Matar a Saudade
escrevo para desafogar a alma. para espantar as peraltas. para matar a ansiedade e jogar do precipício toda acidez que me abraça.
para silenciar o peito que grita. para me livrar da culpa. para curar as feridas e, aos sentimentos renegados, fazer visita. para compensar as palavras não ditas e ao que ainda vive engasgado. para mergulhar nas minhas imundícies e no caos que havia guardado.
para me libertar das amarras, para expelir meus pensamentos e microfonar os sentimentos.
para dar voz ao coração como forma de oração e dar vazão a toda intensidade que jaze dentro do meu universo; refletido neste verso ou em minha imensidão.
escrevo para revelar minha identidade como forma de liberdade.
escrevo para quebrar as correntes do conformismo e da realidade.
escrevo para ser ouvido.
para tocar e ser sentido, mas sobretudo, para não fazer sentido;
mesmo que seja preciso me despir para traduzir,
interpretar e reluzir.
escrevo para falar de amor e para fazer amor.
para dar cor ao céu cinzento e, para você que estiver lendo, dar alento.
escrevo para me aprofundar e navegar nos meus oceanos mais obscuros. escrevo para existir. escrevo para me encontrar.
escrevo para me salvar de mim mesmo e me reencontrar.
O fundo do poço nem sempre é o fim, talvez a oportunidade de matar a sede e mirar o céu com mais clareza e foco.
No canto tudo é tranquilo, para sobreviver daquilo que lhe quer matar, ao sair do canto há um desequilíbrio, e
um fim da linha para ti.
In Eu em conversa comigo mesmo
Após matar um leão por dia, lembre-se que ele é o único felino a viver em bandos. Isso explicar você ser tão forte!
Todo ser humano com coragem e capaz de matar em defesa própria, de seu sangue e de outras pessoas, agindo em legitima, é a favor da pena de morte.
Você não pensaria que poderia matar um oceano, não é? Mas faremos isso um dia. Somos assim tão negligentes.
Te amar e não te desejar é mesmo que se matar, sofrer ou morrer, por que não sei mais viver um só minuto sem você.
...qu4tro dizeres...
Vou ler todas poesias que conseguir
Sua falta vou matar
Talvez volte a sorrir
Talvez deixe definitivamente de amar
o homem não quer se matar, isso é uma mentira, ele só quer fugir de tudo, ele quer fugir da dor, ele quer fugir dos seus pensamentos, da sua insignificância em essência, das emoções, dos convivios diários, da sua falta de propósito.
Nunca tente matar um amor reprimido enterrando-o no seu coração, correrá o risco dele germinar mais forte com folhagem tão exuberante a ponto de chegar ao céu e com raízes tão profundas a ponto de tocar o inferno
Ao elaborar o pesamento: "A fé que existe em você pode matar-lo e, a que não existe, pode salvá-lo", descobri uma porta para uma abordagem da fé ou sua ausência, que me trouxe mais paz interior. Como agora exponho:
No complexo jogo da existência, emerge uma verdade inquietante: a dualidade da fé, que pode moldar nosso destino de maneiras profundas e por vezes contraditórias. Nesse tabuleiro da vida, cada um de nós é tanto protagonista quanto espectador, e interação entre a fé e a ausência dela pinta um quadro intrigante da nossa jornada.
A fé, quando enraizada em nosso âmago, pode ser um um sol que ilumina nossos passos mais nebulosos. Ela é a voz interna que nos murmura palavras de coragem quando a escuridão ameaça nos engolir por completo. A fé nos capacita a desafiar limites aparentemente intransponíveis, a superar obstáculos aparentemente intransigentes. No entanto, essa mesma fé, se não for constantemente questionada e modulada, pode transformar-se em um complicador. Ela pode cegar-nos para as nuances do mundo, levando-nos por caminhos de extremismo e fanatismo. A fé que não é examinada, que não é flexível, tem o potencial de aprisionar a mente em uma prisão autoimposta.
Mas eis que surge uma complexidade: a ausência de fé não é um vácuo absoluto, mas sim uma porta para a exploração e a autoconsciência. Aquele que ousa questionar, que apesar do abismo do desconhecido com olhos abertos, pode descobrir um terreno vasto e capaz de possibilidades. A falta de fé, quando abordada com curiosidade e coragem, pode se transformar em um catalisador para o crescimento pessoal. A reflexão pode ser a base sobre a qual construímos nossas próprias definições de significado e propósito.
Assim, a busca pelo equilíbrio entre esses extremos é um desafio inerentemente humano. A fé temperada com prudência e consciência de nossas próprias limitações pode nos capacitar a enfrentar as tormentas da vida com resiliência e plenitude. Por outro lado, a ausência de fé não precisa ser um mergulho no abismo do desespero, mas sim uma oportunidade de forjar novos caminhos e abraçar o desconhecido com coragem.
Nessa interseção entre fé e dúvida, descobrimos uma máxima: A fé, quando cultivada com discernimento, e a ausência dela, quando explorada com abertura, são os matizes de uma jornada que é tanto pessoal quanto universal.
Não precisamos mais matar um leão por dia. Estão todos mortos. Precisamos aprender a ressuscitá-los.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp