Matar a Saudade

⁠A saudade é o único sentimento que vence o tempo.

⁠VOZ DO VENTO

Uma agonia! a voz do vento que murmura
No cerrado, sussurrando aquela saudade
De outrora, em uma sensação pela metade
Sobra de um sonho, esquecido numa jura
E o vento no terreiro vai pela noite escura
Gemendo entre os galhos tortos em riste
A melancolia n’alma e no coração insiste
Expondo ao verso um versar com tristura

Vai e vem, bafeja, suspira, queixa, farfalha
Um vendaval choroso, cortante tal navalha
Revivendo aquele amor perdido. Um talvez
Ah vento! Quanto falta, ah! quanta solidão
Que sinto no peito, que se vai na vastidão
Ermo, dos mimos ameigados a minha tez...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19 março, 2022, 14’21” – Araguari, MG

⁠Com o sono adormecem as lembranças e a saudade do coração.

⁠A saudade já não dói mais…

As lembranças vem e me abraçam, trazendo uma onda de sentimentos incríveis dos momentos em que estivemos juntos, mas ao se aproximar da praia a onda quebra e sem resistência ela acaricia a areia voltando para a escuridão do oceano que existe dentro de mim.
Se você observar em pleno silêncio e se permitir ouvir com o coração, poderá escutar na brisa suave trazida pelo mar a minha alma sussurrar, "Para sempre vou te amar…"

⁠⁠Saudade.
Saudade. Dizem que é a presença dos ausentes, mas acredito que seja simplesmente o mecanismo mais cruel e doloroso de tortura. Não há nada mais maléfico do que o aperto no peito causado pela falta de alguém que não se pode ter, tocar ou sequer conversar. Tudo que resta é a memória da felicidade que já se teve um dia, e hoje simplesmente se tornou um vazio. Um vazio não, um buraco negro, que consome todo o seu tempo, energia e alegria. É de fato uma força tão intensa que nada, nenhuma partícula ou radiação de luz pode escapar dela. A saudade é uma feridade que não cicatriza, um sangramento que não estanca. O pior de tudo, é que não tem como se livrar dela, é um sofrimento constante, tudo que se pode fazer a aprender a gostar da dor.
Nota adicional da autora: posso até sentir falta dele, mas não sinto falta alguma de quem eu era perto dele.

E o que eu faço com a saudade? ⁠

⁠Vivo fingindo sorri mais meu coração não aguenta mais de tanto sofrimento esperança perdida saudades bandida solidão constante lembranças que não se esquece viver te amando sera minha sentença no teibunal do amor
ass Cícero Lyra

⁠Dizem que quando sonhamos sorrindo,é porque ,no sonho, a lembrança fez uma ciranda com a saudade e nos levou ao mais puro amor.

⁠Elegantemente caminho em direção ao seu beijo,
me desequilibro com seu cheiro,
me da saudade só de lembrar que você precisa ir embora.

⁠⁠Há sempre saudade quando o céu ganha uma estrela;
Há sempre esperança de um reencontro dentro das profundezas do coração

⁠" A saudade passou e pouco que restou acabou e apagou, e o que ficou da metade agora é tarde, você não é parte dessa arte que é amar.

⁠Doi te ver e não te ter
A distância é o chicote do coração
Quanto mais eu sinto saudade
Mais bate em meu coração

Porque será que tem que ser assim?
Eu aqui longe de você
E você aí longe de mim?
Eu nunca senti isso antes

Pensamentos confusos
Noites sem dormir
Como posso eu amar?
Quem nunca esteve aqui.

E pensar que você nunca me mereceu
E que hoje meu amor não é mais teu
E que a saudade ficou pra trás
As lembranças de nós dois não existem mais

⁠Passado, presente e futuro. Do passado tenho saudade selecionada de gente, coisas e fatos. Do presente, apesar das circunstâncias, procuro a gratidão. Quanto ao futuro, fico assistindo no presente a peripécia que a existência impõe.

A saudade é como uma ferida recente, que sangra e arde, e muitas vezes, até quase sem querer tocamos e arrancamos a casquinha.

Ter saudade do que não viveu é ter mais passado do que presente, é como querer navegar em um barco ancorado.

Eu sinto saudade de quem não sente de mim, sim, é um fato!

⁠A saudade é um dos sentimentos que expressa com muita intensidade a emoção de reviver, o que nos fez bem num tempo passado qualquer…

⁠apenas um gole
de saudade
é tempestade
dentro do peito.

⁠Se saudade é a presença dos ausentes, como escreveu - Olavo Bilac, quero manter a saudade daqueles que não podem se fazer presentes.