Meia Hora
A vida é curta demais para não tomar banho de chuva
Fiquei trinta minutos esperando a chuva passar.
Sozinha.
Era umas 19h50.
A rua estava vazia.
Haviam casas em volta, mas não comércios.
Sob a forte chuva, todos os moradores, escondiam-se no conforto de seus lares.
Fiquei ali quietinha, embaixo de uma marquise, observando os pingos baterem agressivamente no chão.
O ritmo era forte.
Os raios me assustavam, os trovões não.
Não havia vento, então os pingos caiam retos.
O tempo passava.
A bateria do celular pedia carga.
Dane-se a bateria.
Não reclamei por estar ilhada, muito menos por estar me atrasando para um compromisso que começaria em uma hora. Pelo contrário, sentia paz.
Poderia ficar observando cada movimento improvisado daquele temporal, por mais um bom tempo.
Isso me fascina.
Cada ação que não planejei, gosto de acreditar que é Deus mudando a minha rota.
Era para ser assim, por que algo melhor haveria de acontecer.
Então naquele instante, ele queria que eu estivesse bem ali, talvez querendo saber, o que eu era capaz de fazer com o que ele havia me dado.
Então saí de onde estava parada.
Caminhei lentamente para casa, eram cinco quadras.
Literalmente, uma caminhada apreciação.
Então nenhum outro pensamento, se instalou em mim.
Era eu, os passos, e uma sinfonia divina. _
"A chuva tem esse som mágico, impossível de ser reproduzido por um instrumento, impossível de ser comparado.
Misteriosa.
Ao mesmo tempo que é serena, pode ser devastadora.
Ao mesmo tempo que é linda, pode ser assustadora.
A chuva, é um pouco nós.
Líquida.
Líquidos somos".
Molhei tudo, a bolsa, a roupa, o celular, o corpo e o coração... Mas agora estou aqui, seca, mas de alma lavada.
As vezes, a gente só precisa levar mais a sério os pequenos prazeres, por que são eles que nos fazem sentirmos gratos e felizes. E Deus, a todo instante nos coloca diante desses "pequenos prazeres", mas quase sempre a gente escolhe chama-los de problemas.
Pense nisso, e lembre-se: A vida é curta demais para não tomar banho de chuva, e para não fazer valer os improvisos.
Retire um tempo para a reflexão todos os dias. Que seja um, dois, cinco ou até trinta minutos, mas nunca deixe de colocar para fora as ideias e sentimentos que habitam dentro de si. O grande pensador é aquele que engrandece seus pequenos pensamentos vindos do fundo de sua alma.
Doze horas, trinta minutos e quarenta segundos. Estava lá, parado na esquina do lado direito da rua direita. Vestia camisa azul, bermuda quadriculada e uma sandália de dedo branca. Olhava o relógio enquanto atravessava apressadamente a rua e, graças a essa falta de atenção, nos esbarramos e trocamos o primeiro “ Oi, desculpa! É que... É... Enfim, desculpa! Estava sem prestar atenção ao atravessar e...” . Sorriso, olhar, mãos trêmulas e frias, tudo seguido de muita timidez. O nome? Não sei! Tampouco onde mora ou porque a pressa. É... Eram 12:30:40 e eu dormia, mas se tivesse acordada e parada na esquina do lado direito da rua direita, e visse um cara de camisa azul, bermuda quadriculada e sandália de dedo, olhando as horas, talvez tivesse me apaixonado. Afinal de contas, uma paixão pode surgir em qualquer lugar, a qualquer hora, com qualquer pessoa parada na esquina de qualquer rua.
