Me Perdoa mas eu Tentei
Se eu conhecesse alguma coisa que fosse útil à minha pátria, mas prejudicial à Europa, ou que fosse útil à Europa, mas prejudicial ao gênero humano, considerá-la-ia um crime.
A Máquina do Mundo
E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco
se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas
lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,
a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.
Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável
pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar
toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.
Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera
e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,
convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas.
(Trecho de A Máquina do Mundo).
Recife. Ponte Buarque de Macedo.
Eu, indo em direção à casa do Agra,
Assombrado com a minha sombra magra,
Pensava no Destino, e tinha medo!
Na austera abóbada alta o fósforo alvo
Das estrelas luzia... O calçamento
Sáxeo, de asfalto rijo, atro e vidrento,
Copiava a polidez de um crânio calvo.
Lembro-me bem. A ponte era comprida,
E a minha sombra enorme enchia a ponte,
Como uma pele de rinoceronte
Estendida por toda a minha vida!
A noite fecundava o ovo dos vícios
Animais. Do carvão da treva imensa
Caía um ar danado de doença
Sobre a cara geral dos edifícios!
Tal uma horda feroz de cães famintos,
Atravessando uma estação deserta,
Uivava dentro do eu, com a boca aberta,
A matilha espantada dos instintos!
Era como se, na alma da cidade,
Profundamente lúbrica e revolta,
Mostrando as carnes, uma besta solta
Soltasse o berro da animalidade.
E aprofundando o raciocínio obscuro,
Eu vi, então, à luz de áureos reflexos,
O trabalho genésico dos sexos,
Fazendo à noite os homens do Futuro.
Nota: Trecho de "As Cismas do Destino": Link
Fim de estação. Eu continuei a viagem
Para além do fim da estação.
Quantos eram? Quatro,
Cinco, poucos mais.
Casas, caminhos, nuvens,
Enseadas azuis, montanhas
Abrem as suas portas
Parece pretensioso o uso do «eu»; no entanto a forma pessoal é a única que exclui toda a pretensão. Quem a emprega traduz impressões recebidas, não emite sentenças, mas quem se veda o uso do «eu», constitui-se forçosamente num oráculo.
Não exibas tanto o esplendor dos teus dentes. Eu sei que são postiços. Mas há quem não sabe, dizes. Pois. Mas ainda que eu não soubesse, sabia-lo tu. Fecha a boca.
Incerteza, oh, que deleite / Vós e eu nos vamos / Como se vão os caranguejos, / para trás, para trás.
Você olha para qualquer grande corporação, e eu quero dizer as realmente grandes, e elas todas começaram com uma pessoa com uma ideía, fazendo-a bem.
Quantas vezes você se sentou perto de mim?
E quantas vezes você me disse que estava indo embora?
Eu não vou nem tentar ouvir, porque é sempre a mesma
coisa!
E por que?
Por que você está constantemente acreditando
Que eu posso um dia dar o que você precisa?
Querido, por favor, não deposite sua confiança em mim;
Porque eu não sei o que dizer
Porque para mim é só um sonho mesmo...
Você pode me pegar enquanto eu estou dormindo
Enquanto eu esteja sonhando também
É um lugar muito solitário para mim, querido;
Deve ser solitário para você também!
E as pessoas estão sempre se apaixonando, e se
desencantando do amor.
E isso pode ser bem doloroso também!
E talvez, talvez eu não esteja forte o bastante...
É triste, mas é verdade!
Então me diga o que vai ser?
Você pode me pegar enquanto eu estou dormindo
Ou talvez também enquanto eu esteja sonhando também
É um lugar muito solitário para mim, querido;
Deve ser solitário para você também!
(Me pegue quando)
Então me pegue enquanto eu estiver dormindo
(Enquando eu estou nos meus sonhos)
(Me pegue quando eu pegar no sono)
Quando eu estou dormindo também
(Me pegue quando eu pegar no sono)
Então me pegue enquanto eu estou dormindo Oh Yeah Oh
Me pegue enquanto eu estiver dormindo
Ou talvez também enquanto eu esteja sonhando também,
yeah
É um lugar muito solitário para mim, querido; (Oh)
Deve ser solitário para você também!
Então me pegue enquanto eu estou dormindo Oh
Ou talvez também enquanto eu esteja sonhando também
É um lugar muito solitário para mim, querido; (Oh)
Deve ser solitário para você também!
(Pegue-me enquanto eu durmo)
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