Mãos
Pelas Mãos te Sei
Pelas mãos te sei
pelos dedos te leio
formas e vazio
luz e esteio
corpo
sede
raiva
e os olhos magoados
de claridade agreste
Espessos os lábios
presas as palavras na garganta
e o teu olhar
a ditar estes silêncios de veludo
Mudo também é o som da noite
imenso jardim de estrelas
e passos sem destino
Basta saber que me esperas
à esquina de qualquer hora
Basta-me sentir a vida
como um sopro leve no rosto
e provar o mosto
do teu vinho
rubro e aceso
com sabor de vida
ao jeito da idade
Homem
menino
velho
destino
e o tempo a tecer rugas e mágoas
a gerar fontes
onde choramos
os amores perdidos
na calma podre das seivas
Petrificadas
A pessoa doente não coloca somente a espera pela cura nas mãos do seu médico, mas também a sua esperança de vida.
A chuva caindo no chão,
E eu seguindo um caminho sem direção.
A vida passa por entre as mãos,
E a maior dor do mundo é a dor do coração.!
Minha razão (a quatro mãos)
Teresa Cordioli & Nivaldo da Silva Santos
Quando penso em você
Só meu coração fala...
Calo-me...
mergulhada em meus pensamentos
onde te encontro nas emoções
dos sonhos que vivo contigo...
Encontro em ti minha razão...
A razão de amar-te.
Quando penso em você
No silencio do meu corpo
é voce que me invade
por inteiro...
Meus pensamentos,
meus sentimentos,
meu coração...
A chave do meu coração liberta o paraíso dentro de ti, basta acreditar e eu entrego ela em suas mãos, só depende de você.
Quando não mais puder
ao seu lado caminhar
Para não atrasar-lhe os passos
Quando só por suas mãos
eu conseguir vencer os obstáculos
Quando a visão me falhar
e de seus lábios saírem
a descrição do mundo
Te deixarei
ficarei a beira do caminho
mas não me sentirei só ou triste
Terei as lembranças de nossa vida
para me confortar
como um acalanto para a alma
Em minhas mãos ainda sentirei
o calor de seu corpo
Quando você no horizonte desaparecer
estarei sorrindo, com a certeza
de ter cumprido o meu dever
Te deixarei
não porque não me amas mais
mas porque eu te amo...
São rabiscos
Colagens
São os riscos
Bobagens
São medos
Desejos
São mãos, dedos
Palavras que despejo
São pensamentos
Maldosos
São momentos
Remorsos
voce ja imaginou o que seria de nos, se naum existisse o amor?
deixe eu te dar as mãos vamos sair por ae, vê estrelas e sorrir
De olhos fechados
Beijos, mas não era a boca dela!
Toque, mas não eram as mãos dela!
Cheiro, mas não era o perfume dela!
Aconchego, mas não era o corpo dela!
Sussurros, mas não era a voz dela!
Carinho, mas não era a pele dela...
Então, ele fechou os olhos.
De olhos fechados, a encontraria, a tocaria, a sentiria...
De olhos fechados, sairia dali, iria onde quisesse...
De olhos fechados, sentiria os seios fartos, a cintura fina, a voz dengosa, o corpo trêmulo, o sorriso fácil, lânguido...
De olhos fechados!
E assim teria que viver...
De olhos fechados!
Só assim teria a chance de sentir outra vez tudo o que havia perdido...
¨Preciso de Alguém
Com mãos macias para me acaiciar
Para secar minhas lagrimas
Quando eu chorar
Preciso tanto de um olhar fraterno
Que no escurecer
Ou no entardecer frio
Possa me esquetar
Queria o seu carinho
Um abraço a me guiar
Pois em meu caminho
Eu possa te encontrar
Queria um Desejo
Um unico a desejar
Quero um Simples beijos
E um eu te amo escultar
Será que foi o som da vida?
Não saberia dizer, mas olhou pra fora, as mãos no vidro gelado da janela, os olhos atentos a qualquer simples movimento mágico que fazia tudo simplesmente continuar. Porque não importa o que aconteça, tudo continua, não é? Você pode estar sangrando, entregue ao seu último suspiro, mas lá fora o mundo continua. As pessoas dirigem seus carros, andam nas calçadas, trabalham, dormem, fazem amor. Foi exatamente assim que aconteceu.
Som de pneus cantando e uma voz assustada que dizia que o moço tinha sido atropelado. Ali do lado, bem embaixo dos olhos deles, na mesma avenida em que seguiam suas vidas. E foi mesmo: estava lá estirado no asfalto, com as pessoas aglomerando-se em volta. Mas foi rápido demais, logo já não podia mais divisar o corpo e tudo o que via através da janela era a vida em movimento, porque apesar do fato de o moço ter sido atropelado, a vida continua. E o ônibus continuou o seu caminho, levando-os pra fora da cidade, para o trabalho de todos os dias, para o cotidiano. A mesma estrada, o mesmo cenário, o mesmo tempo cinza de inverno.
Ficou se perguntando se talvez aquelas gotas finas de chuva que começaram a cair era o choro triste da vida por toda essa indiferença. Quis gritar que o moço tinha sido atropelado, mas passaria-se por louca. Todo mundo tinha visto e ouvido, com exceção de alguns que estavam dormindo envoltos apenas em seus próprios sonhos. Algo em seu estômago retorceu, doeu, incomodou. Como poderiam continuar a vida assim? O moço tinha sido atropelado. Estava lá, estirado, ainda vivo no chão, com dores, ou talvez até já morto.
Poderia ser filho de alguém que ao saber da notícia enterraria o rosto nas mãos com lágrimas inundando os olhos, ou ficaria em choque olhando o nada por um longo tempo e só choraria lágrimas silenciosas, quando visse o caixão baixando na terra. Poderia ser irmão de alguém que viesse correndo até seu corpo e gritasse aos quatro cantos que NÃO, não poderia ser verdade. Poderia ser pai de uma criança que viveria todos os demais dias de sua vida sem a figura de um pai, uma vida inteira modificada por um segundo de imprudência. Talvez tivesse um amor impossível, que no exato momento em que o acidente ocorrera, sentira uma dor esquisita no coração. Uma dor que lhe trouxera lágrimas aos olhos e alguém ao seu lado poderia questionar se estava tudo bem ao que ela responderia que só estava com um pressentimento ruim. Ou talvez tivesse uma esposa que no momento estava em casa dando café da manhã aos filhos, e quando descobrisse perderia o chão, o equilíbrio, desmaiaria.
Alguém em algum momento teria parado pra se perguntar o que ele estaria fazendo justamente ali, naquela avenida e naquele horário? Estaria indo para o trabalho? Ou comprar o pão para o café da manhã? Ou talvez estivesse indo à casa do seu amor impossível dizer que iriam se casar, pois não poderiam jamais viver separados. Ou indo visitar a mãe para dizer-lhe que a amava, ou talvez estivesse apenas andando depois de uma briga para espairecer?
Notou de repente e com espanto que nada disso importava a ninguém mais além das pessoas queridas relacionadas ao moço. Porque para todos os demais, a vida continua. ‘O moço foi atropelado’ foi só mais um acontecimento normal e comum nos dias de hoje em que estamos acostumados com a violência, acostumados com a morte, acostumados com sangue e dor e guerra. ‘O moço foi atropelado’ poderia ser também ‘Choveu ontem à noite’, ‘A rua foi interditada’, ‘Dizem que vai fazer sol no final de semana’. As reações são as mesmas. Apáticas. É o nosso cotidiano.
Para estender as mãos com Suas mãos
Para aprender através de Seus olhos
Para amar com o amor de um salvador
Para sentir com Seu coração
E para pensar com Sua mente
Eu tenho entregado meu último suspiro
pela Sua glória
O verdadeiro prazer está naquilo que nem os olhos enxergam e nem as mãos tocam
O verdadeiro prazer está naquilo que nem o dinheiro conquista e nem o tempo destrói
O verdadeiro prazer está naquilo que nem o fogo queima e nem a chuva apaga
O verdadeiro prazer está naquilo que nem as estrelas alcançam e nem o escuro esconde
O verdadeiro prazer...
O verdadeiro prazer está naquilo que SÓ a alma pode sentir e só o coração pode entender
O verdadeiro prazer é... O verdadeiro amor
A GALERA
Tava olhando a baixinha e o negao juntinhos de mãos dadas
Um amor no calçadão foi quando de repente me veio um cidadão e perguntou?
Baixinha o que tu viste nesse negao?
O que eu vi dentro dele ñ vi
Dentro de você me dê papel e caneta que já vou te responder,
Agora so pra tirar onda palhaço vou te esculachar...
Meu presente é 100% me coloque pra chorar...
A felicidade do amor é a infelicidade da tristeza.
O amor não é feito de sentimento e sim de coragem...
Entendeu ..!!
É ixu ai.
As Chuvas
Nas mãos dos ventos as chuvas amorosas
Vinham cair nos campos de dezembro
E de repente a vida rebentava
Na força muda que as sementes guardam
Nas ramas verdes rebentava a luz
E a doçura transformava
A terra e o gado na pastagem tenra,
Na alegria dos rios renovados
Cheiro de mato e currais suspenso
No ar que os dedos do inverno vão tecendo
Mais uma vez nos campos de dezembro
E nos trovões a tarde acalentada,
Cantigas de viver que a chuva traz
Numa clara certeza repetida
“Ansiedade”
Minhas mãos úmidas
Alerta a seca dentro de min
Alerta o que não veio
Desperta o que esta por vir
O estomago murcho
Procura soprar o incapaz
Procura inspirar algo mas
Algo como um trevo ou uma sorte qualquer
Que escute uma pequena surdes ou que me traga a paz mais uma vez.