"Naquela mesma noite, escrevi minha primeira história. Levei trinta minutos para fazê-lo. Era um pequeno conto meio soturno sobre um homem que encontra um cálice mágico e fica sabendo que, se chorar dentro dele, suas lágrimas vão se transformar em pérolas. Mas, embora tenha sido sempre muito pobre, ele era feliz e raramente chorava. Tratou então de encontrar meios de ficar triste para que as suas lágrimas pudessem fazer dele um homem rico. Quanto mais acumulava pérolas, mais ambicioso ficava. A história terminava com o homem sentado em uma montanha de pérolas, segurando uma faca na mão, chorando inconsolável dentro de um cálice e tendo nos braços o cadáver da esposa que tanto amava." (Caçador de Pipas, Quatro, página 37)
Se conselho fosse bom não se dava vendia então trinta minutos de exercício todos os dias é uma ótima pedida .
Vírgula
Eu menino às onze horas e trinta minutos
a procurar o dia em que não te fale
feito de resistências e ameaças — Este mundo
compreende tanto no meio em que vive
tanto no que devemos pensar.
A experiência o contrário da raiz originária aliás
demasiado formal para que se possa acreditar
no mais rigoroso sentido da palavra.
Tanta metafísica eu e tu
que já não acreditamos como antes
diferentes daquilo que entendem os filósofos
— constitui uma realidade
que não consegue dominar (nem ele próprio)
as forças primitivas
quando já se tem pretendido ordens à vida humana
em conflito com outras surge agora
a necessidade dos Oásis Perdidos.
E vistas assim as coisas fragmentariamente é certo
e a custo na imensidão da desordem
a que terão de ser constantemente arrancadas
— são da máxima importância as Velhas Concepções pois
a cada momento corremos grandes riscos
desconcertantes e de sinistra estranheza.
Resulta isto dum olhar rápido sobre a cidade desconhecida.
E abstraindo dos versos que neste poema se referem ao mundo humano
vemos que ninguém até hoje se apossou do homem
como o frágil véu que nos separa vedados e proibidos.
Música TRINTA MINUTOS
As pessoas nunca tiveram tanto tempo para refletir!
E eu ... só precisava de trinta minutos!
Sei que alguns sentimentos nascem indomáveis como cavalos selvagens.
E que o tempo é a arte de transformar pessoas e coisas ao longo da vida.
O Lápis, o Papel e a Borracha que o digam!
Então Deixa!
Porque o timbre da sua voz já encharcou de prazer os sensores de minha alma, como se eu estivesse quase lá!
Porque já me esqueci do estigma das paixões quando flutuei no céu de seus olhos, como se eu pudesse voar!
Então Deixa!
Porque o segredo já virou desejo e a namoradeira foi tatuada na janela de minha alma, e seu sorriso está sempre lá!
Então Deixa!
Porque trinta dias já se foram e não passei trinta minutos sem pensar em você! Como conseguiria se seu sorriso está sempre lá!
Então Deixa! Porque trinta minutos se foram enquanto eu compunha a canção para tentar te esquecer, mas pensando em você!
Minuit
Onze e meia. Melhor, vinte três horas e trinta minutos. Ela ainda não estava pronta. Sempre fora assim. Não se dava bem com o tique-taque do relógio. Se fosse necessário estar pronta às vinte horas, marcava as dezenove. Ainda assim, os cinco minutos a mais eram sagrados. Vivia em descompasso, mas era assim que vivia. Bem, estava quase pronta. Apenas faltava-lhe alguma coisa. Só não sabia o que era.
Cabelos soltos, macios. Corpo desenhado por um vestido que lhe deixava os seios livres, ligeiramente excitados com o toque e a leveza do tecido. Salto alto. Olhos marcantes. Boca desenhada. Um anel apenas. Era assim que gostava. Um anel, uma pulseira. Brincos, sim. Os brincos eram maiores. Perfume. Claro, perfume.
Volta e meia ao espelho, e ela se depara com a imagem dele logo atrás. Toda a cena tinha sido minuciosamente acompanhada por ele. Desde o início, há muito tempo ele a observava.
Carinhosa, ela o abraça. Sente um misto de saudade, tristeza, não entende bem o que é. Não diz nada. Só o abraça. Impossível não recordar.
