Medo Drummond
Já vivi o fim tantas vezes que aprendi a recomeçar sem medo, a transformar minhas quedas em lições, minhas cicatrizes em histórias, e cada despedida em impulso para seguir. Hoje, sei que todo fim carrega em si a semente de um novo começo e meu coração, embora marcado, continua a se lançar na vida com coragem.
Já abracei o medo e chamei de aprendizado. Abraçar o medo é transformá-lo em professor, com ele aprendemos onde pisar com cuidado.
Chorei com medo, mas segui com coragem, as lágrimas não me pararam, me moveram, medo sentido, coragem atuante, caminho real, segui e tornei o medo em impulso.
Quando o medo e o desespero batem à porta, a alma revela seus alicerces e a fragilidade de suas construções, e é nesse momento de vulnerabilidade que a fidelidade aos princípios é posta à prova. A capacidade de suplicar pela vida alheia, ignorando o próprio sofrimento e o risco de derrota, é o testemunho silencioso de que há algo de indestrutível e puro em nossa essência, um reflexo da Divindade que nos ensina que a doação é o único caminho para a plenitude. Nunca subestime o poder de uma lágrima sincera e de um coração desarmado.
Ele é o abraço acolhedor que desarma o pânico, transformando o medo em um silêncio profundo e sereno.
O medo é real e vem, mas a segurança é maior: a mão protetora d’Aquele que cuida aperta mais forte e me puxa para a luz.
Eu te comparo ao lírio que nasce entre os espinhos do meu medo, a beleza mais pura só floresce onde o perigo tenta impedir o toque.
O homem que se isola por medo do erro renuncia à sua natureza e torna-se um eco em seu próprio deserto.
