Memorias de um Sargento de Melicia
As memórias que me assombravam voltaram à tona. Seria uma lembrança do meu passado? Ou a história estaria se repetindo?
“Não sei por que você me visita todas as noites em meus sonhos, não sei se são memorias mortas que talvez meu subconsciente não queira matar ou se é um sentimento que ainda vive .”
A tua falta era acúmulo e eu ainda não aprendi a me desfazer das coisas antigas. Persigo memórias. Relato perdas no diário. Desenho numa folha rabiscada. Nada disso me trás tua lembrança.
Corro, rio, comemoro o desalento. Me apego novamente e me lembro. Paro e recordo. Relembro a saudade. Recordo o sorriso. Recordo a tua despedida. Ando pra longe da imagem que agora persiste no pensamento e paro novamente, só então recorto a tua presença de minha lembrança.
Queria ser eu, a poeira da biblioteca da suas memórias, pois somente assim, saberia a verdadeira história por de traz de sua ternura.
MEMÓRIAS
Os dias vejo fugir ,
voar as horas
Sem achar risos
de tua ternura
Resta a esperança
tu sentires minha ausência
Doer tanto quanto dói em mim
Penso menos nos bons tempos
Parece que estão se apagando
Aproximo rápido do esquecimento
por completo de tua existência
Aliada a minha vida.
Antes Ânsias terríveis,
Lembranças de nossos
íntimos momentos
Vagas imagens de teu semblante
Tantas lembranças...
Será esse nosso final?
Lembranças?
______________ Maria Izabel Sá Ribeiro
SUSTÂNCIA
para memórias fracas
que vivem anêmicas
ruminando o outrora
a melhor vitamina
para se tomar
é o agora
tanto momentos que se passaram,
em minhas memorias sua face...
me lembra a morte me beijando,
envolta em sangue deixei tudo para te amar,
sois a vida que levei um templo
do qual ouvi notas tão baixas,
que senti seu coração...
cantar meu nome...
por décadas chamei todos....
para contemplar seu amor,
em chamas que abranda a solidão
de eras que me apaixonei...
Eu não queria ser esse museu de memórias aberto o tempo inteiro esperando sempre que algum dia alguém resolva aparecer pra verificar se os vestígios continuam existindo. Eu queria não precisar sempre eternizar as coisas por medo de que elas se percam no tempo, e com o tempo.
Entre a consciência de tudo que eu queria não lembrar, e o orgulho tudo que eu não admito esquecer, concluo; nada é permanente, mas tudo permanece.
"Memórias são arquivos que se acumulam na tela de nossa alma, chegará um momento que por falta de espaço em nosso HD vital teremos que arquivar algumas delas, a sua sabedoria estará em como recuperar quando necessário"
MEMÓRIAS
Mesmo ausente
a tua lembrança
é um presente
deixado na mente.
Marca indelével
de escrita intangível
por ser invisível
de tão sensível.
Tempos não voltam
e ainda não passam,
vagueiam perdidos
em nossa memórias.
Somos histórias
de vida, de amor
de luta, alegria e dor
Continuamos vivendo
ocultos na morte,
ditando o norte.
Através de legados
do ontem de alguém
que foi nosso bem.
MEMÓRIAS
Dou notícia a respeito de meus amores:
Estão todos sepultados em uma cova rasa,
Em um longínquo e frio pedaço do meu coração.
Mas continuou levando-lhes flores.
Quantas vezes me flagrei, relendo cartas, olhando fotografias, remexendo no baú de memórias...
Eu precisava me desvencilhar do passado, mas como doem essas etapas que precisamos transpor... essas vestes que precisamos despir, esse estar constantemente no passado, esse não querer deixar partir...
Mas eu precisava sair daquele torpor em que me encontrava, precisava sair do quarto escuro, precisava de luz, de leveza...
Precisava ‘reflorescer’
Não é engraçado como as memórias que você mais ama antes de uma separação, se tornam nos seus piores inimigos depois? Os pensamentos que você adorava lembrar, as memórias que você gostava de ver de cada ângulo possível - de repente é muito mais seguro guardá-las numa caixa, longe da luz do dia e jogar fora a chave. Não é um ato de amargura. É um ato de auto-preservação.
hoje maduro, posso afirmar que meu maior conflito e o meu destino, memórias ecoam em meus pensamentos, se eu poder-se voltar no tempo, cometeria os mesmo erros, ora ser falho e uma característica que devo carregar, nada faz sentido , ou tudo faz sentido, o preço da duvida e alto, há dias não escrevo com o coração, lamento, a razão tomou conta do meu ser, e meu pequeno mundo que construi, desaba quando eu penso.
Resgatei as memórias que protegi da chuva.
E das quase me afogou.
E uma vez fora do mar, embalada pela noite e pela brisa.
Gritei alto: Venha meu amor deleita-me na areia. E quando o sol se levantar
Sobre meus ombros... Na tristeza... Um sorriso.