Me Ame quando eu menos Merece

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E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca, e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam.

A uma mulher

Quando a madrugada entrou eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito
Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias
E a angústia do regresso morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino
Quis afastar por um segundo de ti o fardo da carne
Quis beijar-te num vago carinho agradecido.
Mas quando meus lábios tocaram teus lábios
Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo
E que era preciso fugir para não perder o único instante
Em que foste realmente a ausência de sofrimento
Em que realmente foste a serenidade.

Rio de Janeiro, 1933

Eu penso em você desde o amanhecer, até quando eu me deito.

Me perguntaram o que eu queria ser quando crescesse. Eu respondi: "feliz".

Desconhecido

Nota: Adaptação do trecho, que costuma ser atribuído a John Lennon, mas não há provas que confirmem essa autoria.

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Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa. Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder.

Steve Jobs

Nota: Trecho de discurso em Stanford, 2005

Quando eu lhe dizia: "Eu me apaixono todo dia. E é sempre a pessoa errada." Você sorriu e disse: "Eu gosto de você também."

Meninas, quando bater aquela vontade louca de ligar pra ele. Façam como eu e lembrem-se da frase: VONTADE DE DÁ, PASSA! Opa, desculpe! A frase correta é: vontade dá, depois passa, né? Ai, ai, esse meu subconsciente lembrando dele é fogo!

O CORVO

Certa vez, quando, à meia- noite eu lia, débil, extenuado,
um livro antigo e singular, sobre doutrinas do passado,
meio dormindo - cabeceando - ouvi uns sons trêmulos, tais
como se leve, bem de leve, alguém batesse à minha porta.
É um visitante", murmurei, "que bate leve à minha porta.
Apenas isso, e nada mais."

Bem me recordo! Era em dezembro. Um frio atroz, ventos cortantes...
Morria a chama no fogão, pondo no chão sombras errantes.
Eu nos meus livros procurava - ansiando as horas matinais -
um meio (em vão) de amortecer fundas saudades de Lenora,
- bela adorada, a quem, no céu, os querubins chamam Lenora,
e aqui, ninguém chamará mais.

E das cortinas cor de sangue, um arfar soturno, e brando, e vago
causou-me horror nunca sentido, - horror fantástico e pressago.
Então, fiquei (para acalmar o coração de sustos tais)
a repetir: "É alguém que bate, alguém que bate à minha porta;
Algum noturno visitante, aqui batendo à minha porta;
é isso! é isso e nada mais!"

Fortalecido já por fim, brado, já perdendo a hesitação:
"Senhor! Senhora! quem sejais! Se demorei peço perdão!
Eu dormitava, fatigado, e tão baixinho me chamais,
bateis tão manso, mansamente, assim de noite à minha porta;
que não é fácil escutar. Porém só vejo, abrindo a porta,
a escuridão, e nada mais.

Perquiro a treva longamente, estarrecido, amedrontado,
sonhando sonhos que, talvez, nenhum mortal haja sonhado.
Silêncio fúnebre! Ninguém. De visitante nem sinais.
Uma palavra apenas corta a noite plácida: - "Lenora!".
Digo-a em segredo, e num murmúrio, o eco repete-me - "Lenora!"
Isto, somente - e nada mais.

Para o meu quarto eu volto enfim, sentindo n'alma estranho ardor,
e novamente ouço bater, bater com mais vigor.
"Vem da janela", presumi, "estes rumores anormais.
Mas eu depressa vou saber donde procede tal mistério.
Fica tranqüilo, coração! Perscruta, calmo, este mistério.
É o vento, o vento e nada mais!"

Eis, de repente, abro a janela, e esvoaça então, vindo de fora,
um Corvo grande, ave ancestral, dos tempos bíblicos, - d'outrora!
Sem cortesias, sem parar, batendo as asas noturnais,
ele, com ar de grão-senhor, foi, sobre a porta do meu quarto,
pousar num busto de Minerva, - e sobre a porta do meu quarto
quedou, sombrio, e nada mais.

Eu estava triste, mas sorri, vendo o meu hóspede noturno
tão gravemente repousado, hirto, solene e taciturno.
"Sem crista, embora" - ponderei -, "embora ancião dos teus iguais,
não és medroso, ó Corvo hediondo, ó filho errante de Plutão!
Que nobre nome é acaso o teu, no escuro império de Plutão?"
E o Corvo disse: "Nunca mais!"

Fiquei surpreso - pois que nunca imaginei fosse possível
ouvir de um Corvo tal resposta, embora incerta, incompreensível,
e creio bem, em tempo algum, em noite alguma, entes mortais
viram um pássaro adejar, voando por cima de uma porta,
e declarar (do alto de um busto, erguido acima de uma porta)
que se chamava "Nunca mais".

Porém o Corvo, solitário, essas palavras só murmura,
como que nelas refletindo uma alma cheia de amargura.
Depois concentra-se e nem move - inerte sobre os meus umbrais -
uma só pena. Exclamo então: "Muitos amigos me fugiram...
Tu fugiras pela manhã, como os meus sonhos me fugiram..."
Responde o Corvo: "Oh! Nunca mais!"

Pasmo, ao varar o atroz silêncio uma resposta assim tão justa,
e digo: "Certo, ele só sabe essa expressão com que me assusta.
Ouviu-a, acaso, de algum dono, a quem desgraças infernais
hajam seguido, e perseguido, até cair nesse estribilho,
até chorar as ilusões com esse lúgubre estribilho
de - "nunca mais! oh! nunca mais!".

De novo, foram-se mudando as minhas mágoas num sorriso...
Então, rodei uma poltrona, olhei o Corvo, de improviso,
e nos estofos mergulhei, formando hipóteses mentais
sobre as secretas intenções que essa medonha ave agoureira
- rude, sinistra, repulsiva e macilenta ave agoureira, -
tinha, grasnando "Nunca mais".

Mil coisas vagas pressupus... Não lhe falava, mas sentia
que me abrasava o coração o duro olhar da ave sombria.
... E assim fiquei, num devaneio, em deduções conjeturais,
minha cabeça reclinando - à luz da lâmpada fulgente
nessa almofada de veludo, em que ela, agora, - à luz fulgente -,
não mais descansa - ah! nunca mais.

Subitamente o ar se adensou, qual se em meu quarto solitário,
anjos pousassem, balançando um invisível incensário.
"Ente infeliz" - eu exclamei. - "Deus apiedou-se dos teus ais!
Calma-te! calma-te e domina essas saudades de Lenora!
Bebe o nepente benfazejo! Olvida a imagem de Lenora!
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta!" - brado. "Anjo do mal, Ave ou demônio mais irreverente
que a tempestade, ou Satanás, aqui lançou tragicamente,
e que te vês, soberbo, nestes desertos areais,
nesta mansão de eterno horror! Fala! responde ao certo! Fala!
Existe bálsamo em Galaad? Existe? Fala, ó Corvo! Fala!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Profeta!" - brado. "Anjo do mal, Ave ou demônio irreverente,
dize, por Deus, que está nos céus, dize! eu to peço humildemente,
dize a esta pobre alma sem luz, se lá nos páramos astrais,
poderá ver, um dia, ainda, a bela e cândida Lenora,
amada minha, a quem, no céu, os querubins chamam Lenora!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

"Seja essa frase o nosso adeus" - grito, de pé, com aflição.
"Vai-te! Regressa à tempestade, à noite escura de Plutão!
Não deixes pluma que recorde essas palavras funerais!
Mentiste! Sai! Deixa-me só! Sai desse busto junto à porta!
Não rasgues mais meu coração! Piedade! Sai de sobre a porta!"
E o Corvo disse: "Nunca mais."

E não saiu! e não saiu! ainda agora se conserva
pousado, trágico e fatal, no busto branco de Minerva.
Negro demônio sonhador, seus olhos são como punhais!
Por cima, a luz, jorrando, espalha a sombra dele, que flutua...
E a alma infeliz, que me tombou dentro da sombra que flutua,
não há de erguer-se, "Nunca mais".

Edgar Allan Poe

Nota: Poema "The Raven", traduzido por Gondin da Fonseca em 1928.

Porque quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo.
Hoje eu sei que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez, uma vez...

Quando eu penso que já conheci todos os babacas e canalhas do mundo, percebo que a espécie é infinita.

Um dia, quando eu era; bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. Minha mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs."

Você não enjoa. Você me cansa demais mas não enjoa. E quando você me cansa eu enfio a minha cabeça no fortinho do seu peito, eu que sempre odiei os malhados…

Quando eu penso, estrago tudo. É por isso que evito pensar: só vou mesmo é indo.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Porquinho-da-Índia

Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração eu tinha
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não se importava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...

- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.

Manuel Bandeira
BANDEIRA, M., Libertinagem, 1930

Quando eu era um garoto de 14 anos, meu pai era tão ignorante que eu mal conseguia suportar ficar perto daquele senhor. Mas, quando completei 21, fiquei estarrecido com quanto ele havia aprendido nesses sete anos.

Desconhecido

Nota: Esse pensamento é atribuído a Mark Twain, mas não existem registros nos escritos do autor que comprovem essa autoria.

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Nossa dança num baile de máscaras é eterna, porque quando eu peso a mão, você me faz voar. E quando você perde o chão, eu te dou um soco na cabeça pra ver se achato a sua alegria pra caber na minha.

Quando eu estou chateado, eu não fico mal-humorado, ou melancólico, ou com raiva. Quando estou chateado, fico quieto.

Erica para Callie:
- Isso é igual a quando a gente precisa de óculos.
- Como assim?
- Quando eu era criança eu tinha umas dores de cabeça e eu fui ao oftalmologista e ele me disse que eu precisaria usar óculos. E eu não entendi... não fazia sentido pra mim por que a minha visão era boa e eu ganhei os óculos e eu coloquei e eu estava no carro indo pra casa e de repente eu gritei, porque os borrões verdes que eu vi durante a minha vida toda, eles não eram borrões, eram folhas nas árvores, e eu pude ver as folhas, e eu nem sabia que sentia falta delas. Eu não sabia que elas existiam e de repente, folhas. Você é meu óculos.

Quando EU me olho no espelho, só sei que não me vejo como os outros me vêem.

Não gosto é quando pingam limão nas
minhas profundezas e fazem com que
eu me contorça toda.

Clarice Lispector
Água viva. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1998.

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