quem me dera sonhar acordado
Sol na janela, nosso convidado
Doce sabor de te ter
Sentindo na pele você

Quem me dera vestir sua camisa
Brincar com você de preguiça
Relógio desligado
Lá fora o tempo parado
O mundo, só eu e você

Quem me dera...
Quem me dera...