Marguerite Yourcenar

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Marguerite Yourcenar, pseudônimo de Marguerite Cleenewerck de Crayencour (1903 - 1987) foi uma escritora belga de língua francesa.

Deus é o pintor do universo... Que pena (...) que Deus não se tivesse dedicado à pintura de paisagens.

Consideramo-nos puros enquanto desprezarmos aquilo que não desejamos.

Há mais do que uma sabedoria, e todas elas são necessárias ao mundo; não é mau que elas se vão alternando.

A morte surgia-lhe como uma consagração de que só os mais puros são dignos: muitos homens desfazem-se, poucos morrem.

Peço-te humildemente, o mais humildemente possível, perdão, não por te deixar, mas por ter ficado por tanto tempo.

Prazer e sofrimento. Toda minha vida, defini o prazer e a dor como duas sensações vizinhas.

Quanto amargor fermenta-se no fundo da doçura, quanto desespero esconde-se na abnegação e quanto ódio mistura-se ao amor.

Os livros não contêm a vida. Contêm apenas as suas cinzas.

De todos os jogos, o do amor é o único capaz de transtornar a alma e, ao mesmo tempo, o único no qual o jogador se abandona necessariamente ao delírio do corpo.

Não tenho facilidade de escrever. Jamais consigo expressar-me como teria desejado. Escrever é uma múltipla escolha entre mil expressões das quais nenhuma me satisfaz, ou melhor, nenhuma me satisfaz isoladamente

Me destes tanto de ti nas pequenas coisas que me sinto quase no direito de esperar tua compreensão nas grande.

Cada vez que sofremos, somos levados a acreditar que a dor presente é a dor maior.

O sofrimentos nos torna egoístas, pois nos absorve inteiramente. Só mais tarde, sob forma de saudade, é que o próprio sofrimentos nos ensina a sermos compassivos.

Apesar de todo o cuidado que possamos tomar, é extremamente difícil evitarmos o sofrimento que causamos.

A paixão exige gritos; o amor, porém satisfaz-se com palavras, enquanto a simpatia pode ser silenciosa.

Nada reaproxima tanto o ser humano como o fato de sentirem medo juntos.

Tudo o que te peço (a única coisa que te posso pedir ainda) é não saltar uma só destas linhas tão difíceis de serem escritas. Se é árduo viver, o é muito mais explicarmos a nossa própria vida

Há uma espécie de satisfação em saber que somos pobres, que somos sós e que ninguém, absolutamente ninguém, se preocupa conosco.

Jamais estamos inteiramente sós, pois desgraçadamente estamos sempre em nossa própria companhia.

A fortuna, por si só, não constrói a felicidade, mas estabelece suas bases.