Medo da Loucura
É preciso afugentar com ímpeto esse medo do Inferno
que perturba profundamente a vida do homem,
estendendo sobre tudo a lúgubre sombra de morte
e não deixando existir nenhuma alegria serena e inteira.
Aprovamos algumas vezes em público por medo, interesse ou civilidade, o que internamente reprovamos por dever, consciência ou razão.
O que é terrível na culpa é que ela atribui ao medo, o maior mal que existe no mundo, um enorme direito.
Quanto de nós guardamos nas sombras, com medo do que os outros possam pensar, de julgamentos, de sermos examinados? O que poderia acontecer se nós deixássemos que a luz nos banhasse, expuséssemos nossas vulnerabilidades, permitíssemos familiaridade para subirmos no palco, mesmo que por um breve momento? O que eles veriam?
Certamente, existem atos que só acontecem porque os tememos. Se o nosso medo não os convidassem, não viriam.
Eles têm medo porque sabem que você é diferente. E você é. Alguém que se recusa a seguir as regras desses dogmáticos, que busca mais do mundo.
"Sobreviver significa renascer repetidas vezes. Não era fácil, e sempre se mostrava doloroso, mas não restava qualquer escolha, com exceção da morte".
"Mas isso passaria, com o tempo. Sempre passava, infelizmente. O machucado no coração que, no começo, parece tão sensível ao toque, com o tempo se transforma em todas as tonalidades do arco-íris e pára de doer. Chegamos a esquecer que temos coração, até que apareça a vez seguinte. E é quando tudo acontece de novo e nos espantamos em verificar como foi possível esquecer. Pensamos: "Este é mais forte, este é melhor...", porque na verdade, não conseguimos lembrar bem da vez anterior".
Viver é perigoso?
Então, com sua licença!
Não tenho medo.
Nasci assim, encantada pela vida...
