Mario Quintana- Brevidade da Vida

Cerca de 267416 frases e pensamentos: Mario Quintana- Brevidade da Vida

Porque nada de exterior me acontece.
Mas, em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto

Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês. @omarioquintana

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu. @omarioquintana

Lá dentro apenas sopra um ar, de morte.

Mario Quintana
Nova Antologia Poética
Inserida por Nathaliapaduan

EMERGÊNCIA

QUEM FAZ UM POEMA ABRE UMA JANELA...

Inserida por IsraelSoler

Tua orelha num frêmito desnuda-se:
O que seria
O que seria que te disse o vento?

Inserida por chico_andrade

Não gosto de estar dormindo nem de estar morto perto de ninguém.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por Rodrigo2761

O que eles chamam de nossos defeitos é o que nós temos de diferente deles. Cultivemo-los pois, com o maior carinho – esses nossos benditos defeitos.

Mario Quintana
Caderno H. Rio de Janeiro: Objetiva, 2013.
Inserida por cynthiamontenegro

Segunda canção de muito longe⁠

Havia um corredor que fazia cotovelo:
Um mistério encanando com outro mistério, no escuro…

Mas vamos fechar os olhos
E pensar numa outra cousa…

Vamos ouvir o ruído cantado, o ruído arrastado das correntes no algibe,
Puxando a água fresca e profunda.
Havia no arco do algibe trepadeiras trêmulas.
Nós nos debruçávamos à borda, gritando os nomes uns dos outros,
E lá dentro as palavras ressoavam fortes, cavernosas como vozes de leões.
Nós éramos quatro, uma prima, dois negrinhos e eu.
Havia os azulejos, o muro do quintal, que limitava o mundo,
Uma paineira enorme e, sempre e cada vez mais, os grilos e as estrelas…
Havia todos os ruídos, todas as vozes daqueles tempos…
As lindas e absurdas cantigas, tia Tula ralhando os cachorros,
O chiar das chaleiras…
Onde andará agora o pince-nez da tia Tula
Que ela não achava nunca?
A pobre não chegou a terminar o Toutinegra do Moinho,
Que saía em folhetim no Correio do Povo!…
A última vez que a vi, ela ia dobrando aquele corredor escuro.
Ia encolhida, pequenininha, humilde. Seus passos não faziam ruído.
E ela nem se voltou para trás!

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2005.
Inserida por alex_jr021

⁠Para mim o poeta não é essa espécie saltitante que chamam de Relações Públicas. O poeta é Relações íntimas. Dele com o leitor.

Mario Quintana
Steen, Edla van. Viver e escrever. v. 1. Porto Alegre: L&PM, 2008.
Inserida por pensador

⁠Os verdadeiros poetas não leem os outros poetas. Os verdadeiros poetas leem os pequenos anúncios dos jornais.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠E eis que, tendo Deus descansado no sétimo dia, os poetas continuaram a obra da Criação.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠O poeta é uma criatura essencialmente dramática, isto é, contraditória, isto é, verdadeira.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠Tudo já está nas enciclopédias e todas dizem as mesmas coisas. Nenhuma delas nos pode dar uma visão inédita do mundo. Por isso é que leio os poetas. Só com os poetas se pode aprender algo novo.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠A magia das palavras num poeta deve ser tão sutil que a gente esqueça que ele está usando palavras.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠A função do poeta não é explicar-se. A função do poeta é expressar-se.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠Um poeta deve escrever como se fosse o último vivente sobre a face da Terra.

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.
Inserida por pensador

⁠Eles passarão
Eu passarinho

Inserida por mi_v_t_

Eles ergueram a Torre de Babel para escalar o Céu. Mas Deus não estava lá! Estava ali mesmo, entre eles, ajudando a construir a torre.

Mario Quintana
A construção. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Inserida por jorge_henrique_elias

O homem é um bicho que arreganha os dentes sem necessidade, isto é, quando nos sorri.

Mario Quintana
História natural. In: A vaca e o hipogrifo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
Inserida por pensador