As cartas ainda estavam sobre a cama, as fotos também. Por pouco não se desfizera de tudo que viveram. Por pouco não queimara todas as lembranças, os bilhetinhos, as juras, as promessas! Não fosse aquele olhar, não fosse aquele abraço...
Muitas vezes pensara nisso. Em devolver tudo. Em queimar tudo. Em doar tudo. Nunca tivera coragem para tanto. Não eram as fotos que incomodavam, não eram as cartas que machucavam. Era o que não saía da memória que feria, apertava, sufocava. Não adiantava se desfazer do que o coração ainda sentia.
E o relógio continuava a trabalhar.
Então, devagarzinho ela o deixa. Afasta-se um pouco, se recompõe, e ele fica ali, com o mesmo olhar de sempre.
Anda mais alguns passos, e à saída de casa ainda sente que lhe falta alguma coisa.
Volta ao quarto, olha-se ao espelho pela última vez, dirige-se até onde ele continua, dá-lhe um beijo de boa noite, e abaixa o porta-retrato.
Pronto. Agora não faltava mais nada.
Meia-noite. Já era um novo dia. Era hora de sair...
Taí sujeito bom! Fez até seguro pra sogra... Meia hora depois da véia morta ele providenciou o seguro de vida da sogrinha!
E eu fico com aquela sensação meio adriana-calcanhoto-vem-vambora-você-tem-meia-hora-pra-mudar-a-minha-vida... mas vai passar. Porque eu me conheço e eu já comecei a achar você estranho. Meio idiota até. E eu lamento, sabe? Profundamente? Porque podia ter sido incrível. Absoluta e irreversivelmente incrível. E nunca, nunca mais vai ser.
É isso. Um brinde a todas às impossibilidades não-vividas ... pra que elas se libertem, sabe? E talvez o mundo gire e você tenha sempre com você a incógnita do que nunca vai encontrar por aí... (nem tão cedo.) (Não como a gente.) (Não como eu.)
Só que eu não vou estar mais aqui.
"- Queria que houvesse um serviço de telessoluções entregues a domicílio em menos de meia hora. Que gorjeta boa eu daria."
Tranque sua esposa e seu cachorro no porta-malas do seu carro. Após meia hora abra o porta-malas e veja quem está mais feliz em lhe ver.
Me de um tema que em menos de meia hora te faço um poema, eu sou assim , tenho facilidade em escrever, mais tenho dificuldade em falar.
Não quero ficar feliz meia hora e o resto do dia triste,
Não quero esperar afetividade de onde só vêm espinhos,
Nao quero ter medo, nem saudade nem ninguém, na verdade.
Prefiro minha frieza, prefiro minha tristeza, prefiro viver sozinho.
Nunca gostei de "faz de conta" e não é hoje que vou gostar, já que não recebo o que quero, prefiro me retirar.
Se te derem uma hora para resolver um problema use no mínimo meia hora buscando entender se é realmente um problema, caso seja, mais metade do tempo que faltar para analisar bem ele antes de mover um só músculo.
UM DESPERTAR COMUM +16
abrir os olhos antes do despertador despertar.
ficar meia hora na cama tentando levantar.
ligar computador e aparelhos celular.
com todo o silencio tudo esta tao normal.
colocar aguá pra ferver em quanto o banho tomar.
sair e terminar o café mais cheiroso e forte da vizinhança.
lembrar de sorrir e tratar todo mundo bem ao sair de casa.
não xingar e nem adorar os que se acha dono do mundo.
la vou eu sorridente e inocente !
UM DESPERTAR COMUM +16
por caio oliva
Meu amanhecer
Acordar ainda na madrugada,
Enrolar meia hora na cama,
Ligar a radio rock,
Em quanto a agua do café não ferve
Eu não termino de tomar meu banho !
Meu amanhecer por caio oliva.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp