Mario Quintana Frases de um Amor Corespondido
Mistérios de um sono
Estou dormindo. E embora pareça contradição, suavemente de repente o prazer de estar dormindo me acorda num sobressalto também suave. Estou acordada e ainda sinto o gosto daquela zona rural onde subsolarmente eu espalhava de minhas raízes os tentáculos de um sonho.
Quando alguém passa a mão no pêlo de um gato, ele ronrona. Da mesma forma, quando se elogia um homem, seu rosto reflete um doce enlevo e alegria.
Talvez fosse um pedido de socorro envergonhado. O socorro não veio, (...) e fui obrigado a me investigar e afundar em mim mesmo.
Toda e qualquer mudança é um avanço, um passo à frente, uma ousadia que nos concedemos, nós que tememos tanto o desconhecido.
Quando de noite ele me chamar para a atração do inferno, irei. Desço como um gato pelos telhados. Ninguém sabe, ninguém vê. Só os cães ladram pressentindo o sobrenatural.
Pois há um tempo de rosas, outro de melões, e não comereis morangos senão na época de morangos.
Se me abandonar, ainda vivo um pouco, o tempo que um passarinho fica no ar sem bater asas, depois caio, caio e morro.
Cuidado ao dizer um não, ou um sim, ou um nunca mais, ou para sempre. Eles podem mudar sua história. São palavras simples, com força enorme.
Para se roubar um coração, é preciso
que seja com muita habilidade, tem que
ser vagarosamente, disfarçadamente, não
se chega com ímpeto,
não se alcança o coração de alguém com pressa.
Nota: Trecho de um texto cuja autoria é muitas vezes atribuída erroneamente a Luís Fernando Veríssimo.
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